Victória Parker, fundadora da Sky Joias, é uma mulher fria e inalcançável, cuja crença no amor foi destruída pelas dores de seu passado. Henry Ferrari, um viúvo dedicado e excelente pai, será a única pessoa capaz de derreter o coração gelado de Vict...
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Eu estava no hospital, devastado. Novamente, poderia perder um grande amor. Sim, amor. Eu e Victória estamos juntos há pouco tempo, mas tenho certeza dos meus sentimentos. Com Victória, me sinto completo, como se eu tivesse um pedaço de mim no lugar. Sem perceber, deixo uma lágrima deslizar pelo meu rosto. Não tenho vergonha de demonstrar tristeza e medo de perdê-la. Essa coisa de que homem não chora é mentira. Pelo contrário, homem de verdade demonstra seus sentimentos. Somos seres humanos e estamos sujeitos a momentos de tristeza.
Momentos depois, minha mãe chegou com Marie, ambas me abraçando, tentando me consolar. Seus olhos também estavam vermelhos. Dona Jane é a melhor mãe que se pode ter, sofrendo comigo e ficando feliz comigo. Camila chegou junto ao marido, ambos devastados. Margareth também apareceu, junto com seu marido. Todos ali estavam por Victória, torcendo e orando para que ela se recuperasse.
Novamente, o médico retornou para dar um parecer. Victória sofreu um traumatismo craniano e precisou de uma cirurgia. Seus sinais vitais estavam estáveis, mas o médico afirmou que poderíamos esperar de tudo: falta de memória, talvez perda de visão, falta de movimentos ou nunca mais acordar. Aquilo me acertou em cheio. Victória não merecia passar por isso.
O médico sugeriu que fôssemos para casa, dizendo que só saberíamos mais evoluções no dia seguinte. Mesmo protestando, acabei indo para casa com minha mãe. Eu tinha uma pequena em casa, chorosa e que me queria, além de querer saber da tia Victória. Seria muito difícil explicar a Sofia o que tinha acontecido.
Quando chegamos em casa, a vizinha se despediu e Sofia correu até mim, agarrando minhas pernas. Seus olhinhos estavam vermelhos de tanto chorar.
—Papai, onde está a tia Victória?— ela perguntou com a voz embargada.
Abaixei-me e a peguei no colo, segurando-a firmemente.
—Sofia, a tia Victória teve um acidente e está no hospital. Mas os médicos estão cuidando bem dela, e vamos torcer para que ela fique boa logo, tá?
Sofia assentiu, mas as lágrimas continuaram a cair.
—Ela vai ficar bem, papai?
—Vai sim, meu amor. Vamos ter fé e mandar muita energia positiva para ela.
Minha mãe, sempre atenta, preparou um chá para mim e para Sofia. Tentou acalmá-la enquanto eu tentava processar tudo o que tinha acontecido. Estava difícil pensar em outra coisa que não fosse Victória, mas precisava ser forte por Sofia.
Passei a noite em claro, preocupado com Victória e tentando manter Sofia tranquila. Ela acabou adormecendo no meu colo, e fiquei olhando para o teto, pensando em todas as possibilidades. A imagem de Victória deitada no hospital, vulnerável, não saía da minha cabeça.