CAPÍTULO 51.

583 92 11
                                    


Sem revisão.

POV CHRISTIAN

Sabia que tinha sido uma péssima ideia ter deixando ela vim. O estado que ela se encontra  . Vela desse jeito está acabando comigo .

— Ana , chega — digo e ela me olha.

A dor em seus olhos partia meu coração.

— Está muito nervosa, vamos embora. — falei preocupado .

Ela acenou concordando e voltou a olhar para Raymond. Deu um passo à frente e cambaleou. Soltou um grito forte de dor e se encurvou segurando a barriga. No automático, me movi e já a peguei nos braços desmaiada.

E fiquei assim por todo o longo caminho até o hospital. Ouvia meus irmãos falando comigo, mas não os escutava.

A minha vida dependia dela.

Não podia perdê-los. Não sabia quando tempo eles a levaram de mim. Assim que cheguei no hospital médicos e enfermeiros, arrancaram Anastacia  dos meus braços com a promessa de que fariam tudo para que os dois ficassem bem.

Minha Ana  e meu pequeno Teddy.

Comecei a andar de um lado para o outro completamente abalado e quase louco com o tamanho do medo que estava sentindo.

Não poderia perdê-los, repeti em minha mente como um mantra. A sala de espera privada logo encheu, minha família estava ali. Todos preocupados.

Kath parou na minha frente e começou a gritar comigo como uma louca. Elliot é mia  a seguravam enquanto ela me acusava de fazer mal para sua prima que eu devia proteja . Para ser sincero, não ouvi nem a metade das coisas que disse. Raiva e medo borbulhavam em minhas veias me deixando surdo para qualquer outra coisa.

Desviei dela e soquei a parede mais próxima.

Uma, duas, três, quatro vezes. Meus dedos sangraram e a dor foi bem-vinda naquele instante. Estava enlouquecendo sem saber dela. Duas mãos pesadas pousaram em meu ombro. Uma de cada lado. Não precisava me virar para saber quem era. Eu os conhecia bem.

—Christian , ela vai ficar bem. — Elliot disse baixo.

— Não posso perdê-los — sussurrei derrotado.

— Você não vai. — jack garantiu.

Estava começando a entrar em pânico. Sentia meu corpo tremer, minha respiração ficar cada vez mais difícil e minha mente se encher de desespero.

— Sinto muito, Christian , não deveria ficar gritando com você sem saber direito o que aconteceu. — Kate disse nas minhas costas.

Não a respondi. Não poderia.

Não me preocupava com o que pensavam de mim, a única coisa que me importa é a minha mulher e meu filho.

Mais nada valia a pena.

Eu só os queria em meus braços novamente. Quando ouvi alguém chamar pelos familiares de Anastácia grey. senti minhas pernas bambas. Mas caminhei até o médico, ele me olhou por um segundo e me reconheceu.

— Senhor grey, a senhora grey teve um pequeno deslocamento de placenta e estava com a pressão muito alta quando chegou — explicou. — Conseguimos reverter a situação e a médica dela já está a caminho para melhor avaliação da gestante.

— Ela está bem? Eles estão bem? — perguntei com a voz rouca pela emoção.

— Sim, os dois estão bem.

Suspiros de alívio encheram a sala.

Fechei meus olhos também aliviado, eles estavam bem. Voltei a abrir os olhos e encarei o médico.

— Posso vê-la?

— Sim, neste momento está dormindo devido a medicação.

Acenei concordando.

— Um de cada vez e caso ela acorde, tentem não estressá-la.

Acenei novamente e o segui para dentro dos corredores do hospital. Apontou o quarto em que minha mulher estava e eu andei ansioso até lá. Entrei no quarto e a encontrei deitada sobre a cama hospitalar. Seu rosto pálido e respirava devagar.

Beijei sua testa e me sentei ao seu lado. Culpa me encheu, não deveria ter cedido em levá-la até seu pai .

Segurei sua mão e encostei minha cabeça na cabeceira. Estava exausto, aquela noite parecia que nunca ia ter fim. Eu só desejava uma noite de sono sem perturbação e o que ganhei foi mais uma noite infernal. Tanto eu quanto Anastácia  precisávamos de um pouco de paz e tranquilidade.

Sou tirado do lado dela quando Dra. Green chega para avaliá-la.

Fico do lado de fora do quarto e aguardando ansiosamente pela médica. Perdi a conta das vezes que implorei aos céus de que ela estivesse bem.

Quando a porta abriu e a médica de meia idade saiu, meu coração bateu forte. Ela me olhou séria e eu fiquei tenso.

— Anastácia  está bem, agora. —Falou rápido.

— O que...

— Ela precisa de repouso absoluto a partir de hoje e não se estressar — interrompeu-me. — Entenda, senhor grey, que toda vez que ela se exalta faz mal aos dois. Não sei o que aconteceu para anastacia  chegar aqui neste estado, mas recomendo que não volte a acontecer. A pressão alta também está sendo muito arriscado pelo estado elevado da gestação.  Eu já tinha deixado muito claro a situação na semana passada . —  suspirou cansada . — Minha função e obrigação é manter mãe e filho bem, você entende?

— Mais do que imagina — murmurei cansado.

— Assim que ela receber a alta hospitalar, deve ficar presa na cama — ordenou. — Não permita que se levante sem necessidade. Pela manhã vou passar aqui e darei mais algumas recomendações necessárias.

— Tudo bem, obrigado. — Ela acenou para mim e se retirou.

Eu iria enfrentar um inferno para mantê-la deitada o tempo todo. Mas valeria a pena se os dois ficassem bem no final.

Deixei que todos a visitassem por alguns minutos antes de voltar a me sentar ao seu lado. Peguei sua mão e a beijei de leve. Ficaria tudo bem. Era o que eu queria acreditar.  Sofia ficaria com meus pais até que Ana tivesse alta , uma preocupação a menos .Fiquei ali velando o sono dela por longas horas, até que o cansaço forçou meus olhos a se fecharem.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
NO RITMO DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora