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enchanted - taylor swift

"please don't be in love with someone else,

please don't have somebody waiting on you"

ANNE ON

Estou no trem de volta a Birmingham, prometi a Polly que voltaria para o Natal e cá estou. Fiquei 3 meses morando em Londres, não vi Finn desde aquele último dia na estação. Faz tanto tempo que não venho neste lugar que não sei como me sentir, os últimos meses em Londres foram... diferentes.

Quando o trem se aproxima da estação as memórias voltam em minha mente, Finn correndo em minha direção, a carta caindo no chão, o sentimento desesperador. O adeus.

Afasto as memórias, pois estava com muito medo para enfrentar o passado. O trem para e eu olho pela janela, vejo Polly me procurando e logo sorrio, pego minha maleta e saio do meu assento em direção à saída. Em um fila desorganizada as pessoas se apertam para sair do trem, uma por uma descem e minha ansiedade só aumenta. Na minha vez eu desço os degraus devagar, e no instante que meus pés tocam o chão, um calafrio percorre meu corpo.

Eu me afasto do trem enquanto olho ao redor e vejo Polly procurando meu olhar, sorrio e caminho em sua direção, a mais velha ao me ver sorri e corre em minha direção.

— Anne! — Ela exclama me abraçando forte.

— Oi! — Digo a abraçando de volta e colocando minha maleta no chão.

— Como você está linda! Me deixe olhar para você. — Ela me afasta e observa cada detalhe do meu corpo.

— Eu senti sua falta. — Digo sorrindo.

— Eu também.

— Como estão... as coisas? — A mulher me olha maliciosamente e eu tiro minha maleta do chão.

— Se por "coisas" — Ela faz aspas com os dedos no ar — Você quer dizer Finn... ele está bem.

Eu coro. Como será que ele está? Porque não ligou? Ou mandou alguma carta nesses três meses?

— Ótimo. — Encaixo meu braço ao seu e caminhamos até a saída juntas. — E Tommy? E os negócios?

— Tudo certo. Tommy expandiu os negócios para América. Finn passou um tempo em Nova York.

— Oh...

— Enfim... as coisas foram diferentes depois que você se foi.

— Falando assim parece que eu morri. — Digo rindo e a mais velha sorri. — O que aconteceu?

— Nada de mais, mas a sua presença deixava os outros com medo, a autoridade de Tommy caiu depois que você se foi. — Eu a encaro enquanto saímos da estação. — Ele nunca admitiria isso, mas você foi uma parte essencial da organização.

— Mas eu só fazia o trabalho sujo que os homens não tinham força para fazer.

Entro no carro da mulher também.

— Você sempre foi muito mais que isso. Era oque você representava. Uma mulher assassina, uma espiã, uma peaky blinder, a única que era membro não burocrático de nós.

Eu sorrio. Ela estava certa, eu tinha certo respeito naquela gangue, e meu relacionamento com Finn me amoleceu. Eu olho ao redor enquanto a mais velha liga o carro e começa a dirigir, nada muito aparente havia mudado, era inverno então as folhas caíram, as decorações de Natal davam um ar mágico naquela cidade tão triste. Eu estava de volta, mas não sabia por quanto tempo ficaria.

— A festa do Tommy é hoje, certo? — Polly interrompe meus pensamentos.

— É, por isso cheguei hoje.

— Por quanto tempo você vai ficar?

— Até alguém me der um motivo para ir embora. — Digo com um sorriso de canto. — Depois dessa festa não duvido que eu consiga achar alguns motivos para ir...

Ela ri. Tento esconder meu nervosismo, eu veria Finn hoje, não sei mais quem nos somos. Eu mudei muito nestes três meses, e se ele mudou também?

Damned Souls | Finn ShelbyOnde histórias criam vida. Descubra agora