𝑷𝒓𝒂𝒊𝒂

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S/n Davis

— Você demorou — ele fala, antes que eu possa abrir novamente a porta do seu carro e me sentar no banco de couro negro

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— Você demorou — ele fala, antes que eu possa abrir novamente a porta do seu carro e me sentar no banco de couro negro.

— Não queriam me deixar sair, me encheram de perguntas por eu ser uma adolescente " andando sozinha " na estrada as duas da manhã — digo eu, antes de subir novamente o banco, finalmente encostando as minhas costas no estofado — Estavam preocupados, quase ligaram para a polícia.

— Que chato. Devia ter me esperado; eu ia com você — dou de ombros, antes de enfiar a minha mão no pote com frango frito, e retirar uma unidade de dentro, eu estava faminta.

— De toda forma, acho que nossos amigos encheram tanto a cara que já foram embora sem nem perceber a nossa ausência — volto a encarar seus olhos esverdeados, antes de morder outra vez o alimento que Ryan acabará de comprar.

— É uma boa possibilidade, acha que ainda estão no baile? — Ryan pergunta, colocando o seu pé no banco enquanto segurava um copo com refrigerante mas mãos.

— Não. O baile já acabou a mais de uma hora, e James provavelmente vai dormir na minha casa, ou até mesmo no meu quarto, se duvidar.

— Ethan não? — ele questiona, e é inevitável segurar um sorriso malandro que me escapa, rio da sua expressão, que vai ficando cada vez mais surpresa — Não acredito! Por quê ninguém me contou?

— Ela é minha melhor amiga; James é o irmão gêmeo dele, é meio difícil manter um segredo. Mas, se isso servir de consolo, Elio também não sabe de nada.

— Me sinto rejeitado — ele brinca, mas pelo o seu tom de voz é fácil detectar um pouco de ofensa.

— Ah, cala a boca. Você sabe mais sobre mim do que a minha própria melhor amiga! — eu testemunho, gargalhando ao seu lado.

— Não tenho culpa se você é impulsiva, na hora de discutir você se estressa tanto que chega a revelar os seus piores segredos — Gallagher diz, não conseguindo segurar uma risada.

— Você provoca — me defendo.

— Eu? Você é quem provoca, fica falando com sarcasmo e ignorância; isso me irrita mais que qualquer coisa.

— Não começe, Ryan. A culpa é sua, sempre vai ser sua; você quem fez uma maldita aposta — eu falo, sempre uso esse argumento em brigas pequenas com ele, e em todas as vezes, ele sempre perde a discussão — Aliás, como você apostou só trezentos dólares? Eu valho muito mais que algumas notas de cem dólares.

Eu precisava rever a minha personalidade, conviver com Aidan estava me deixando com um ego de se invejar.

— Tá bom, chega desse papo. Já pedi desculpas a você mil e uma vezes; agora coloque o cinto e coma esses frangos. Já vamos estamos chegando — com cuidado cruzo as minhas pernas enquanto ele voltava a dirigir; colocando o balde com frangos em meu colo e depositando o meu copo com refrigerante no porta-copos do carro — O cinto de segurança — Ele me lembra, com a voz mais rígida quando me via ignorando essa parte.

𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》 Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora