3 T. / CAP. 3 : Reencontro

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Eu respirei fundo enquanto escutava seu nome, ele era mais um dos malucos que possuia umas das joias do infinito.
— É, eu sou... — ele me interrompeu.
— Charllote a Princesa de Asgard, possuidora da Armageddon.
— Eu ia dizer Charlie McGregor... —me sentei ali mesmo no chão com os braços cruzados e fechei os olhos pensando no por que dele ter ido me salvar justo quando pedi ajuda.— O que eu estou fazendo aqui?
Perguntei de primeira, apenas por uma resposta rápida e simples.
— Sua pergunta soou meio idiota, mas não quero ser grosseiro, sou seu guardião na terra. — falou ele, e eu o olhei com os olhos semiabertos.
— Mentiroso. — falei e me levantei.
— Eu te salvei de ser morta. — disse ele cruzando os braços, a capa se mexeu atrás dele e eu me inclinei devagar para olhá-la, ela estava parada, o que é isso?
— E as outras vezes que precisei fugir? Você não ajudou.
— Acho que não precisava, acho que o sr Stark tomou suas dores. — disse ele e saiu andando para se sentar numa cadeira na sala de estar.
— Isso não importa agora, estou agradecida por te me salvado, mas eu preciso encontrar outro lugar para fugir. — falei e me sentei na cadeira começando a pensar em possibilidades.
— Você não pode fugir! — disse ele.— Tenho algo para você. — disse ele e saiu por um portal e voltou rapidamente.
Ele segurava dois braceletes de prata, e em cada um havia uma pedra azul como um tipo de diamante.
— Sei que a Armageddon foi destruída, na verdade estou bastante decepcionado com isso, não achei que seu pai iria tão longe. — disse ele e eu me levantei.
Essas são Pan e Dora...
—  Deu nomes a dois braceletes? — falei enquanto ele me observava.
— Me de seus pulsos e descobrirá por que se chamam Pan e Dora. — disse e relutante estendi, ele encaixou nos meus pulsos e se afastou.
— Agora jogue cada braço para um lado como se esperasse que espadas saissem de seus punhos. — então o fiz e de repente duas facas afiadas que eram maiores que meus braços apareceram nas minhas mãos. Seus punhos eram moldurados com um leão.
— Isso... — falei o olhando...
— Preste atenção, e olhe as espadas.— disse e eu movimentei de modo que fizessem um golpe no ar, e apareceu raios pequenos a redor dela. — Cuidado! Elas centralizam poder para dispara-lo duas vezes mais forte.
— Você quer dizer que eu dou energia a ela? E quando eu for usar contra alguém vou poder concentrar todo o meu poder de forma controlada, como a Armageddon.— falei e não pude conter os cantos da minha boca subirem.
— Sim, mas veremos se ela aguentará seu poder. Agora, bata um pulso no outro em forma de X. — disse ele fazendo uma demonstração, e eu o observei e quando fiz...
Uma onda da cor da minha radiação, passou de repente transformando Pan e Dora numa única espada, ela era alguns centímetros maior que Armageddon, era mais pesada, no entanto era como se eu controlasse meus poderes, era como o Martelo de Thor.
— Essa é Pandora, destruidora da morte. — disse ele e eu senti um pressentimento ruim sobre essa espada, ela estava concentrando muito poder e as joias dos braceletes reluziam de forma intensa.
— Como faz pra voltar!? — perguntei sentindo medo.
— É só você pensar nela como bracelete que ela volta ao normal.
E foi o que eu fiz, com medo do que poderia acontecer se eu a usasse naquela forma por mais tempo.
— Agora que está equipada o suficiente, você precisa ir depressa até seu pai.— disse ele. E eu o olhei de forma surpresa.
— O que você quer dizer com isso? Papai não está em Asgard? Eu estou exilada, não posso ir até lá. Se eu desobedecer o exílio serei condenada. - falei chegando perto dele.
— Você realmente ficou exilada para não saber de nada... Seu pai, após um tempo que fora banida,  sairá de Asgard, Loki esteve governando todo esse tempo. — disse ele e eu senti minhas pernas fraquejaram...
— Como assim? Loki não foi morto? — falei surpresa e senti meu coração bater mais rápido.
— Você saberá de tudo por seu pai. — disse ele.
— Você sabe então, onde ele está? — perguntei e ele deu um sorriso de lado e abriu um portal, como sempre as faíscas na borda eram douradas e abriram caminho para um lugar, um campo a frente do mar, estava ensolarado e o vendo batia no campo balançando o capim alto.
Então eu dei um passo, mas eu lembrei de algo, que talvez ele saiba já que Heimdall não responde minhas preces a meses.
— Você por acaso, saberia onde está Talula? — perguntei. - Ela servia a corte como minha dama de companhia...
— A vidente? — disse ele, e então pousou a mão no queixo pensando. — Ela veio me ver, procurava por Loki — disse ele, e eu dei um passo em direção a ele curiosa.
— Ela sabia que ele estava vivo então? — perguntei e ele assentiu.
— No entanto, não sei qual era seu real motivo. Ela parecia inquieta.
— Eu sei. — falei e me virei de costas olhando a passagem. — Ela teve outra visão, ela devia estar procurando por ajuda para interpretar seus sonhos, foi o Ragnarok. — falei, e o escutei suspirar. — A destruição de Asgard.
— Infelizmente isso está fora do meu alcance, eu não sabia sobre Loki estar se disfarçando de Odin, não sabia até achá-lo, se não a teria a avisado.
— Não se preocupe, em Asgard mulheres como nós somos treinadas. Mas eu realmente precisaria saber a localização dela, ela deve saber algo mais sobre Ragnarok, ele deve estar perto. — falei e então fechei os olhos pensando em como acharia papai, e o que falaria para ele.
— Não se preocupe, você encontrará logo os seus irmãos. — disse ele e eu assenti e agradeci e sai pelo portal, pisando na grama enquanto ela alisava em minhas pernas por causa do vento, podia sentir o cheiro do mar a minha frente, uma brisa salgada, e então o portal se fechou atrás de mim.
Eu olhei ao redor e vi a distância um homem velho sentado em uma pedra e meus olhos se abriram mais, era papai observando o mar tranquilamente mas eu sentia que aquilo não era normal.
Então eu corri até chegar atrás dele...
— Charllote. — disse ele e eu engoli em seco.
— Papai. — falei e me apressei para ir a frente dele.
— Você cresceu e amadureceu todos esses anos! — falou ele.
— Eu sou uma mulher agora, diferente da garota apaixonada que o senhor deu a luz. — falei enquanto me Ajoelhava e me levantei.
— sente-se aqui. — chamou ele.
E então na Grande pedra que ele estava sentado eu me sentei e o olhei de lado enquanto ele mal piscava seus olhos para observar o mar a frente.
— Você já sabe. — disse ele.
— Que Loki se passará por você? Sim! — falei.
— Eu digo sobre Ragnarok. — respondeu e eu engoli em seco.
— Papai, eu não sei se tenho poder para impedir isso. Aquela foi minha primeira e última batalha, Thor é o rei de Asgard, assim como Loki também é um rei, eles tem poder suficiente para derrotar isso...
— Não é só o Ragnarok que precisará ser detido.— ele disse e franzi o cenho.
— Pra mim não importa mais, eu fui exilada de qualquer jeito. Não posso ajudar. — falei e me levantei.
— Como ousa dizer isso! Embora não se lembre pois tinha acabado de nascer, Asgard é sua terra por nascença. — disse ele.
— Eu fui tirada e fui criada em Midgard, não preciso explicar sobre meus poderes. No final eram apenas os poderes de Crosser em mim que ajudava a controlar toda essa radiação que eu exalo.
— Foi por esse motivo que retirei os poderes dele de você. — disse ele suspirando.
— Como assim? O que você quer dizer com isso? — falei, e então eu lembrei da mulher que fugiu comigo de Asgard, Angel/ mãe.
— Isso tem a ver com a Angel não é? — perguntei.
— Você tem algo em você que precisava ser detido, ela se sacrificou por isso. — disse ele calmamente e eu descontroladamente cai no chão, as pernas cambaleando...
Comecei a sentir as lágrimas saírem e apertei a grama nas mãos e a puxando.
— Não... Não... isso não pode ser verdade. — falei e senti a maior tristeza, a que não sentia a anos desde que mamãe morreu.
— Você precisava de uma salvação filha. — disse ele e eu que já soluçava parei, e ainda no chão olhei para ele com as bochechas molhadas.
— Eu não estaria passando por isso se eu não fosse uma Odinson, não é? — falei e ele me olhou surpreso.
E então me levantei.
— Eu sou não sou uma Odinson, eu sou Charlie, a garota que nasceu na terra e por acidente matou os pais por não consegui controlar os poderes e que infelizmente descobriu que podia segurar o martelo do deus Thor. Eu não quero mais Asgard, tudo que eu consegui foi retirado de mim por esse lugar, se o Ragnarok não existir... — e comecei a caminhar, eu senti um sentimento de ódio em mim quando senti que algo saia de mim, eram as sombras, as mesmas que eu usava para e teletransportar, e eu senti mais lágrimas caindo, os poderes dele não foram  totalmente retirados?
— Eu serei o Ragnarok. — falei e virei de costas enquanto papai ainda continuava a olhar para o mar.
— Eu sinto muito filha! — disse papai, e parecia que sua voz estava embargada.
— Charlie! — e assim que ouvi a voz as sombras desapareceram, eu me virei devagar para ver Thor e Loki passando pelo portal do Dr. Strange.

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