4 T. / Cap. 10 - Em Busca Da Liberdade

727 67 25
                                    

Eu os observava de fora e olhava para o que estava prestes a acontecer. Eles não podem destruir esse lugar também, esse povo... Não irei deixar.
Eu olhei para a Princesa e ela tentava o máximo ser rápida o suficiente.
Comecei a sentir as mãos suarem, não era bom... A última vez que estive em batalha foi com soldados e a aprovação de meu pai para defender povos distantes. Eu tinha me tornado uma verdadeira Asgardiana e agora, sou líder de Helheim, o mundo da morte assim como toda a magia que restará de Asgard esta em mim.
Eu não sei mais o que eu sou, passei por muitas fases mas essa, essa dor que sinto, eu matei meus pais adotivos e depois disso, tudo o que aconteceu foi por minha causa.
Encostei a uma mesa e senti olhar de alguém em mim, era Wanda que retirará sua atenção de Visão para me Checar.
— Você está bem? — perguntou ela, ela tinha um sotaque parecido com o de Natasha.
— Sim. — falei, no entanto uma onda verde pairou sobre minhas mãos e eu fechei, meu punho tremeu, era como se eu fosse ficar fora de controle.
— Escute. — disse ela pegando em minha mão, mas, ela largou assim que pegou, eu havia a machucado.
Ela me olhou e sorriu de lado.
— Você é parecida comigo, mas, os seus poderes vão além dos meus.— disse. — Eu sei quem você é, já foi uma de nós.
— Talvez eu nunca tenha sido.— respondi.
— Eu me sentia assim, igual a você... — então ela olhou para o lado como se lembrasse de algo.— Também perdi uma parte de mim, e talvez nunca consiga recuperá-la, mas isso... — ela falou mostrando sua mão onde ondas vermelhas dançavam entre seus dedos. —... Foi o que me fez controlá-lo, esse poder a qual eu ganhei em troca de sacrifícios.— e ela olhou para o visão. — e ele... — disse. — essa família é tudo o que tenho agora, e você, faz parte dela também. Você não está sozinha Charlotte McGregor, não deixe que isso perca seu eu verdadeiro. — disse.
— Mas eu não sei controlá-lo. Eu tinha algo dentro de mim que me prendia, agora as correntes não estão mais lá, é difícil me conter.
— Então não se contenha. — disse ela.
— Imagine que é um rio e você controla o fluxo de água, por uma barricada nela só faz encher, mas, uma hora transborda. Tire. — disse ela.
— Entendi. — falei, então olhei pra ela com mais firmeza.
Com minha Dora na cintura, peguei a capa de Hela que estava logo ao lado numa maleta e coloquei... Eu senti... Assim que a coloquei, algo negro me invadir.
— O que você está fazendo? — disse a irmã do Rei, enquanto ela mexia na cabeça do visão.
— Indo para batalha. — falei.
— Mas você não pode, meu irmão...
— Homens não me dizem mais o que fazer, eu sou Charlotte McGregor Odinson, herdeira do trono de Asgard e Comandante da morte, se ponha no seu lugar, midgardiana. — falei e Wanda respirou fundo e olhou para a princesa.
— Não temos nada o que fazer. — disse.
Quando fui passar pela porta a Guarda entrou pela frente.
— Você pode ser princesa em outro planeta, mas aqui não.
Eu estava levantando as mãos para que eu pudesse lançar meus poderes sobre ela mas escutei uma ordem atrás de mim.
— Deixe-a. — falou a princesa. — ela pode ser mais útil lá do que aqui.
Então eu sai em meio aos corredores, correndo... Talvez eu poderia voar novamente?
Quando cheguei ao lado de fora, impulsione-me para cima, esperando voar, eu senti voar dois metros mas logo cai no chão... Então lembrei das palavras de Wanda "Não se contenha".
Eu fechei os olhos e senti fluir em mim, ao meu redor, a mesma sensação de quando invoquei meus poderes pela primeira vez na ponte do arco-íris, com os cabelos para cima.
Estendi as mãos para o chão e fui para cima e lembrei de quando voava com as sombras dos poderes de Crosser, até ele morrer, no entanto ainda podia sentir resquícios daquela época em minhas memórias.
Quando cheguei ao mais alto, observei e procurei o exército, estava com muitas pessoas em aeronaves, carros e tinha mais de duas tribos juntas com eles. Estavam no limite da barreira, então, direcionei-me até lá, passando pelas nuvens, deixando um rastro negro e verde pelo céu.
Eu pude ver, Natasha, T'challa e Steve conversando com dois filhos de Thanos... Eu os reconhecia. Senti uma raiva transbordar então, comecei a descer passando pelos soldados até que pousei, causando um barulho não muito grande mas, um pequeno estrondo, chamando a atenção do exército que estava atrás de mim e dos que estavam a frente.
