𝑺𝒆𝒏𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔

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S/n Davis

— Que merda é essa?

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— Que merda é essa?

Rapidamente empurro Gallagher para trás, vendo o garoto levar suas mãos ligeiras até a toalha em sua cintura, que por sorte não caí.

Assustada desço do balcão, pegando a minha camiseta no chão e vestindo ela antes que o idiota do senhor Thompson comece a olhar para mim.

Aidan não perde seu tempo procurando pelas as suas peças de roupa, é comum que ele fique assim no vestiário masculino acompanhado de outros homens.

— Ah, oi treinador. Não sei o que se passa nessa cabecinha mas não é o que parece — Ryan diz, antes de olhar para mim com toda a naturalidade.

Nervosa volto a arrumar as minhas peças de roupa, colocando os fios de cabelo de volta no lugar e passando as mãos pela a saia branca pregueada, tentando disfarçar o quão amassada Ryan a deixou.

— Parece que você estava tomando banho na frente da sua namorada. Que por sinal, esta no vestiário masculino — ele força a voz nas últimas palavras, antes de olhar para mim; deixando mais que claro que era inapropriado a minha presença ali.

— Certo, então é o que parece. Mas não leve para o lado maldoso.

E então se inicia uma discussão besta entre os dois; meus olhos estavam cravados em sua silhueta que se movia demonstrando irritação pelas as palavras do treinador.

Meu corpo ainda está domado por toda uma agitação difícil de se controlar, tenho dúvidas do que se trata, nunca passei por nada parecido; mas a cada movimento que Ryan dá, mais tensa eu fico. Preciso morder o lábio quando volto a olhar para o garoto dos insaciáveis olhos verdes, sentindo o meu corpo se esquentar uma outra vez.

Meu olhar caí para a sua toalha pelo o que me parece uma eternidade antes que eu possa tirar Ryan dessa minha mente suja. O pano branco e trabalhado em algodão permanece firme em sua cintura, atraindo novamente meu olhar enquanto ele se gesticulava na minha frente, movendo o seu largo quadril a cada passo. Engulo em seco enquanto volto a admirar o seu rosto, os fios escuros e úmidos em sua face, tirando a visão para os seus olhos de esmeralda. Era uma verdadeira obra de arte, ou quem sabe; dos Deuses.

Largo de lado toda essa eletricidade em meu corpo, tentando me manter sobre controle do meu próprio torso. Sentindo ainda, mesmo que pouco, a angústia se formar em meu estômago. Estava cansada de esperar, estava cansada de relutar ; precisava acabar logo com toda essa agonia de tê-lo em mim, e não só tê-lo para mim.

— Aqui não é lugar para ter relações sexuais, Aidan, você deveria saber disso mais do que qualquer um — algo em seu tom de voz me convence que Brittany não foi a primeira a se encontrar com Gallagher pelos os cantos evitados do colégio — Só não dou uma ocorrência a vocês dois agora mesmo porque sou um grande amigo do seu pai senhorita Davis; e não pense que eu não vá informa-lo sobre o que a menininha dele gosta de fazer as escondidas por ai.

Apenas a menção de Charlie é o suficiente para me desconfortar. Não me lembrava da sua voz, dos seus olhos, ou até mesmo de como ele costumava me tratar. O tempo longe dele me fez bem, remoendo aos poucos todas as suas características da minha mente.

Nervosa aperto as minhas unhas contra a palma da minha mão, deixando novas marcas sobre as antigas, que eram criadas devido a ansiedade e estresse constante. Sentindo o ar se tornar cada vez mais ausente em meus pulmões, meu corpo é tomado pela gastura de ter que me relembrar de Charlie, da única pessoa que sempre desejei o pior.

Sinto cócegas quando dedos acariciam minha coluna, subindo eles delicadamente até o meu ombro.

— Não precisa se prender a essas memórias horríveis — ouço a sua voz sussurrar em meu ouvido, me tirando o foco — Não faço ideia pelo o que passou, mas ele não vai mais te incomodar. Ele não pode mais te forçar a continuar na mesma casa dele, não quando você já completou os seus dezoito anos; ou enquanto você tiver a mim.

Solto a minha respiração de repente, aliviada por ouvir essas palavras; quando ergo os olhos percebo que já estamos sozinhos novamente, e que por sorte o garoto já estava vestido.

Ele desliza o seu braço sobre os meus ombros, depois de pegar a sua mala de lacrosse, trabalhada em um tecido áspero e negro, com uma largura mediana.

— Podemos dar uma volta de carro que tal? Eu posso comprar alguma coisa se estiver com vontade.

Não percebo os meus lábios extensos a um sorriso tolo, ou a sensação calorosa se espalhando lentamente pelo o meu peito. Nunca me senti assim com ninguém, e agora; eu não sei como agir.

— Ei, nós vamos fazer isso dar certo não é? — ele pergunta, de repente. Preocupado com a possibilidade da minha deixa.

— Sou apaixonada por você, Gallagher — declaro, como se isso fosse o suficiente.

— Eu sei disso; eu também sou apaixonado por você, vampirinha, mas... — ele dá uma pausa, reforçando a voz trêmula — você não respondeu a minha pergunta.

Sinto o meu peito doer, e se não der certo? E se eu acabar machucando Gallagher como ele me machucou? E se tudo isso que eu estiver fazendo for uma encenação? Onde tudo que eu quero é causar a mesma dor que foi causada a mim. E se ele estiver mentindo outra vez?

Não sou uma garota romântica ou sentimental, mas a algo intrigante nesse garoto que sempre me atraí. Deixando toda vez que olho em seus olhos, a necessidade de sentir o calor do seu corpo; talvez ele mesmo tenha me feito tola assim.

Eu só espero que isso não termine em uma grande tragédia, não quero partir o seu coração, ou ser uma outra vítima dos seus encantos. Ryan foi a primeira pessoa que eu deixei olhar por completo toda a minha vida sem ser expulso; e eu gostaria que ele também não fosse embora.

𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》 Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora