Capítulo 8: Meu primeiro amigo?

472 21 2
                                    

꧁Lyana on꧂

Meus pais e a Savanah foram comprar pizza e me deixaram em casa com a Vanessa, eu estou no meu quarto sentada no sofá que tem na janela ouvindo música quando de repente escuto a porta abrir com tudo, olh em direção a ela e vejo a Vanessa furiosa, levanto com medo.

_V-Vanessa tá tudo bem?- pergunto colocando minhas mãos na frente do meu corpo.

_Você está literalmente acabando com a minha vida garota, desde o dia em que você entrou por aquela porta- ela vem em minha direção e eu tento escapar mas ela me empurra.

_D-do que você está falando?- caio no chão e me apoio com as minhas mãos para não bater o rosto.

_Eu perdi tudo por causa de você, minha irmã, meus pais, até o Zayan- olho para ela confusa.

_Do que está falando? Como assim o Zayan?-  sinto uma ardência no rosto assim que termino de falar, ela não fala mais nada e começa a me bater.

Eu preciso sair daqui, dou um empurrão nela e ela se afasta, pego meus sapatos mais próximos e saio correndo de casa.

Quando estou longe o suficiente paro de correr, coloco os sapatos e vejo que na correria o celular ficou em casa, então não tem como eu ligar pra ninguém.

Vou caminhando quando paro em uma praça para descansar, e de longe vejo uma pessoa familiar, e pelo jeito essa pessoa me viu também porque está vindo em minha direção.

_Oi Lyana, o que está fazendo aqui? E por que está chorando?- ele me fala se sentando do meu lado no banco.

_Oi Dominik, eu só vim passear um pouco- minto, mas parece que ele não acreditou.

_Ok Lyana, não nós conhecemos a muito tempo, mas está na cara que você não veio passear, vem vamos em casa e lá você me fala o que está acontecendo- ele se levanta do banco e pega a minha mão.

Fomos para a casa dele, entramos no quarto dele e ele fechou a porta.

_Pronto estamos só nós dois aqui, pode me contar o que está acontecendo, por favor?- ele se senta na cama e me puxa para sentar também.

Será que eu posso confiar nele? Ele parece realmente preocupado, e eu preciso muito falar com alguém, estou cansada de guardar isso pra mim, começo a chorar antes mesmo de falar.

Ele limpa as minhas lágrimas e me olha com um olhar que suplica para eu falar, e então eu começo a falar tudo, desde os meus 7 anos.

Depois de falar tudo ele me dá um abraço pois estou chorando muito.

_E você nunca soube o que aconteceu com seus pais?- ele pergunta ainda me abraçando.

_Não, nem com o meu irmão- falo soltando o abraço e limpando as lágrimas- eu também nunca tive amigos então falar sobre isso com alguém parece libertador.

_Bom, agora tem um amigo- ele levanta a minha cabeça e passa a mão no meu rosto.

Eu tenho um amigo agora? Tipo, um amigo de verdade? Não vou mais precisar ficar escrevendo naquele diário para tentar me aliviar? 

_Está com fome?- ele pergunta me tirando dos meus pensamentos.

_Estou sim- olho para ele com um sorriso fraco.

Ele sai do quarto e vai para a cozinha, mas não demora muito para ele voltar.

_O que você quer comer? Tenho o número de vários restaurantes, pizzarias, lanchonetes- ele mostra um caderninho com os números dos melhores lugares dessa cidade.

_Uau, só os melhores em- eu dou risada e ele se junta comigo.

_Lógico, se for para comer que seja a melhor comida- ele se senta na cama e me dá o caderno.

Nós olhamos juntos e por fim escolhemos uma lanchonete, pedimos dois x-tudo, uma porção de batata grande e uma Coca-Cola de dois litros.

Depois que a comida chega, nos sentamos no tapete da sala, e colocamos a comida na mesinha de centro, começamos a comer.

_Meu Deus que lanche grande, não sei se vou conseguir comer tudo- dou risada.

_Se não conseguir comer tudo me dá que eu como- ele ri de volta e dá uma mordida grande no seu lanche.

_Senhor amado Dominik- ele me interrompe assim que termina de mastigar 

_Me chama de Nick- ele fala dando outra mordida.

_Ok, Nick pra que morder o lanche assim?- dou uma mordida no meu lanche.

_Minha boca é grande então cabe muita coisa- ele me olha dando outra mordida no lanche.

_A minha é pequenininha- dou risada e pego duas batatas e coloco na boca- amo batata.

_Percebi, comprou uma porção grande- ele ri e pega batata também.

Depois de comermos tudo ele me olha e fala:

_Ei Lyana quer doce?- eu o olho e vejo ele segurando uma caixa, quando olho dentro da caixa vejo que tem muitos doces.

_Meu Deus, é o paraíso!- começo a mexer na caixa- Finis, Nutella, M&M, Laka, Diamante Negro, Ouro Branco, você tem bom gosto em.

_Eu sei disso- eu olho pra cima e vejo ele fazendo uma careta, ele mordeu o meio dos lábios e fechou os olhos, e só agora pude notar que ele tem piercing nos dois lados da boca, e que sua orelha tem alguns furos.

_Convencido- dou um tapinha de leve, sentamos na cama e eu vejo um ser preto pulando no colo dele.

_Ai meu Deus, você tem um gato- vou fazer carinho nele.

_Ele se chama Plagg Astolfo- ele fala abrindo uma Fini.

_Plagg Astolfo? Um nome bonito porém diferente- ele me dá um saquinho de Fini.

_Então você é da turma A?- ele pergunta.

_Sim, e infelizmente somos de turmas diferente.

_Pois é- ele me olha e da um sorriso de canto, e fala- vamos jogar uno?

_Vamos- falo me arrumando na cama.

Ele pega o Uno, embaralha e distribui sete cartas para cada um, começamos a partida, e meu Deus ele só tira carta boa.

_Compra quarto- ele fala com um sorriso travesso no rosto.

_Não é possível, você só tirou carta boa- pego quatro cartas e voltamos a jogar.

Depois de cinco partidas com ele só tendo cartas boas percebo.

_Não vale, você está roubando- cruzo os braços.

_Não tô não, eu ganho de forma justa- ele fala dando risada.

_Sei essa sua forma justa- terminamos essa partida, quando olhamos a hora- meu deus já são 01:30 da madrugada, já está tarde.

_ Você sabe o número de alguém de cor?- ele me pergunta.

Eu sei o da minha mãe, mas não quero incomodá-la agora.

_Não, mas eu vou indo pra casa, não é tão longe- levanto e coloco o sapato.

_Lyana você não vai de a pé, então espera a minha mãe che…- ele não termina de falar pois alguém tocou a campainha.

Ele vai atender e logo volta com alguém atrás de você.

_ O que você está fazendo aqui?- pergunto assustada.

Tudo por uma apostaOnde histórias criam vida. Descubra agora