4 T/ Cap. 23 - Introdução a Grande Viagem

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Eu via linhas ao redor do universo, eu podia ver, brilhantes e ofuscava meus olhos, porém elas brilhavam mais ainda por se destacarem no escuro do universo. Onde eu estava ?
— Parece que nos vemos novamente, irmã.— eu escutei uma voz semelhante a de Hela perto de mim. Eu estava fora da órbita da terra e ao lado das linhas coloridas que vi. Elas pecorriam o mesmo caminho em volta de Midgard.
— Então você ainda está aqui.— falei.— na minha cabeça.
— Eu nunca sai daqui. Eu disse não disse ? Que ele viria.
— Sim. Eu tentei, mas acabei fracassando.
Ela então olhou para mim e abriu a mão , de dentro dela saiu às seis jóias do infinito e elas giravam em volta da mão de Hela.
— Você atinge o auge e depois cai, não sabe controlar seu rio.
Então me lembrei do que Wanda me disse, não adiantaria colocar uma barricada porque transbordaria. Não posso deixar isso acontecer, apenas deixaria o Rio correr.
— Você se tornou tanta coisa que agora nada delas significa algo, decida-se quem é, Princesa de Asgard, Charlotte McGregor, Deusa da Guerra, do caos e da morte. Ser tudo também pode significar ser nada.

***
Eu estava de frente a um rio, enquanto os outros comiam algo numa lanchonete na estrada. O sol batia na grama verde, não havia sinal se quer de algum humano naquele lugar a não ser pela lanchonete que também quase não havia nenhuma pessoa.
Suspirei enquanto me recordava do sonho, eu era lerda de mais, porém, entendia o que ela queria dizer. Do que adianta ter tantos nomes e no final não pertencer a nenhum deles ?
— Você não vai comer ?— perguntou Buck, sentando ao meu lado. Desde o momento que ele disse estar apaixonado por mim eu não me sinto tão confortável perto dele. Não por causa dele, mas porque não queria magoa-lo ou dar esperança... Mas ao mesmo tempo eu sabia que sentia alguma feição por ele. Mas foi nesse exato momento que percebi, talvez, o que me atrapalha são sentimentos confusos, incertezas sobre minha origem, disseram que sou tantas coisas mas e eu ? O que eu acho que eu sou ? Quem eu amo ? Eu preciso de alguem do meu lado ?
Eu respirei fundo.
— Já comi.— ele então respirou fundo.
— Já decidiu onde vamos ?
Eu o olhei e olhei para minhas mãos.
— Talula achou com seus poderes um grupo do nosso povo em Midgard, na verdade não são sobreviventes, são pessoas que vivem aqui para proteção, vamos nos unir com eles e então iremos para Nova Asgard.
— E depois? Poderíamos começar seu treinamento...
— Para falar a verdade eu preciso aprender a controlar novamente essa minha nova fase de poderes, é estranho, sempre que acho que sou algo, acontece mais uma coisa acrescentando a lista de criaturas que eu possa ser.
— Isso é porque não se encontrou ainda.— respondeu Buck e sentimos um vento passar, balançando a grama e meus cabelos, e os cabelos bagunçados do Buck.
— Olha, sobre o que eu falei mais cedo...— ele começou e eu respirei fundo.
— Está enganado?
— Não.— respondeu ele.— Olha eu sei que não é o momento certo mas não quero que ache que estou aqui por sentimentos por você...— ele parou parecendo pensar no que disse.— É, talvez isso tenha ajudado, mas é que eu vejo algo em você, esse olhar, era o mesmo que o meu anos atrás quando eu era controlado pela Hydra.
— É verdade que você assassinou os pais do Tony?— perguntei e ele engoliu em seco.
— Sim.— e eu respirei fundo.— Mas eu não estava controlando a mim mesmo. Tem esse código que usavam, para o Soldado Invernal, um jogo de palavras que ao falar eram como mágica , eu não era mais eu.
— Mas você matou mesmo assim, porém, não é culpa sua. Mas imagino o porquê de Tony não gostar de você. E eu não tiro a razão dele de assinar o tratado de Socóvia. — então ele me olhou como se eu estivesse o condenando.
Eu sorri de lado e coloquei a mão no ombro dele.
— Porém, você foi a vítima. Embora tenha feito vítimas também, mas, encontrou seu caminho, descobriu quem era, e Steve largou tudo , inclusive a mim para ir até você e até ele descobriu que no fundo não me amava.
— Ele já tem essa mulher na cabeça a décadas. Eu sinto muito, mas você não é a primeira que ele se envolve e depois termina pela agente Carter.
— Eu sinceramente não ligo mais, o que quero dizer é que, eu preciso da sua ajuda Buck.— o olhei e ele me olhou de volta como se fosse pular em mim e me beijar ardentemente...Quantos anos faz que não dou um único se quer selinho ? (Foco)
— Então vamos começar o treinamento, porque nossa viagem parece que vai ser longa. Mas só uma pergunta...— falou ele.— você também não respondeu, depôs que reestabelecermos seu povo, o que vai fazer ?
Então eu olhei para ele, sorri e olhei para o Rio correndo a frente.
— Vou trazer todos de volta.— e abri a palma da minha mão, radiação verde saiu dela formando um círculo com faíscas parecido com o do Dr. estranho usou para me levar ao papai.— E trazer de volta meu irmão.
Que não sente amor de irmã por mim!

The Avengers: ArmageddonOnde histórias criam vida. Descubra agora