3 . SUBTERFÚGIO

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Charles faz uma trilha de beijos quentes em meu corpo, enquanto arqueio com cada toque vibrante em minha pele.

Nunca me esgoto de ficar fascinado, com seu jeito de me enlouquecer de profundos desejos que queimam.

Charles era uma verdadeira perfeição em todos os aspectos, eu nunca me sentiria cansado de tê-lo comigo, principalmente em horas que eu mais precisava de alguém, para me fazer esquecer dos meus tolos problemas de um típico adolescente com hormônios à flor da pele, e da possível  ameaça invisível que agora habitava em minha casa, trazida pelo meu pai.

Evitei ao máximo que pude pensar em Shane Daramour enquanto estive acompanhado de Charles.

Mas eu sou humano, e seria impossível não pegar-me pensando no assunto inacabado daquela manhã, que ainda devorava toda minha sanidade mental, a qual eu tentava repor com muito sexo, cigarros e bebidas alcoólicas baratas que Charles comprou em uma loja próxima ao lugar onde estávamos hospedados.

Inúmeras alternativas atravessaram minha mente, mas a primordial destas tais, que variavam entre um abandono paternal, uma falência da Daramour Real Estate e um novo casamento para meu pai, onde sua nova família seria mais importante do que eu, era que Shane pudesse estar doente com alguma doença que pudesse ser terminal.

Essa sim, era a minha preocupação que prendia minha mente sob uma camada de medo e horror.

Mas durante maior parte do dia, que estive com meu namorado, foi resumido em ficarmos parte da manhã na praia, e a outra parte do dia, enfiados em um quarto de um hotel barato, que pagamos com alguns trocados de notas de cinquenta dólares, para podermos transar sem sermos incomodados.

E com isso, a recordação das palavras misteriosas de meu pai, não foram capazes de me aprisionar inteiramente.

As luzes coloridas, variavam do azul, vermelho, rosa e roxo da divertida luminária infantil do quarto alugado para todo aquele dia, iluminavam os movimentos de nossos corpos naquela dança regada ao prazer, que estávamos submersos  desde o minuto no qual entramos naquele  aposento que cheirava  a gordura usada no preparo de frango frito.

A música que tocava no meu celular era bem animada, mas eu não me recordava nunca de tê-la adicionado em minha playlist, no entanto, achei que a canção combinava com aquela hora íntima maravilhosa.

Charles morde delicadamente minha pele, e massageia meu pênis em um agrado, após eu ter proporcionado à ele, um prazer arrasador com boquete provocativo que ele me pediu para fazer igual ao filme pornô que tínhamos assistido antes de irmos para a parte de nosso real interesse.

— Você quer transar outra vez? Ou prefere continuar apenas com as carícias e a masturbação? - Pergunta Charles parando por um segundo de me tocar.

Fico frustrado por um curto período de tempo, quando ele interrompe seu trabalho tão dedicado, com sua boca quente em meu corpo.

Sorrio para ele, e meu namorado deita-se com a cabeça em meu peito, respirando calmamente enquanto acaricio seus cabelos, e sinto o calor de nossos corpos juntos, ligados ali naquela cama, despidos e satisfeitos.

Eu já estava exausto após uma série de repetições de coitos, e pelo o que eu podia contar, pelas camisinhas no carpete do cômodo, já havíamos feito sexo onze vezes até o momento.

Já passava um tanto da sete da noite, mas Charles aparentava estar tão energético quanto eu, e eu sabia que ele ainda tinha tanto disposição quanto eu, para mais onze vezes de uma boa transa.

— Estou com muita dor de cabeça. Não vou conseguir te fazer gozar, e tampouco eu irei gozar. - Respondo suavemente beijando o topo de sua testa franzida quando ele me olha.

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