25. war

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》ANNE ON

Após Tommy dar o anúncio, segui correndo para a casa de Polly, ao entrar, a mais velha estava na sala varrendo os cacos.

— Anne!

— Polly! Não da tempo de explicar. Temos um ataque hoje. — Corro para o quarto e tiro os sapatos.

— Como assim? — Ela pergunta me seguindo.

— Um ataque. Dos italianos, no canal, eu tenho que ir. — Tiro minha calça e coloco outra de couro preto e coturnos pretos que cobriam todo meu tornozelo.

— O quê? Tommy sabe? E o que aconteceu com seu pescoço? — Ela pergunta angustiada.

— Sim... é uma longa história, não tenho tempo. — Tiro a blusa e remexo entre as sacolas de compras e acho minha blusa de couro preto. 

Coloco a blusa de manga comprida e fecho o zíper, colocando um coleto branco por cima. Viro-me para o espelho e prendo meu cabelo em um rabo pequeno em cima, deixando a maior parte do meu cabelo solta. Pego minha mala e a jogo na cama, pegando minhas facas e colocando a maior quantidade o possível nos bolsos.

— Me empresta sua arma? — Pergunto revirando a bolsa.

— Eu vou buscar. — A mulher corre em direção ao seu quarto.

Eu me olho no espelho me encarando. Estava com a ansiedade a mil, nunca havia estado tao nervosa, meu coração batia muito rápido. 

— Aqui. — Ela entrega e  eu checo o pente, guardando a mesma no meu coldre.

Eu olho em seus olhos apreensivos, ela me encarava com dor.

— Eu vou voltar. — Me aproximo e lhe abraco.

— Eu sei. Você é muito forte para morrer. — Ela aperta meu corpo contra o seu e eu rio.

Afasto-me e olho em seus olhos uma última vez antes de sair do quarto e correr para a parte de fora. Olho em volta, já era noite, as ruas estavam quase vazias, haviam carros que passavam, homens e mulheres que voltavam do trabalho caminhando pelas calçadas e algumas crianças jogando bola na rua. Respirei fundo antes de seguir em direção ao canal, era meio longe, então fui correndo, não havíamos marcado horário então não sabia que horas deveria estar ali.

Ao chegar, desacelerei o passo e vi Luca, havia também dois de seus guardas mais afastados, o homem me encarava.

— Desculpa se estou atrasada. — Respondo me aproximando.

— Não está. O que você tem para nos? — Luca pergunta me encarando maliciosamente.

— Eles estão planejando um ataque, eles sabem onde você está. — O homem me encara sem expressão.

— Quando? — Eu sorrio e olho em volta.

— Segundo minhas informações... agora. — Digo e pego a arma do coldre rapidamente, atirando no posto, fazendo a lampada quebrar e a escuridão tomar seu lugar, eu me aproximo do homem. — Eu falei que você podia confiar em mim, ha atiradores ali e ali. — Digo apontando para os prédios que cercavam o canal.

— Boa menina, chamem os reforços. — Ele diz e os guardas pegam algum tipo de dispositivo que nunca havia visto antes e logo alguns homens começam a chegar.

Do lado que estávamos, mal poderíamos ver algo, pois a falta de luz não permitia, porém, o outro lado era iluminado pelos outros postes restantes. Posso ver uma movimentação do outro lado e de repente todos os soldados dos Peaky Blinders formavam um batalhão a nossa frente. Poso ver Luca olhar em volta e ao perceber haver homens o suficiente ele começa a se aproximar cada vez mais da luz.

Damned Souls | Finn ShelbyOnde histórias criam vida. Descubra agora