20. spy

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》ANNE ON

O carro seguiu por alguns minutos até chegar em uma casa nos arredores de Birmingham. A casa tinha uma fachada alta, com detalhes elegantes que pareciam com um castelo. Um homem abriu a porta para mim e eu saí do carro, observando a casa até que as portas se abrem.

— Sra. Miller! — Changretta diz com os braços abertos e se aproximando.

— O que você quer? — Pergunto seca.

— Uma conversa é claro! Me acompanhe. — Ele diz com um sorriso perverso e volta para dentro da casa e eu o sigo.

O homem me guia até uma sala grande e se senta no sofá, ele faz um sinal para me sentar e me sento um pouco afastada do homem.

— Eles falaram que você tinha uma proposta. — Digo olhando ao redor e arqueado as sobrancelhas.

— Vamos chegar lá. — Ele se levanta e segue até a mesa de bebidas. — O que vai querer? — Ele pergunta me olhando e eu me levanto.

— Uísque, puro.

— A maioria das mulheres prefere rum.

— A maioria das mulheres não é como eu. — Rebato e começo a andar pelo cômodo até me aproximar da janela.

O homem me observa e se aproxima por trás com meu copo.

— Posso tirar seu casaco? — Ele diz e me alcança o copo e aproxima sua mão do meu ombro.

— Não. Encosta em mim e você morre. — Digo ainda olhando para frente.

— Ok... — Ele se senta novamente e eu também. — Eu sei oque você quer. — Ele diz tomando um gole da bebida.

— E oque seria isso?

— Vingança. — Ele diz e eu rio.

— Quem disse que eu quero vingança?

— Eu conheço pessoas como você, nunca estarão satisfeitas de verdade até completarem seus objetivos, é isso que te faz tão perigosa. — Eu sorri, adorava saber que me achavam perigosa.

— É o que você está fazendo? — Ele dá de ombros.

— Agora que você terminou com o Shelby pode trabalhar para nós, ou conosco. — Ele diz e eu penso antes de responder.

— Como uma espiã?

— Sim.

— E se eu disser não?

— Então você será considerada uma deles de verdade, ou seja, nossa inimiga. Mas algo me diz que não irá me dizer não. — Eu sorrio de canto.

— O que tenho que fazer? — Perguntei me apoiando no braço do sofá.

— Contar tudo que aconteceu aqui para Tommy e mais ninguém, o resto iremos te contatar.

Eu sorrio e viro o restante do copo e me levanto indo em direção a porta.

— Ótimo! Me leve para casa agora. — Sorrio maliciosamente e saio do cômodo e o mais velho me segue até a saída.

— Foi incrível fazer um acordo com você senhorita. — Ele diz abrindo a porta da casa para eu passar.

O mesmo carro de antes ainda esperava ali, me aproximei e o motorista abriu a porta para mim.

— Claro, adeus Sr. Changretta. — Digo olhando para o homem que pegou minha mão e a pegou lentamente.

— Luca. — Ele diz me olhando com o rosto baixo.

— Luca. — Digo sorrindo e entro no carro.

Damned Souls | Finn ShelbyOnde histórias criam vida. Descubra agora