𝑽𝒆𝒔𝒕𝒊𝒂́𝒓𝒊𝒐

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S/n Davis

Os alunos se movimentavam no gramado, cada vez mais competitivos com os seus adversários; o medo corroendo seus corpos enquanto procuravam dar o melhor de si mesmos

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Os alunos se movimentavam no gramado, cada vez mais competitivos com os seus adversários; o medo corroendo seus corpos enquanto procuravam dar o melhor de si mesmos.

Eu nunca gostei de assistir jogos esportivos, muito menos praticar; mas achei que seria legal da minha parte vir assistir Gallagher jogar — ou ganhar, como ele preferia dizer.

Observo sem muita atenção Benjamin jogar a bola para Gallagher, que pega ela no ar com o seu taco, a bolinha de borracha desliza pela a rede do equipamento, e só então ele volta a correr.

Preciso reprimir um sorriso quando um dos seus adversários é derrubado no chão pelo o próprio, pelo o som o impacto não parece ter sido forte, mesmo assim não sinto pena; aquele era Tiago Gregory, um aluno que brincava com a minha aparência na sétima série.

E então com um um único movimento a bola é arremessada no centro do gol; a arquibancada é tomada por gritos de comemoração, enquanto todos esbravejavam o nome de Aidan.

Antes mesmo que uma roda se feche ao seu redor ele começa a correr para fora do gramado, as meninas que corriam em sua direção levaram um grande fora do garoto, que começará a caminhar até mim.

Preciso lutar contra o impulso de sair dali antes que ele me alcance, pois; olhares eram direcionados até mim enquanto Ryan me alcançava.

Constrangida cruzo os braços, dando dois mínimos passos para trás, como se isso fosse o suficiente para me esconder dos olhos de todos.

— Hum... — ele disse, abrindo lentamente um sorriso — Acho que mereço um beijo.

Antes que eu possa responder ele envolve o seu braço em minha cintura, me puxando para perto. Mas sou mais rápida, e consigo me distanciar antes que o seu corpo encoste no meu.

— Você esta suado, e fedendo — digo em meio a uma careta. Dessa vez, não consigo deduzir suas emoções pela a sua expressão.

— Eu tenho uma solução para isso — sem demoras ele agarra a minha mão, deixando todos para trás e me levando para onde eu suspeitava ser o vestiário masculino.

Durante todo o caminho saio murmurrando palavras ofensivas a ele, lhe questionando do por quê ainda estávamos na escola e não na sua casa, como foi planejado.

— O que diabos você esta aprontando? — digo olhando para ele, o garoto procurava algo em seu armário, me deixando sem uma resposta. Segundos depois ele tira o seu shampoo e condicionador de dentro da sua mochila, e só então caminha até uma ducha; começo a ficar nervosa quando ele retira a camisa, colocando ela sobre o box. Mas só entro em desespero quando vejo ele prestes a retirar a sua bermuda esportiva.

Com um grito me viro de costas, ouvindo a gargalhada do garoto atrás de mim. Dois segundos depois ouço o som da água caindo no piso gelado do vestiário, e então; consigo escutar bem baixinho ele cantarolar uma música enquanto provavelmente massageava seu cabelo com o shampoo.

Fico sem saber o que fazer, eu poderia me meter eu uma encrenca enorme só por estar no vestiário masculino — ou pior: eu poderia levar uma suspensão por estar ao lado do meu amigo nu, ou seja lá o que Ryan seja meu.

Tiro o celular do bolso, digitando uma rápida mensagem no grupo que eu tinha com os meus amigos; mas mudo de ideia quando me recordo que Elio fazia parte do grupo. Guardo o celular de volta no bolso.

Minutos se passaram e eu ainda batia meu pé no piso do vestiário, ainda nervosa com toda a situação.

— Eu não tenho o dia todo — digo a ele, após longos minutos de espera. Mas novamente ele não me responde; em vez disso ouço o silêncio transparecer no ambiente, a ducha estava desligada.

— Pode pegar uma toalha nos armários? — quase bato os pés quando ele diz isso, tinha certeza que ele sorria maliciosamente para mim, se divertindo com a situação. Mas prefiro não confirmar a teoria e acabar vendo outra coisa.

Era estúpido pedir para alguém fazer isso por mim; estávamos sozinhos ali a quase meia hora; e a maior parte dos alunos já foram embora com a sua família.

Irritada ando em passos rígidos até os armários azulados, abrindo eles e pegando duas toalhas brancas.

Quando me viro novamente estou cobrindo os olhos com a minha mão esquerda, enquanto o braço direito se mantinha esticado, evitando uma queda inesperada.

Sigo a sua risada, que vai se tornando cada vez mais próxima; logo sinto uma mão em meu braço, auxiliando para que eu parasse de andar. Praticamente jogo as toalhas em sua direção, desesperada para sair do vestiário o mais rápido possível.

Ryan permaneceu em silêncio, podia ouvir a sua respiração pesar sobre mim, mas preferi acreditar que ele só estava tendo dificuldade para enrolar o utensílio em seu quadril.

— Opa, a tolha caiu.

Solto um mini grito, não me surpreenderia se eu estivesse tremendo naquele momento; indecisa se começo a gargalhar ou se começo a chorar.

— Para com isso! Eu não vou pegar, você está fazendo tudo isso de propósito! — eu acuso, batendo a minha mão onde eu imagino ser o seu ombro. Aidan gargalha, antes de pegar na mão em meu rosto, me obrigando a abrir os olhos.

Medrosa faço o que ele quer, e só solto a respiração quando vejo a toalha amarrada em seu quadril.

— Por Deus, Ryan. Você é tão incoveniente!

Ele fica em silêncio, e isso é o suficiente para eu olhar em seus olhos. O contato visual permanece pelo o que parece ser uma eternidade antes que ele se incline sobre mim para sussurrar em meu ouvido.

— Gosto quando banca a difícil.

Gallagher ri bem baixinho perto do meu ouvido. E então me beija. Coloco minhas mãos em sua nuca, deslizando meus dedos pelos os seus fios de cabelo e trazendo ele mais para perto. Sentindo sua pele quente contra a minha.

Esse momento vai se tornar memorável, o dia que Gallagher me beijou no vestiário masculino. Consigo imaginar perfeitamente ele contando para Elio, sorrindo de orelha a orelha; feliz com o ciúmes que causa no meu irmão quando esta comigo.

Suas mãos encontram a minha coxa, e sem vacilar ele a agarra, me colocando sobre o balcão muito rapidamente, mais uma vez me vejo cedendo a ele, retirando a camiseta mesmo sem querer, beijando os seus lábios contra a minha vontade.

A ideia de tudo isso era tentadora, mas eu prometi a mim mesma que não deixaria ele me tocar, eu prometi ao meu irmão que não me deitaria com Gallagher, então por que eu não conseguia parar? Por que a ideia de senti-lo em mim parecia tão certa naquele instante?

— Que merda é essa? — uma terceira voz surge ao nosso lado.


— Que merda é essa? — uma terceira voz surge ao nosso lado

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•| não se esqueçam de dar a estrelinha :)

𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》 Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora