1 . MANHÃ IMPREVISTA

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O sol entrou pelas frestas das persianas do meu quarto, aquecendo meus pés que estavam descobertos dos macios lençóis os quais me envolviam.

Não tive pressa alguma em abrir os olhos, afinal de contas,  ainda eram seis e meia da manhã, e eu não precisava correr para a escola preparatória, Charles dissera no dia anterior, que me pegaria quando o relógio batesse exatamente sete e quarenta e cinco, nos dando deste modo, dez minutos para chegarmos a tempo na aula, e entrar na primeira aula antes de sermos mandados para a detenção com a Sra Applebaum.

Detenção soava totalmente como algo do ensino médio, eu sei. Mas o fato era que o colégio preparatório o qual eu e Charles estudamos juntos para adquirir uma cobiçada vaga em uma grande universidade, tinha certas regras para seus alunos, punições  faltas da entrega de trabalhos e atraso nas aulas.

Basicamente, a punição que valia quando se entrava na aula após o horário correto, consistia em uma longa hora na sala entediante da Sra Applebaum.

Não que ir para a detenção fosse ruim, muito pelo contrário, era excelente ir para a detenção com Charles, e embora a sala tivesse um cheiro tanto peculiar, que fazia meu nariz coçar e me perguntar de onde vinha aquela essência de um forte perfume açucarado e a lenha em brasa, ainda sim, se tratava do lugar mais perfeito para ficarmos juntos sem sermos incomodados pelos demais colegas de turma tão inoportunos.

A detenção, se tornava perfeita somente pela razão que Charles descia suas mãos quentes e firmes pelas minhas calças e me fazia alguns bons amassos durante todo os sessenta minutos que passávamos ali.

Obviamente, eu o retribuia nos momentos certos de distração da Sra Applebaum, seu novo celular a fazia perder o foco nos pouquíssimos estudantes que iam a sua sala para cumprir o castigo.

E com isso, o ambiente se tornava perfeito para uma certa dose de picância e malícia.

Nunca havíamos feito nada de muito inusitado durante os dias que passamos na detenção nos meses anteriores, ao meu ponto de vista, o ponto mais alto o qual chegamos fora em certa vez, a qual me arrisquei a fazer um rápido sexo oral em Charles, enquanto ele fingia se distrair com um livro de álgebra de cabeça para baixo.

Ele alegava para quem perguntasse, que eu só estava em uma ligação importante com meu pai.

Naquele dia por muita sorte, a sala se encontrava quase vazia, e éramos os únicos presentes nas cadeiras dos fundos da sala, e por mais sorte do que se poderia pensar, consegui concluir meu serviço, e fazê-lo gozar antes que a Sra Applebaum chegasse até nós, e entregasse a folha boba onde deveríamos fazer uma redação idiota do motivo de nosso atraso, ou um resumo de um livro o qual tivéssemos lido na noite passada.

Eu admitia que engolir o líquido de sabor forte e um tanto amargo havia sido uma tarefa complicada, principalmente porque no mesmo segundo em que ele se desfez em minha boca, a Sra Applebaum chegou a nossa mesa, e em fração de segundos, levantei a cabeça e engoli o líquido sem muito hesitar, olhando fixamente para os olhos cor de avelã da professora com a minha pior cara de desorientação que pude.

Mordi os lábios torcendo para que ela não tivesse percebido a movimentação estranha, e repetitiva que fiz durante o boquete em sala de aula.

E pela ironia do destino, havíamos passado desapercebidos dos olhos da professora.

Eu sequer poderia ser capaz de imaginar de imaginar o que aconteceria se tivéssemos sidos pegos com a boca na botija durante um dos sexos orais mais perigoso que já tinha feito em minha vida.

Certamente, meu pai seria chamado a escola, juntamente com os pais de Charles, e o resultado disto seria uma longa suspensão, ou talvez uma expulsão, ou quem sabe, algo pior como cumprir pena em algum reformatório para estudantes loucos.

APPLE HARVESTOnde histórias criam vida. Descubra agora