4 T. / Cap 3 - O retorno.

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Senti que meu poder ainda não havia ido embora.
Eu não conseguia controla-lo, a imagem do rosto de Loki e de meu irmão... Não, eu não acreditava.
Eu perdi tudo o que eu tinha.
— NAAAAAAO! - gritei, enquanto lágrima escorria em meu rosto.
Senti o quarto estremecer e uma camada fina de poeira descer do teto.
— O que está acontecendo?— escutei alguém dizer e batendo na porta.
Um dos enfermeiros que cuidava de mim apareceu e me viu no meio do quarto, no momento em que eu estava tendo uma manifestação de poder.
Eu coloquei as mãos na cabeça para tentar me concentrar no que eu iria fazer.
— Não se aproxime! — falei, enquanto  tudo ao meu redor começou a tremer e cair no chão... eu comecei a sentir algo que jamais senti... Eu sentia o caos, eu sentia ele dentro de mim.
Era como pessoas gritando sem parar, era o medo e o terror...
Minha radiação começou a se materializar ao redor de mim, girando ao meu redor marcando o chão onde eu estava ajoelhada.
Ele tentou se aproximar...
— Não! — falei e o olhei e assim que o vi, minha radiação correu até ele e foi como se ela o tivesse o empurrado para o corredor...
Do nada, começaram a aparecer outras pessoas inclusive a irmã do rei ,que me tratava como cobaia.
— O que está acontecendo aqui?—perguntou ela, a grande vidraça da varanda se quebrou e eu comecei a sentir mais descontrole...
Eu precisava de algo para canalizar meu poder... A capa de Hela, Pan, minha espada.
Mas eu sentia dor...
Eu gemia enquanto eles olhavam, até que foi a vez do rei...
— Os poderes dela estão descontrolados!— disse ela a ele.
—Temos que acalma-la, sem força-la...— Ele disse e começou a chegar perto.
—Espera! — disse a irmã dele.— Nós não sabemos o que é isso.
— Se nós não sabemos, imagine ela.
Eu escutei ele responder.
Meu corpo tremia, e eu sentia dor e mais dor...
— Charlie...— chamou ele.— estou aqui, tente se acalmar.
— Me ajuda, por favor!— pedi, e estendi a palma da mão sobre o chão.
— Eu vou tentar chegar perto de você! — disse ele, e ele foi com a própria força chegando perto, mesmo minha radiação tentando o empurrar...Ele era muito forte, pensei... até que ele chegou o mais próximo de mim, e se ajoelhou.
Eu o olhei...
— Os seus olhos estão diferentes.— disse ele e então senti sua mão tocar em mim, eu  o escutei gemer...
— Não se preocupe, está tudo bem.— falou ele e eu senti algo se acalmando internamente dentro de mim.
Então o abracei, e eu o escutei gemer mais ainda...
— Irmão!— escutei ela chamar por ele.
Eu o olhei de relance...Ele estava se machucando, tentei me afastar mas ele me puxou de volta.
— Não tem problema, eu posso me curar rapidamente.— falou.
Eu senti meu corpo parar de tremer e quando o olhei senti algo picar no meu pescoço...mais uma vez eu estava sendo sedada.
— Eu preciso avisar aos meus amigos...—falei com voz sonolenta.— Eu preciso me encontrar com Talula.
E desmaiei naquele momento.

NOVA YORK - NAQUELE EXATO MOMENTO.

Talula

Pousei num beco em cima de latas de lixo... Pouso? Perguntei-me... Eu estava com as roupas chamuscadas, eu levantei enquanto tentava diminuir.
Depois de meses treinando, sabendo que podia manipular os elementos, aprendi a usá-los para viajar entre o tempo espaço. Não sei como explicar isso com as normas físicas de midgard.
Eu lutei para proteger minha melhor amiga, e aprendi tudo o que eu podia por isso e mesmo assim, ela ainda está distante de mim.
Charlotte era uma princesa digna, não sei como aguentou isso tudo.
Eu respirei fundo, e comecei a andar em direção ao destino.
O Doutor Estranho, possível guardião de Charlie estava logo ali e ele provavelmente me ajudaria a encontrá -la.
Será que esse é o lugar certo ? Falei caminhando entre pessoas, olhei para mim mesma me comparando com elas, eu não pareço a Talula Midgardiana, eu ainda estou com os trajes de Asgard, que pareciam ser bem ultrapassados em comparação com os daqui.
Vi uma casa modesta, e parecia com a que tinha visto antes.
É aqui.
Subi os degraus e quando bati na porta, a mesma se abriu sozinha a ponto de ficar entre aberta.
— Olá? — perguntei.
Ninguém respondeu, eu escutei passos e um barulho estrondoso, algo brilhou de lá de dentro e eu conhecia aquele brilho específico.
Eu escancarei a porta e estava ele e um baixinho gordinho de olhos puxados ao lado dele na escada olhando um buraco estrondoso que veio seguido da ponte do arco-íris, e meus olhos se lacrimejaram por um instante.
Eu sabia o que aquilo significava... Ele está vindo.

Eles pararam e me olharam.
— Quem...— um deles disse.
— Talula de Asgard. — disse ele.— Ajude o nosso querido amigo verde e pelado.
Disse ele e começou a descer as escadas.
— Acho que já sei o que quer dizer.
— Precisamos achar a Charlotte.— falei e ele assentiu.
— Primeiro, vamos encontrar alguém mais próximo que irá nos ajudar. Não é só dela que precisaremos quando ele chegar.
— Não é disso que eu estou falando.
Ele me olhou.
— Os poderes dela estão instáveis, acontece que há muito mais do que todos os seres acreditam saber sobre ela.
— Então diga logo.
— Se ele descobrir o que ela pode fazer junto das joias, junto com o poder real de Asgard e do Caos, temo pelos planetas que contém o universo.
— Então você tem o poder da visão?
— Não só esse, eu precisei domar muitos para protege-la.— Falei e coloquei a mão sob Dora, que estava na minha cintura.
— Não deve ter sido fácil andar por aí com uma espada na cintura.
— É tudo que tenho dela.
— Por enquanto.
Ele disse e respirou fundo.
— Vamos cuidar do Doutor Banner primeiro.— disse.
Enquanto tratavam dele, eu expliquei a situação em Asgard e Banner disse o que aconteceu logo quando eu saí.
— Muito inteligente a mandar para lá.— falou Banner olhando a mim.
— Não foi o que eu queria, se ela realmente usou magia, eles devem ter percebido a presença dela, mas...— falei e toquei Dora.— ela ainda está viva, posso sentir.
— Não tenho certeza se Thor e Loki estão vivos.
— Se estão ou não, não saberemos discutindo.— disse o Doutor Estranho.
— Precisamos do Tony.— disse Banner.
— Ele tem razão.— concordei, quanto mais ajuda,melhor.
— Ele vai conseguir falar com os outros assim.— disse Banner e o Doutor Estranho assentiu.
— Eu vou com você. Ele vai saber assim que me vir.—falei e ele concordou.
— Eu também.— disse Banner.
Ficamos no rol da entrada e ele começou a criar uma fenda...
— Como você sabe Onde ele está?
— Eu não sei.—disse.
E a fenda se abriu dando vista a um parque, e logo a frente estava Tony, amigo de Charlie e sua esposa, Pepper.
Eles conversavam animadamente e... Até mesmo se beijaram.
O Doutor Estranho saiu da fenda atraindo a atenção e eu fiquei um pouco atrás, não queria que ele me visse ainda.
— Tony Stark, eu sou Doutor Steve Strange, quero que venha comigo.—eles pararam e pareciam assustados.
— Ah! E felicitações pelo casamento.
— Peraí!— disse Tony.
— Nos precisamos de você. Não é exagero dizer que o destino do universo está em jogo.
— E quem seria nós? — perguntou Tony.
Banner me olhou e saiu para fora da fenda.
—Oi Tony...— disse ele.
— Bruce?
— Pepper...—continuou Banner.
E então eu saí de trás do Doutor Estranho, e olhei para eles.
— Espera...Você não é a amiga da Charlie ?— disse e pareciam muito surpresos.
— Não me diga que...— A mulher disse me olhando, parecia amar muito Charlie.
— Não...— falei.— Quer dizer, não tenho certeza. — falei.
Bruce abraçou a Tony...
Pepper olhou preocupada.
— Você tá bem? — perguntou.
— A Charlie precisa de nós, não só ela, mas o universo precisa.
Eles me olharam tentando entender, até que eles viram em meus olhos o tamanho da situação e Tony voltou conosco.
Mais uma guerra estava vindo, e não era uma guerra entre planetas e criaturas, como a que eu lutei ao lado da Princesa.
Era uma guerra onde o universo precisava se defender, dessa vez, precisamos da União de todas as criaturas e pessoas possíveis.
Thanos está vindo.

The Avengers: ArmageddonOnde histórias criam vida. Descubra agora