Capítulo 1

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Victória Parker 



Quando se é jovem a vida é vista de uma forma branda, ou talvez colorida. Naquela época eu era feliz, tinha acabado de terminar High School com louvor as minhas notas sempre foram altas, pode se dizer que eu era classificada como uma nerd. Minha amiga Julie era o contrário de mim, sempre tirando notas baixas e passando aperto, mas  você estará se perguntando se eu ajudava a minha amiga nos estudos.

É a resposta é sim, sempre incentivei Julie a estudar até trabalhos fiz para ela, minha melhor amiga sempre foi despreocupada nunca se importou com estudos, para ela ser popular e namorar os caras mais bonitos era mais importante, por causa disso ela não foi aceita em nenhuma universidade deixando seus pais um pouco decepcionados já que eles investiram muito na sua educação. 

Graças a Deus eu tinha uma visão diferente, queria ter minha profissão e independência financeira e por isso me empenhava para ter as melhores notas, participava do clube do livro e do time de futebol feminino. Graças a isso com uma carta de recomendação do meu professor, consegui ser aceita no curso de administração. 

Meus pais Vivian e Gerard estavam muito felizes por mim, era uma grande conquista na família já que meus pais não conseguiram cursar uma graduação. Toda vez que minha mãe via um conhecido fazia questão de contar que eu fui aceita na NYU Stern School of Business, a melhor universidade de administração de Nova Iorque.  

E para felicidade dos meus pais eu não precisaria sair da cidade já que universidade ficava á 40 minutos de casa, eu ficaria em um dormitório feminino e no fim de semana iria para casa. Julie ficou um pouco chateada, mas logo desfez o seu bico ciente que sempre seriamos amigas e eu sempre voltaria para casa. 


___ Vou sentir sua falta, filha- diz minha mãe me abraçando

___ Não chore mãe, não estou saindo do país. A universidade fica perto daqui.

___ Desculpe filha, mas não consigo evitar- diz chorosa

___ Cuida da mamãe, pai.- falo dando um abraço no meu pai

___ Não precisa se preocupar querida, tenha bons estudos.- diz

Vejo do outro lado da rua Julie, que rapidamente vem ao meu encontro e me abraça.

___ Sentirei sua falta amiga.

___ Eu também, mas sempre nos veremos nos fins de semana e alias podemos conversar por chamadas de vídeos.- Falo

Me despeço de todos e entro no táxi rumo ao novo capítulo da minha vida.

Os primeiros dias foram de adaptação era um "mundo" totalmente diferente, ensino médio é um céu em relação a graduação. Nem comecei e já tinha trabalhos marcados, simpósios e atividades extracurriculares. Não que estivesse reclamando, mas agora eu tinha mas responsabilidades que demandariam maior esforço e foco.

Ainda não tinha feito muitas amizades, conversava com duas garotas apenas o básico coisas referentes as matérias nada muito profundo como a vida pessoal. Mas eu não me importava, queria estar cem por cento focada ao meu alvo meu sonho futuro é ser uma ceo reconhecida e ter sucesso profissional, além de poder proporcionar uma vida boa para meus queridos pais.

O próximo passo foi conseguir um trabalho de meio período, não posso sobrecarregar meus pais com meus gastos como alimentação, foi assim que comecei como garçonete e ganho 15 dólares por hora. Era uma correria que só, tempo para lazer já não se existia mais aproveitava cada intervalo para estudar, a biblioteca virou meu segundo lar os livros já faziam parte de mim.

Dormia bem quando passava o fim de semana com meus pais e aproveitava para sair com Julie, mas com o dia era tão corrido, quando estava em casa nem vontade de sair eu tinha, eu só queria descansar e aproveitar cada minuto com os meus pais. Minha amiga não entendia, ficava chateada comigo para ela a vida era curta e deveria ser gasta com bebidas e boates.

Fora de cogitação, isso não é para mim não curto essas coisas, para mim existem outras formas de se divertir.

Era como outro dia qualquer, quando recebi uma ligação do hospital central avisando que meus pais deram entrada no hospital por causa de um acidente de carro. Naquele momento o chão não existia, nem me lembro como cheguei até o hospital.

O médico me informou com pesar que o meu pai havia morrido no local do acidente, já a minha mãe estava em estado grave e que dificilmente sobreviveria, que eu deveria me preparar para me despedir.

Um som alto saiu de mim, me desesperei, chorei e gritei. Pessoas ao meu redor me olhavam com pena, uma senhorinha que não conhecia até me abraçou tentando me consolar. Até que o momento mais difícil chegou, me despedir da minha mãe.

Dona Vivian estava irreconhecível estava cheia de hematomas e muito inchada, devagar me aproximei e segurei as suas mãos quando a toquei ela abriu os olhos, e mesmo sentindo dor se forçou a sorrir.

___ Filha, meu amor.

___ Mãe- Falei ser conseguir controlar as lágrimas 

___ Não chore minha querida, tudo vai ficar bem acredite. Sei que não resistirei por muito tempo, mas não fique triste sempre estarei com você. Quando sentir a minha falta, olhe para as estrelas e lembre-se dos momentos felizes que tivemos juntas.

___ Não me pedi isso, por-fafa-vor eu não consigo sem você mãe.

___ Sei que consegue, meu amor. Você é a garota mais forte que eu conheço. Lute por seus sonhos, seja honesta e seja sempre humilde de coração. Victória, você vai longe minha filha tenho tanto orgulho da pessoa que se tornou.

Do jeito que dá a abraço de leve, já que ela estava muito ferida. Sinto sua mão acariciando meus cabelos, até que sinto sua mão caindo e ouço o monitor apitando.

___ Mãe? mãe? mãeeee ?

___ Mãe por favor abre os olhos não me deixe- Me desespero

Mas já era tarde demais, já não tinha o que fazer, em um único dia perdi a minha família por causa de um inconsequente que dirigia bêbado. 

A CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora