Capítulo 28

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Alguns meses se passaram desde aquele dia fatídico, e o caso de Kevin ainda é presente em todos nós. Jack, o homem responsável por tanto sofrimento, continuava negando qualquer envolvimento no assassinato de Kevin. Ele admitiu a perseguição ao meu carro, mas teve a audácia de alegar que só queria me dar um susto, sem intenção de causar um acidente. Era uma típica desculpa de alguém que se recusava a enfrentar a verdade e assumir seus erros.

Apesar das suas tentativas de se esquivar da responsabilidade, a polícia foi minuciosa em sua investigação. Eles encontraram a arma usada no crime, e, para o alívio de todos, as impressões digitais de Jack estavam por toda parte. A evidência era incontestável, e, finalmente, o culpado estava preso. Meu coração ainda carregava o peso da perda, mas havia um certo alívio em saber que a justiça estava sendo feita.

Marie, no entanto, não era mais a mesma. No início, o luto a consumiu de uma maneira devastadora. Ver minha prima tão desolada partiu meu coração. Dei a ela uma licença para se afastar do trabalho e processar a dor ao seu próprio ritmo. Ela decidiu passar um tempo com seu pai na Espanha, longe de tudo que lembrava Kevin.

Quando Marie voltou, ela parecia diferente. Havia uma nova determinação em seus olhos, uma vontade de seguir em frente, embora a tristeza ainda estivesse presente. Ela me disse que trabalhar a ajudava a se distrair, a manter a mente ocupada para não se afundar em pensamentos sombrios. Eu a entendia perfeitamente. Afinal, não sei se conseguiria suportar a perda de Henry. Só de imaginar, sinto um aperto no peito, uma sensação de doença que me paralisa.

Eu estou em casa me arrumando, e daqui a pouco vou jantar na casa de Henry. Não vejo a hora de estar com eles, meus amores. Henry e Sofia são, sem dúvida, o meu coração fora do peito. E não posso deixar de mencionar Jane, minha sogra maravilhosa. Ela sempre torce pela nossa felicidade e, com sua sabedoria, dá conselhos que me tocam profundamente. Acho que o amor me pegou de vez. Quando olho para trás, é difícil lembrar como eu era antes de conhecê-los. Sinto como se tivesse passado por uma atualização, uma versão melhor de mim mesma. Estou feliz como nunca fui.

Termino de me secar após o banho, passo meu hidratante corporal, desodorante e um perfume suave. Em seguida, escolho um vestido azul curto de alças finas no meu closet, algo que me faz sentir confiante e elegante. Coloco meus brincos e um anel delicado, e faço uma maquiagem suave, realçando minha pele com um toque saudável e natural. Finalizo com um gloss que ganhei de presente da Camila, que deixa meus lábios brilhantes, mas sem exageros.

Calço meus saltos altos, pego minha bolsa e sigo para o carro. A caminho da casa de Henry, meu coração acelera de ansiedade e felicidade. Quando estou quase estacionando, vejo a porta se abrir e, para minha alegria, uma pequena loirinha corre em minha direção, abraçando minhas pernas com força. 

—Que saudades, mamãe Victória!—diz Sofia com a voz mais doce do mundo.

Eu a pego no colo, sentindo aquela energia boa que só uma criança pode transmitir, e beijo sua bochecha macia. 

A CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora