》ANNE ON
O carro seguiu por alguns minutos até chegar em uma casa nos arredores de Birmingham. A casa tinha uma fachada alta, com detalhes elegantes que pareciam com um castelo. Um homem abriu a porta para mim e eu saí do carro, observando a casa até que as portas se abrem.
— Sra. Miller! — Changretta diz com os braços abertos e se aproximando.
— O que você quer? — Pergunto seca.
— Uma conversa é claro! Me acompanhe. — Ele diz com um sorriso perverso e volta para dentro da casa e eu o sigo.
O homem me guia até uma sala grande e se senta no sofá, ele faz um sinal para me sentar e me sento um pouco afastada do homem.
— Eles falaram que você tinha uma proposta. — Digo olhando ao redor e arqueado as sobrancelhas.
— Vamos chegar lá. — Ele se levanta e segue até a mesa de bebidas. — O que vai querer? — Ele pergunta me olhando e eu me levanto.
— Uísque, puro.
— A maioria das mulheres prefere rum.
— A maioria das mulheres não é como eu. — Rebato e começo a andar pelo cômodo até me aproximar da janela.
O homem me observa e se aproxima por trás com meu copo.
— Posso tirar seu casaco? — Ele diz e me alcança o copo e aproxima sua mão do meu ombro.
— Não. Encosta em mim e você morre. — Digo ainda olhando para frente.
— Ok... — Ele se senta novamente e eu também. — Eu sei oque você quer. — Ele diz tomando um gole da bebida.
— E oque seria isso?
— Vingança. — Ele diz e eu rio.
— Quem disse que eu quero vingança?
— Eu conheço pessoas como você, nunca estarão satisfeitas de verdade até completarem seus objetivos, é isso que te faz tão perigosa. — Eu sorri, adorava saber que me achavam perigosa.
— É o que você está fazendo? — Ele dá de ombros.
— Agora que você terminou com o Shelby pode trabalhar para nós, ou conosco. — Ele diz e eu penso antes de responder.
— Como uma espiã?
— Sim.
— E se eu disser não?
— Então você será considerada uma deles de verdade, ou seja, nossa inimiga. Mas algo me diz que não irá me dizer não. — Eu sorrio de canto.
— O que tenho que fazer? — Perguntei me apoiando no braço do sofá.
— Contar tudo que aconteceu aqui para Tommy e mais ninguém, o resto iremos te contatar.
Eu sorrio e viro o restante do copo e me levanto indo em direção a porta.
— Ótimo! Me leve para casa agora. — Sorrio maliciosamente e saio do cômodo e o mais velho me segue até a saída.
— Foi incrível fazer um acordo com você senhorita. — Ele diz abrindo a porta da casa para eu passar.
O mesmo carro de antes ainda esperava ali, me aproximei e o motorista abriu a porta para mim.
— Claro, adeus Sr. Changretta. — Digo olhando para o homem que pegou minha mão e a pegou lentamente.
— Luca. — Ele diz me olhando com o rosto baixo.
— Luca. — Digo sorrindo e entro no carro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Damned Souls | Finn Shelby
FanfictionAnne conheceu Finn de uma maneira inusitada, logo se tornaram próximos, a menina conta com muitas habilidades úteis para a gangue dos Peaky Blinders, contratada por Tommy, ela começa a trabalhar junto a Finn. Porém uma proposta de um inimigo em comu...