Cai na posição de um pé firme no chão enquanto outra perna estava de joelho no chão.
Antes de viraram para mim eu escutei.
— Thanos terá aquela joia... — disse ela assim que pousei.
— Terão que passar por mim primeiro. — falei e eles se viraram.
— Charlie o que você está fazendo aqui? — disse Capitão América.
— Você deveria estar fora disso.— respondeu Natasha.
— Ordeno que volte. — falou Steve
— Olha só se não é a Princesa Odinson. — disse um deles, chamando a atenção. — Acho que você virá conosco também.
Eu os olhei.
— Primeiro... — olhei para Steve.—Você não me dá ordens, segundo, — olhei para Natasha.— você sabe o que posso fazer e terceiro, — olhei para o rei. — Sou comandante da morte e herdeira do trono até que meus irmãos voltem, nenhum homem me controlará mais. — olhei pare a filha de Thanos. – e quanto a você, não irei deixar que destrua Midgard, farei você comer terra.
Eles suspiraram.
— Você não tem jeito mesmo não é? — disse Steve e riu de lado.
— Vocês estão em Wakanda agora, Thanos conseguirá sangue e poeira, apenas. — disse o rei para os inimigos.
— Sangue, temos de sobra. — respondeu ela e levantou uma de suas mãos que segurava a arma como sinal para que as naves abrissem suas comportas.
Eu olhei fundo enquanto eles voltavam para onde estava os outros, eu observei... Pareciam chiatauris, no entanto, o barulho das feras me lembravam certas coisas que enfrentei indo com Thor visitando outras terras, o ponto que cheguei destruindo inimigos até meu pai resolver destruir a Armageddon depois deu recuperá-la com muita luta quando ela caiu na cachoeira para o espaço.
- Charlie, é melhor você vir. - disse Natasha enquanto eu encarava eles com um olhar sanguinário. Hoje, eu provaria o doce sabor da derrota de vários inimigos, então eu dei um sorriso de lado, levantei a cabeça voei até as tropas.
Parei em frente a Buck quando Steve chegou ao lado dele, e ele me olhou e engoliu em seco e eu devolvi o olhar.
— Surpreso? — falei.
— Na verdade não, só estava contando os minutos em que você apareceria voando por aqui. — ele falou e riu, eu não deveria prestar atenção, pois, costumo me apaixonar por homens que mal conheço.
— Vamos nos concentrar. — disse Steve inquieto.
Eu o ignorei e olhei para frente.
— Eles se renderam? — perguntou Buck.
— Eu não diria isso. — respondeu Steve.
— É melhor sacarem suas espadas. — falei tirando da cintura Dora e erguendo, ela entrou em chamas verdes, na hora exata que as criaturas saiam das naves queimando as florestas para tentarem atravessa a barreira, o povo de Wakanda começou a cantar se grito de guerra, qual não entendia, mas parecia deixá-los mais frenéticos com minha espada em chamas pra cima.
Eu podia sentir o chão tremer com suas tribos batendo suas lanças e armas no chão.
As criaturas apareceram a céu aberto...eram muitas.
— O que, que é isso?— perguntou Buck.
— Acho que ela ficou nervosa. — disse Natasha.
As criaturas começaram a se jogar na barreira, elas estavam... Se matando? Alguns se partiam no meio.
— Eles estão se matando. — disse uma das líderes de tribo.
As coisas conseguiam passar uns pelos outros, pois estavam se matando e deixando fendas para outros passarem, os que passaram da barreira corriam em nossa direção e, às tribos na linha de frente ativaram seus escudos com suas capas.
Suas lanças apontadas para frente, os escudos nos protegia.
T'chala falou algo em sua língua, algum comando, os soldados começaram a atirar nas criaturas.
Eu olhei pra cima quando Steve segurou minha mão.
— Não irá voar por cima deles. — ele disse, eu o olhei de cima a baixo.
— Você escolheu o que nos somos hoje, Capitão, não fique triste se agora quero seguir meu caminho por conta própria sem estar nos seus pés, ou triste por você ter me deixado. Sou uma rainha agora, tenho deveres e obrigações, e, às que eu tinha você as destruiu. — falei... Eu podia sentir, ele não me amava, ele tinha outra em seu coração, eu peguei o pingente do seu pescoço que estava dentro do trage.— Eu fui uma distração, então, não tente me impedir agora.
Falei e subi voando, eu iria lutar, iria por minha família, por meus amigos e pelo meu coração partido há quase 4 anos.

The Avengers: ArmageddonOnde histórias criam vida. Descubra agora