CAPÍTULO 45

608 98 7
                                    


Sem revisão.

POV ANA.

Como pude ser tão burra .

Como não me prevenir  em nem uma das vezes que estive com o Christian!?.

Escorreguei pela parede soluçando alto e dolorosamente. Tinha segurado o choro por todo o tempo enquanto estava no hospital . Cobri meu rosto com as mãos e chorei em completo desespero. Mal acreditava nos absurdos que tinha acabado de ouvir.

Uma confusão de sentimentos me encheu. Dor. Desespero. Medo.

Choque. Tristeza. Raiva. Angústia. Decepção. Até mesmo descrença.

Um bebê,  eu estava grávida,  quando o médico me deu o resultado eu fiquei estática, completamente,  como eu poderia trazer uma criança para esse mundo ??.

Para essa vida .  Depois de não sei quanto tempo me levanto é vou para o banheiro deixando minhas coisas em cima da cama .

De baixo do chuveiro molho os cabelos na água gelada ,

“Tão forte e ao mesmo tempo tão frágil, tão independente e ao mesmo tempo tão necessitada de atenção, tão menina e ao mesmo tempo tão madura, tão fria mais ao mesmo tempo uma manteiga derretida, tão ciumenta e ao mesmo tempo tão ciumenta ao extremo, tão rodeada de pessoas mais ao mesmo tempo tão sozinha, tão louca mais ao mesmo tempo tão quieta, tão alegre e ao mesmo tempo tão triste, tão “dane-se” mais ao mesmo tempo tão “vemk”, tão decidida e ao mesmo tempo tão confusa, tão segura e ao mesmo tempo tão insegura.

Vejo em mim sentimentos confusos, verdades relativas e desejos passageiros, olhando bem em mim sinto que algo mudou, vejo diferenças em pequenas coisas e em grandes coisas vejo pequenas diferenças, sinto, faço, vejo e ouço coisas que vem de dentro de mim uma mudança interna que reflete nas externa, ou melhor dizendo, em um todo, sinto uma saudade estranha e confusa,sinto uma paixão estranha e relativa, me vejo como um pingo de uma chuva que cai rapidamente do céu em direção a Terra, sinto-me muito pequeno, mas vou cortando o vento como uma velocidade incrível, assim vejo minhas alegrias, meus sofrimentos, meus triunfos minhas decepções, mas logo caio ao chão a dor parece insuportável, sigo pelo chão, como se estivesse em uma jornada sem volta, mas logo evaporo e volto ao meu estado normal, UM PINGO DE CHUVA e volto a fazer tudo outra vez.

Desligo o chuveiro  pois a vontade de vomitar é enorme.
Assim que coloco até o que não comi para fora o soluço sai , a confusão em meu peito é grande de mais para suportar até que escuto sua voz.

Sua voz sai preocupada,  mas eu não tenho coragem de abrir a porta mas com tanta insistência acabo abrindo é curto para seus braços é choro.

Para muitos pode parecer bobo minha atitude, mas como trazer uma criança ao mundo a qual a mesma não terá escolha assim Como eu não tive .

Christian me conforta sua voz seus braços me conforta a sensação que tenho é que tudo .

Os problemas , as dores preocupação, a humanidade sumiu quando fica assim em seus braços .

O choro escorre livre, como se uma barragem tivesse acabado de ser rompida. Meu corpo alivia a tensão que sinto e o calor dos braços de Christian  me traz uma segurança, que não sei explicar é como que seu abraço falasse que tudo ficaria bem .

Não sei quanto tempo fiquei assim com ele , mas ele me trás a realidade .

—  Amor é melhor você vestir alguma coisa você está muito gelada . —Diz suave em meu ouvido . —Não é bom no seu estado ficar assim .

Olho para o mesmo a um brilho no seu olhar . Ele faz um carinho no meu rosto.

—Vai dar tudo certo . —Ele sussura .

........

Passamos a noite assim nos curtindo sem dizer nada pois palavras não eram necessários ele estava ciente  dos meus receios e era os mesmos , que os meus .

Contar para Sofia que a mesma seria a irmã mais velha não foi fácil,  o receio foi grande ,mas para nossa surpresa ela ficou feliz dizendo que  agora teria outra criança além da Eva  para brincar é ainda prometeu cuidar  muito bem do seu irmãozinho , Christian estava todo bobo , com a nossa  menina,  ela nem parecia mais aquele criança que chegou a nossa casa alguns dias .

Resolvemos deixar para contar a nossa família no dia seguinte ,na casa dos meus sogros , Christian estava em uma ansiedade que só ,e só faltava gritar aos quatro ventos que tinha certeza que seria um menino , quero só ver se for uma menina . Sorrir imaginando o desespero dele.

Deitada na cama e vendo ele como é um pai maravilhoso é paciente com Sofia tenho a certeza de que tudo irar da certo , mesmo com os problemas que temos que enfrentar .

A felicidade é como as ondas do mar: umas vezes ela se afasta para longe, outras vezes ela vem ter a nossos pés. Mas não podemos ficar parados. Correr atrás do sentido de nossa vida, é vivermos plenamente sem darmos conta.

—Está tudo bem meu amor ?. —Christian me olha preocupado.

—Está sim não se preocupe , só estou com um desejo.

—E mesmo?.: —confirmo com a cabeça. — e o que minha linda mulher quer  . — Ele já se prepara para levantar .

—O que eu quero tera que esperar. —falo já segurando seu braço.

—por que . —me olha confuso .

—Por que o que eu desejo , não pode ser saciado com nossa filha acordada . —ele fica um tempo me olhando até que me assusto com ele levantando é pegando Sofia no colo .

—Princesa está na hora de dormir . —começo a rir .

—Christian. —Tento soar seria mas é  vão ao ver o desespero dele .

—Beijo da Mamae de boa noite . —Ele inclina Sofia para mim.

Só que ela balança a cabeça em negação.

—Dormir não papai .

E os próximos vinte minutos foi um Christian de quase trinta anos tentando negociar com uma menina de dois anos e adivinha só que ganhou ?.

Whack! Estou debruçado sobre a perna de Christian e ele está  me espancando. Literalmente me espancando. Eu rio alto e ele  faz isso de novo. Eu rio de novo enquanto me contorço,  tentando fugir. Depois de quase duas horas e meia Christian conseguiu fazer com que Sofia dormisse

—Você será boa?—, ele pergunta.

—Não—eu rio. —Eu serei muito má.—Meu comentário o acerta e eu fujo. Eu o empurro para baixo  na cama. Nós dois já estamos nus é nosso noite está só começando.


NO RITMO DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora