Capítulo 31

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Naquele dia, o encontro com Peter me deixou profundamente abalada. Relembrar tudo o que havia passado trouxe à tona sensações que eu preferia manter enterradas. Era como abrir uma caixa cheia de dor e incertezas, e o peso disso me esmagava. Decidi que precisava de um tempo para mim, então liguei para Marie e Henry, avisando que encerraria o expediente mais cedo. Precisava ir para casa, tomar um longo banho de banheira, assistir a um filme leve ou ler um bom livro até que o sono finalmente me vencesse.

E assim fiz. O banho quente ajudou a acalmar meus pensamentos, e o conforto do meu lar me envolveu como um cobertor macio. No dia seguinte, eu já me sentia um pouco melhor. As olheiras que denunciavam a noite mal dormida foram escondidas com um pouco de maquiagem, e eu estava pronta para enfrentar o dia. Estava em minha sala, imersa em meu trabalho, quando ouvi uma batida na porta. "Entre," respondi, e Henry entrou. Imediatamente, notei que ele estava um pouco sério. O sorriso que eu tanto amava não estava lá, e isso me preocupou.

—Henry? Está tudo bem?— Perguntei, tentando entender o que se passava.

Antes que ele dissesse qualquer coisa, Henry colocou várias fotos em cima da minha mesa. Meu coração afundou. Eram fotos minhas e de Peter, no parque próximo ao restaurante onde nos encontramos por acaso. Alguém, obviamente, aproveitou o momento para tirar as fotos e envenenar Henry contra mim.

—Quem é ele, Victória?— Henry perguntou, sua voz dura e seus olhos intensos—O que é isso? Quem é ele?

Soltei um suspiro, já chateada. Eu pretendia contar a ele sobre o encontro, mas não dessa forma. Claramente, havia alguém tentando sabotar nosso relacionamento. 


—Ele é Peter, meu ex-namorado— respondi com sinceridade.

—Aquele que te enganou com a sua amiga?— Henry perguntou, sua voz afiada como uma lâmina.


Acenei afirmativamente. 

—Sim

—Por que você não me contou que ia se encontrar com ele? Por que eu tive que descobrir por outra pessoa?— Henry estava claramente magoado e furioso.

—Não foi assim, Henry. Eu não marquei encontro nenhum. Por coincidência, ele é o dono do restaurante onde eu estava. Acabamos conversando, e achei que era a hora dele saber sobre a Sky. Apesar de tudo, ele merecia saber. Ontem, eu fiquei abalada e fui para casa, mas hoje eu ia te contar tudo,— expliquei, sentindo a tensão crescer no ar.

—Mas pelo que vejo, acabou em abraços,— ele retrucou, sua voz carregada de sarcasmo.Minha irritação cresceu, e eu me defendi. 

—Ele ficou arrasado ao descobrir sobre a nossa filha e acabou me abraçando. Eu estava em choque, Henry! Não o abracei porque queria!

A CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora