𝑫𝒂𝒅𝒅𝒚 𝒊𝒔𝒔𝒖𝒆𝒔

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S/n Davis

S/n Davis

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— ...E é por isso que eu não pretendo ter filhos — Ryan diz, passeando as mãos pelos os cabelos úmidos e bagunçados — São encrenca, vão acabar com a minha saúde mental e beleza.

— Engraçado você dizer isso, já que você costumava dormir com qualquer garota que sorrisse para você, é uma surpresa que não tenha engravidado alguma.

Ele se contorce na areia, desconfortável com o assunto. Volto a lamber meu picolé de limão suíço; observando o garoto molhar os lábios e olhar para o nada.

— No que esta pensando? — eu pergunto, vendo ele levar o seu picolé de uva até a boca e morder, balanço a cabeça em negação; que psicopata.

— Você não pensa em Charlie com frequência? Quero dizer... Todos os dias? Eu sei que ele tem inúmeros problemas respiratórios, mas você não tem uma mínima curiosidade de saber como ele está? Ou ir até ele no hospital e falar o que sempre quis? Quer dizer, ele é um grande filho da puta, e não vai durar mais dois anos na Terra com tantas doenças, mas você não sente vontade de falar algumas coisas a ele?

Era verdade que ele tinha doenças, sempre teve; mas com a minha ausência na casa o estresse tomou conta dele.

— Perca de tempo — eu dou de ombros, voltando os olhos cinzas para o picolé que estava começando a se derreter, dou uma lambida antes que ele caia em minha mão — Quer dizer, ele só sai de casa para ir no hospital, as vezes nem consegue levantar da cama. E eu sei que se eu for no hospital não vou conseguir olhar para ele por muito tempo sem querer fechar as minhas mãos em seu pescoço e dar um fim nisso. Não quero ser presa, é a palavra dele contra a minha; e o idiota já ganhou inúmeras vezes.

— Então é isso? Você simplesmente vai deixar ele morrer?

Eu suspiro, antes de terminar de comer o meu picolé e colocar o palito sobre o plástico; retirando o meu boné e me sentando ao lado do garoto sobre a toalha.

— Não tem o que fazer, Ryan. Ele está tendo o que merece — vejo ele revirar os olhos, antes de morder o seu picolé e me olhar — O que foi? Por que a repentina pergunta?

— Não vejo o meu pai a seis meses; a última vez que ô vi foi quando brigamos no jantar e eu fui até você — ele conta, a voz dolorida — Eu sei que ele é ocupado com o seu trabalho e a única coisa que chega dele lá em casa é dinheiro; mas, eu acho que ele não se importa muito comigo e com a minha irmã. Quer dizer, ela já está terminando a faculdade, e está noiva; e bom, eu também vou para a faculdade ano que vem, e você vai comigo, e a gente meio que tem algo — Ryan diz, compartilhando os seus sentimentos confusos, podia sentir os seus dedos tocarem a minha perna, buscando conforto — Ele nunca foi muito presente, era só a minha mãe quem ia nas minhas apresentações e era ela quem ia me buscar na escola. Era estranho morar na mesma casa que ele e vê-lo somente nos jantares, acho que ele nunca se importou de verdade.

𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》 Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora