Capitulo 16

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Victória Parker


A cena ainda ardia em minha mente enquanto dirigia, as lágrimas embaçando minha visão. O momento que esperei por tanto tempo, o momento de abrir meu coração para Henry, se transformou em um pesadelo. Ver Sabrina e Henry se beijando foi como uma adaga perfurando meu coração, e a dor era insuportável.

Acelerei o carro, desejando apenas escapar daquela dor. As ruas passavam por mim em um borrão enquanto eu tentava desesperadamente controlar minhas emoções. Por que isso estava acontecendo? Justo quando decidi baixar minhas defesas e dar uma chance ao amor, fui traída dessa forma.

Estacionei o carro em um parque vazio, desabei sobre o volante e deixei as lágrimas fluírem livremente. A dor era avassaladora, e tudo que eu queria era entender por que aquilo estava acontecendo. Como Henry pôde fazer isso? Será que ele realmente estava interessado em Sabrina o tempo todo?

Minutos se passaram, e a dor lentamente começou a ceder, dando lugar a uma profunda tristeza e confusão. Minha mente girava com perguntas e suposições. Será que eu interpretei mal? Henry parecia genuíno quando conversamos, parecia querer estar comigo. Então por que estava beijando Sabrina?

Lembrei-me do olhar de desespero no rosto de Henry enquanto ele tentava me alcançar. Talvez eu devesse ter dado a ele a chance de explicar. Mas a dor era tão intensa naquele momento que eu não conseguia pensar claramente.

Respirei fundo e tentei me recompor. Eu precisava de respostas, mas também precisava de tempo para processar tudo. Peguei meu celular e, com mãos trêmulas, mandei uma mensagem para Camila: Preciso conversar. Podemos nos encontrar?

Depois de enviar a mensagem, recostei-me no banco e fechei os olhos novamente, tentando encontrar algum conforto na escuridão. Eu precisava entender meus sentimentos, precisava decidir se valia a pena enfrentar essa dor pelo que poderia ser um amor verdadeiro. Mas naquele momento, tudo o que eu podia fazer era esperar e tentar encontrar alguma paz no meio do caos.

Camila chegou rapidamente ao parque, encontrando-me no carro com os olhos inchados de tanto chorar. Ela me abraçou sem dizer uma palavra, permitindo que eu desabafasse toda a dor e frustração que estava sentindo. As lágrimas continuaram a fluir enquanto eu contava a ela tudo o que aconteceu.

— Eu me sinto tão burra, Camila. — solucei, enquanto ela acariciava meu cabelo. — Eu não deveria ter me apaixonado. Como eu pude ser tão ingênua?

Camila continuou me abraçando, esperando pacientemente até que eu terminasse de falar. Quando finalmente me acalmei, ela olhou nos meus olhos com uma expressão de compaixão e determinação.

— Victória, você não é burra. — disse ela, segurando minhas mãos. — Apaixonar-se não é algo que podemos controlar. Você seguiu seu coração, e não há nada de errado nisso. Às vezes, as coisas não saem como esperamos, mas isso não significa que você deva se culpar.

Eu suspirei, sentindo o peso das palavras de Camila, mas ainda com o coração apertado.

— Mas por que isso tinha que acontecer? — perguntei, minha voz tremendo. — Por que Henry fez isso? Eu pensei que ele sentia algo por mim...

Camila franziu a testa, refletindo por um momento.

— Olha, eu não sei o que aconteceu exatamente entre Henry e Sabrina, mas pelo que você me contou, Henry parecia genuíno nos sentimentos por você. Talvez tenha havido um mal-entendido ou algo que você não saiba.

— E se ele realmente gostar de Sabrina? E se eu estiver apenas me enganando? — perguntei, minha voz cheia de incerteza. Camila suspirou profundamente antes de responder.

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