Aidan Gallagher
Ergo os olhos quando ouço a sua voz, o efeito das drogas ainda se manifesta pelo o meu corpo, mesmo assim, ainda tenho total controle sobre ele e as minhas ações.
A porta de metal se destranca, onde uma silhueta pequena entra, mas quando a maior vai atravessar a porta, Charlie o impede, autorizando só a passagem da sua filha mais nova.
A menina caminha calmamente, até a minha cela, se está assustada eu não sei, ela não costuma demonstrar seus sentimentos. Seus passos são rigorosos e curtos, quando enfim reconhece o meu rosto, ela solta um fraco sorriso, como se toda a preocupação se esvaísse do seu corpo.
— Você está bem, passei o caminho todo pensando se Charlie havia o machucado — ela confessa, se aproximando aos poucos das grades de ferro.
— Preocupada? — pergunto, esboçando um sorriso presunçoso. Ela desvia o olhar, como se isso bastasse como uma resposta.
De repente, sinto toda uma agitação no peito que me aborreceu profundamente. Tinha vontade de beijar S/n, de abraça-la, de conforta-la; como se fosse uma criança perdida.
Nunca imaginei que ela de fato se preocuparia comigo. Maldita fosse... Se ela tivesse fingido que não, eu jamais suspeitaria.
— Parece que alguém não é mais tão imune as minhas cantadas — eu esperava um sorriso, mas em vez disso seus olhos rolam e tenho que me segurar para não abrir um largo sorriso.
— Ah, meu Deus, você é tão babaca — e estou rindo de novo, e ela também está quase se juntando a mim, mas seus braços se cruzam e por um pequeno momento vejo o canto dos seus lábios se mexerem suavemente.
— Você gosta — ela franze o cenho, me encarando.
— Eu não gosto de nada em você.
— Eu amo como você mente — digo.
A sala foi tomada por um silêncio insignificante, o ar depressivo e gelado já estava começando a me abater, e tive medo que ela também se sentisse assim.
Ergo os olhos para obversa-la, uma garota em trajes escuros sentada de frente para a cela, talvez ela esteja com frio, com fome. De qualquer forma hesito em perguntar.
Observo atentamente a forma como ela brinca discretamente com os dedos sobre o colo, e a forma que os seus cabelos saltam para os lados quando ela se inclina para frente. Noto que ela talvez esteja deixando seu cabelo crescer, que agora está no meio da sua cintura.
Então nesse silêncio exaustivo uma pergunta invadiu a minha cabeça: Por quê?
— Vampirinha? — chamo por ela, quando me ouve ela levanta o seu rosto calmamente, tudo parece estar em câmera lenta para mim, seus olhos brilham em um cinza azulado e chego a perceber o quão acelerado o meu coração estava, ela abre um frágil sorriso enquanto retira uma mecha de cabelo do seu rosto, passando ela delicadamente para trás da sua orelha, tudo isso saí encantador aos meus olhos, mesmo assim preciso encontrar o foco — Por quê ficou?
Seu sorriso logo se desmancha, pela primeira vez acho que a peguei sem respostas plausíveis, não sei se devo ficar contente ou aborrecido.
— Eu sou sua amiga... — ela diz, sua voz soa tão frágil e baixa que eu fico com medo de ter escutado errado — É isso que amigos fazem.
De repente toda uma onda de aflição e dor invade o meu corpo quando corro os olhos por toda a cela e me decepciono amargamente quando só vejo o rosto da minha vampirinha ali, sinto a falta de Mike, de Ben, do Stanley e de todos os outros garotos que cresci ao lado, mas eles não estavam aqui.
— E eu acho que gosto da sua presença... — ela conta, quase sorrindo. É impossível não sentir uma vibração em meu estômago
So fomos liberados as nove da manhã, a vampirinha tinha leves olheiras ao redor dos seus olhos cinzas, e a sua pele estava gelada e pálida pelo o ambiente em que passou as últimas horas, eu entendo ela. Estava no mesmo estado, já que passamos todas essas horas conversando...
Fecho o livro em mãos, esboçando um sorriso para a garota ao meu lado.
— Leu dois livros em uma única semana... Estou impressionada — ela diz passando os olhos pelo o meu rosto.
— Como foi na prova? — pergunto a ela, que fecha o grosso livro e coloca ele sob o colo.
— Na verdade, acho que fui ótima...
S/n Davis
Na sexta-feira olhares sínicos eram direcionados a mim, e eu fazia questão de me gabar pela a bolsa de estudos que ganhei.
— Como se sente, vampirinha? — sua voz emerge atrás de mim, seguro um sorriso nos lábios, não podia lhe dar o luxo de se exibir por me fazer sorrir tão facilmente.
— Incrivelmente odiada — digo dessa vez sorrindo, ele gargalha ao meu lado e sua cabeça se inclina suavemente para trás — Estou falando sério, Sophie fez a prova mas não chegou nem perto da minha nota, depois vem Alyssa, se lembra de quando ela se atirava para cima de você quando estávamos juntos? Tem que ver a cara dela quando eu passo ao lado dela no corredor — rio ao seu lado, é legal saber que estou acima delas — Ah, e não posso me esquecer da sua queridíssima Brittany Blackwood, ela está com fogo nos olhos.
Depois que contei ao Ryan sobre o que Brittany me confessou no banheiro ele terminou de se distanciar dela, e ultimamente vejo ele raramente com os amigos.
— Então...? Amanhã, festa na piscina da minha casa, as 15h — ele propõe.
— Nada disso, estou comprometida com os meus livros, passei toda a semana estudando e agora preciso de um tempo para mim — ele me olha, não satisfeito com a minha resposta.
— Ah mas você vai sim. Literatura pode até ser divertido, mas não tanto quanto ver dezenas de pessoas semi-nuas na sua casa — faço uma careta com esse seu pensamento — Qual é, vampirinha. Vai ser legal e você pode levar os seus amigos se quiser, incluindo o seu irmão. Você precisa relaxar.
— Tá bom, eu vou. Mas não pense que vai conseguir algo de mim porque eu já adianto que eu vou levar os gêmeos comigo.
— Como quiser, madame — ele sorri, me enviando uma piscadela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐁𝐀𝐓𝐇𝐑𝐎𝐎𝐌 》》 Aidan Gallagher
Fanfiction━━ segunda temporada! +𝑺/𝒏 𝑫𝒂𝒗𝒊𝒔 || Como pode ver eu sobrevivi muito bem sem você. E pretendo continuar assim. Após quatro meses desde que o mundo de S/n Davis desabou, a garota decide que é hora de voltar para a sua antiga vida, pela a prime...