𝑨 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆...

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S/n Davis

Desvio meus olhos, tenho a impressão de que se eu olhasse muito para ele eu ia querer ir me levantar e o encher de socos, ao invés disso levo o cigarro até os lábios novamente

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Desvio meus olhos, tenho a impressão de que se eu olhasse muito para ele eu ia querer ir me levantar e o encher de socos, ao invés disso levo o cigarro até os lábios novamente.

Gallagher tinha me conquistado sem muita dificuldade, e quando o caos aconteceu eu finalmente entendi que, certos afastamentos por mais dolorosos que sejam, servem para evitar dores maiores.

O garoto dá alguns passos em minha direção e para a alguns centímetros de mim, se agachando, seus pés sustentando todo o seu peso enquanto ele buscava pelos os meus olhos.

— Você está bem? — ele pergunta suavemente.

— Eu pareço bem?

Volto meu rosto em sua direção, meus olhos desciam lentamente dos seus insaciáveis olhos verdes para os seus lábios avermelhados.

Quando ergo os olhos novamente o mundo todo desapareceu; como se houvesse só nós dois, como se sempre só ouvesse nós dois.

Era uma mistura dos melhores e piores sentimentos, eles variavam em meu estômago. Porque eu não conseguia ficar perto dele sem sentir coisas, sem sentir tudo.

— Quer que eu ligue para o seu irmão? Sei que ele pode te ajudar, é o melhor a se fazer — ele propõe, pegando o seu celular no bolso da calça.

— Você não sabe nada a meu respeito, muito menos o que é melhor para mim — alfineto.

— Tudo que eu preciso saber está estampado na sua cara.

— Nesse momento, a única coisa estampada na minha cara é o quanto eu te acho um babaca.

Ele limpa a garganta, desviando os olhos para a porta trancada ao outro lado do banheiro. Ele não mudou nada, literalmente nada, continua o mesmo idiota de sempre e isso só me faz querer ser horrível com ele.

— Eu sabia que iria te encontrar aqui — ele sussurra calmamente, estávamos no mesmo banheiro de nove meses atrás, quando ele segurou em meu cabelo e imaginava cenários indecentes sobre enquanto eu vomitava.

— Se manda agora, Aidan! Eu recebi uma ordem quase que de Deus, para ficar bem longe de você.

— Por quê insiste em me chamar de 𝘈𝘪𝘥𝘢𝘯? Você sabe que eu não gosto quando me chama assim.

— Oh, você prefere princesa?

Novamente ele desvia o olhar, sua paciência se esgotando aos poucos enquanto ele se segurava para não se levantar e me deixar sozinha no banheiro.

— Pode parar de fingir que se importa, eu já conheci sua verdadeira face, eu não caio mais no seu teatrinho.

— Você fala como se eu fosse um mentiroso — ele balbucia, sorrindo. Não vejo o motivo da graça.

𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》 Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora