CP 11 -CONTO NATASHA

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  Assim que chegamos em Goiania a cidade onde crescemos, avistamos mamãe vindo ao nosso encontro, ela sorrir largamente, com total entusiasmo e em seus olhos só vejo saudades

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  Assim que chegamos em Goiania a cidade onde crescemos, avistamos mamãe vindo ao nosso encontro, ela sorrir largamente, com total entusiasmo e em seus olhos só vejo saudades. A verdade é que, ela sente muito nossa falta.

  Claro que também sentimos falta dela, mas saímos dessa cidade para ter mais liberdade, mamãe pega demais no nosso pé. Não nos deixa fazer nada e sempre estava nos passando sermões. Ela pensa que ainda somos virgens… Se ela soubesse…

  Não gosto nem de pensar, o escândalo estaria feito!

  Ela nos abraça ao mesmo tempo, beijando nossas bochechas.
Assim que se afasta nos avalia dos pés a cabeça.

  — Minhas filhas, vocês estão tão magrinhas! Vocês não estão se alimentando! — Fala já elevando à voz.

  Solto uma lufada de ar impaciente, pois, é óbvio que amo minha mãe, e muito, porém, disso não sinto falta.
Ela sempre querendo controlar tudo a sua volta. Já que vi que essa semana será longa.

  Ela nos arrasta para dentro do carro que nos levará até a fazenda, já me sinto impaciente por ter que passar uma semana vendo vaca, galinha e outros bichos… Quero ver homem! Namorar, dançar e beber! Quero me divertir.

  O carro segue caminho e tudo que vemos é a vasta vegetação, olho Nalisha que está com cara de paisagem, esse ser nunca se revolta com nada!
Fico imaginando o tédio e respiro fundo, não acredito que aceitei passar uma semana aqui.

  Sinto a mão de Nalisha me beliscar levemente, chamando minha atenção.
Olho para ela, que me recrimina com o olhar.

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  Quando chegamos na fazenda, desço do carro e a primeira coisa que sinto é meus pés afundar em algo. Olho para baixo sentindo o cheiro de bosta invadir minhas narinas.

  — Uai filha, pisou no estrume, meu amor. — Mamãe diz e sinto uma raiva subir pelo meu peito, uma vontade de explodir! “Ai que ódio!”

  — Inferno! Que nojo! — Olho minha bota linda toda suja de bosta  de cavalo, ou de vaca… Sei lá!

  Escuto a risadinha de Nalisha e viro a encarando. Ah! Filha da puta!

  Ela tenta segurar o riso, mas quando olha minha bota novamente ela não aguenta e gargalha.

  — Porra essa bota é nova e me custou caro! Para de rir Nalisha!

  — Calma filha! Em casa leva para o tanque e passa o escovão. — Mamãe fala e arregalo os olhos.

  — Não pode passar escovão nessa bota!

SOB DOMÍNIO DO AMOR - LIVRO 1 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM REVISÃO SENDO REPOSTADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora