Estou olhando confusa a pessoa parada na minha frente, não sei qual reação deveria ter, correr, chorar, falar todas as coisas que tenho engasgado na garganta durante anos.
Carrego tanta mágoa devido as ações desta pessoa parecendo inofensiva mais, conheço bem infelizmente nada tem de haver.
— Mãe— deixo a palavra escapar cheio de dor
Os olhos dela arregalam diante dessa pronúncia.
—Oi querida faz muito tempo.— Observo o efeito no tempo na aparência dela quase não envelheceu nada, apenas umas poucas marcas de expressão ao redor dos olhos.
Desço analisando a qualidade das roupas, parecem feitas sob medidas. O sapatos Channel num tom de vermelho vivo.
— Você parece bem— digo lembrando do dia que ela foi embora e sua ausência deixou um vazio tão grande na nossa família meu pai nunca foi o mesmo, minha irmã precisou amadurecer antes da hora e eu vi tudo isso me sentindo culpada por querer ela de volta.
—Como nos encontrou?— Pergunto cruzando os braços na frente do corpo criando uma frágil proteção das lembranças.— Após tantos anos?
—Faz algum tempo que estava procurando vocês— diz dando um passo a frente mantenho bloqueando o caminho—posso entrar?
—Estou confortável aqui— respondendo a mais firme possível apesar da garganta seca do rosto amassado pelo choro não vou dar a esta mulher vulgo mãe biológica a chance de ver como estou uma lástima.
— Porquê você estava nos procurando? —Indagou ríspida— teve nossa infância inteira para fazer isso. Sabia nossa endereço, nunca voltou ou ao menos ligou e agora aparece na minha porta como se nada tivesse acontecido.
— Eu sinto muito, juro eu queria aproximar de vocês..
Não deixo ela terminar de falar suas explicação frajutas. Pois querer fazer algo jamais será o bastante ou você faz ou não faz e ela escolheu não fazer.
Essa mulher bem vestida optou por dinheiro acima das próprias filhas, escolheu virar as costas para sua família. Sofremos tanto, vi minha irmã chorando escondida quando esperava sempre no mesmo horário o retorno da minha mãe, até que este espera virou raiva e não podia ser mencionado a palavra mãe dentro de casa pois virava uma guerra.
— Você nos abandonou— ela desvia o olhar medindo cada canto seus olhos pesam na chave inglesa largada no mesa de centro. Deve estar avaliando a simplicidade do apartamento, é simples não vou negar, mais Megan lutou muito para conseguir este lugar e ter aquela mulher parada olhando enojada me dá nos nervos.
— Está na hora de você sair— olho firme indicando a porta— nada vai mudar os fatos, você nos abandonou a própria sorte e nunca olhou para trás.
— Mikaela eu te amo filha, deixa explicar— acabo sorrindo.
Só o fato de me chamar de Mikaela já diz tudo, as pessoas próximas sabem que gosto de ser chamada de Mika. Ela não conhecê o mínimo sobre mim.
— Explicar? Explica ao meu pai. Aliás não dá ele está morto sabia disso? Morto. Eu também estaria e você não estava lá.
— Mikaela sou sua mãe.
— Não —balanço a cabeça negativamente— Megan foi a minha mãe, aonde estava você quando peguei catapora, quando quebrei o braço no balanço do jardim de infância aonde estava mamãe querida— debocho irônica— hein diz?Quando as crianças implicaram comigo dizendo que minha mãe foi embora por minha causa, responde!
Ela nem abriu a boca para responder ficou parada olhando como eu estivesse falando sobre o clima.
— Responde?Fale alguma coisa?
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Cruel "Entre o amor e o ÓDIO"
RomanceEfron Stewart é conhecido como o bem sucedido empresário estampado capas de revistas, dirigindo carros luxuosos e aproveitando as noites nas melhores boates da cidade. Dono do corpo sarado, músculos definidos e um abdômen trincado, capaz de causar...