4 T / Cap 1: O destino de Asgard

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Quando meus olhos se abriram novamente, um clarão enorme entrou em minha visão, o que me deixou zonza... Eu não lembrava de muita coisa, não sabia como tinha parado neste lugar, a última coisa que me lembro é de estar tentando salvar Hela de um fim odioso.
- Olha, ela está se mexendo! - ouvi uma voz feminina, minha respiração começou a ofegar, e senti meu coração bater mais rápido. - O quanto de adrenalina você colocou? - disse a voz parecendo irritada.
- Desculpe senhora!
Eu senti um súbito poder emergindo, minhas mãos brilhavam verde "Não deixe o Caos controlar você" eu poderia escutar sermões... Era isso.
Eu sou tantas coisas que não conseguia definir quem eu era, quem eu sou? Serena? Charlotte? Asgardiana? Midgardiana? Valkyria ou Vingadora?
Pensamentos sem controle surgiam sem parar, fazendo minha cabeça palpitar com a dor.
- Ela está nervosa? - perguntou outra voz.
Então eu respirei fundo quando senti passos vindo até mim.
- Olá, Princesa Charlotte, você está em Wakanda, na terra.- ouvi a voz, e quando olhei era uma mulher muito bonita, usando tranças por toda sua cabeça, e vestia roupas africanas...
Wakanda? Nunca ouvi falar desse lugar, disse a mim mesma. - Você dormiu por uma semana, seu corpo estava debilitado, e havia feridas muito graves...
- C-como.. - comecei a gaguejar, pois minha garganta doía.
-Tente não conversar, você ainda está fraca.
- C-como... - tentei e ela me olhou... - eu vim, parar aqui?
- Não sabemos, Wakanda é protegida por Campos de forças invisíveis, você foi encontrada numa cápsula coberta por uma capa, você caiu do céu e, acreditamos que tenha vindo de Asgard.
Eu balancei a cabeça confirmando.
- Asgard... Se foi!- falei, e em um momento senti uma lagrima quente descer em meu rosto, junto com as lembranças que tinha de lá... Eles conseguiram fugir ao menos, eu espero, espero de verdade.
- Você precisa descansar. - disse e saiu da sala onde eu estava.
Então, eu olhei para o teto e novamente dormi.

Eu estava olhando para uma cabana não muito longe daqui, do quarto onde estava.
Eu olhei para o gramado a fora, era um lugar natural demais, havia árvores de mais ao redor da cidade, em NY, os prédios estão ao redor das árvores, mas aqui, a floresta que está ao redor da cidade.
Havia muitas tribos africanas e onde eu estava era relativamente longe do centro de Wakanda.
Eu não podia sair, eu estava trancada, eles descobriram quem eu era e tudo o que passei, e agora, eu sou um risco e objeto de pesquisa.
Eu precisava encontrar os outros.
As pessoas daqui não me entendiam, ou fingiam que não, não respondiam minhas perguntas. Mais uma vez eu virei um rato de laboratório, eles diziam que minha radiação combinada com o vibranium tornava-o propício ao derretimento do mesmo, ou seja, eu podia anular qualquer poder do vibranium ou até mesmo fortificar seu poder ainda mais.
Alguém bate a porta, mas eu não digo nada e ele apenas entra.
O rei T'Challa que assumiu o posto do pai que morreu no atentado da assinatura do Tratado de Sokovia, onde até mesmo eu fui inclusa por ser um perigo a nação.
Eu nem sabia o que eu era.
— Você está bem?— perguntou ele, sabendo que há dois dias atrás tomaram o máximo de sangue de mim, eu o ignorei, aparentemente ele falava minha língua, menos os outros.
— Eu preciso encontrar minha família. — falei para ele, essas eram as únicas palavras às quais eu dizia a ele.
— Ainda não temos paradeiro do seu povo, eu sinto muito.
— Então, me deixe ir.
— Você fala outras palavras?
Eu revirei os olhos e voltei a olhar para janela com um olhar aparentemente frio.
— Você está sendo procurada por 5 países por destruir patrimonios, ataques a civis e perturbação da paz.
Eu o olhei, e meu olhar era feroz.
— Saia.
Ele franziu o cenho.
— Estamos tentando te ajudar.
— Eu não pedi por sua ajuda.— falei.— Vocês sabem que sou como uma fraqueza para o vibranium, achavam que não existia uma, e agora, me aprisionam como se eu fosse um ser vivo mortal para a humanidade. Ele está vindo, e quando ele chegar, vocês não saberão...
— Você disse que alguém viria, mais não disse quem.
Eu apenas virei para ele, meu coração já estava acelerado em pensar que o destruidor de mundos poderia chegar aos meus irmãos, a minha família...
— O destruidor de mundos.
Falei e ele ficou em silêncio.

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