Capítulo 23

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A vida se faz em um instante e se desfaz no outro. É em momentos assim que refletimos sobre a nossa vida, sobre como devemos levá-la, sempre gratos a Deus pelas coisas que possuímos e gratos até pelo que não temos. Às vezes, aquilo que desejamos não é o que Deus quer para nós.

Durante meu tempo inconsciente, tive muito tempo para pensar. Na fragilidade da vida, na importância das pessoas ao nosso redor, e no quanto sou abençoada por ter uma rede de apoio tão maravilhosa. Cada visita, cada palavra de encorajamento, cada lágrima derramada por mim, tudo isso me deu forças para voltar.

O amor de Henry e a doce presença de Sofia foram fundamentais. Eles me trouxeram de volta, e agora, mais do que nunca, sinto a responsabilidade de viver plenamente, de valorizar cada momento e cada pessoa que amo. É hora de recomeçar, de reconstruir minha vida, com mais amor, mais gratidão e mais fé.

Henry segurou minha mão, com um sorriso emocionado. 

— Você voltou, Victória. Nós sentimos tanto a sua falta.

— Eu também senti a falta de vocês— respondi, com a voz fraca, mas cheia de determinação. 

— Agora, estou aqui, e nada vai me impedir de viver intensamente.

— Calma, filha, sem pular— Henry disse, tentando conter a animação de Sofia.

— Que saudades, meu amor— falei, estendendo a mão para ela. Sofia se aproximou cuidadosamente, ainda com os olhos brilhando de emoção.

— Mamãe Victória— ela disse, com a voz doce e carregada de alívio. —  Eu senti tanta falta de você.

— Eu também senti sua falta, querida— respondi, sentindo as lágrimas se acumularem nos meus olhos. Puxei Sofia para mais perto e a abracei com toda a ternura que pude reunir.    

— Obrigada por me esperar, meu amor.

Henry se juntou a nós, envolvendo-nos em um abraço caloroso. 

— Estamos todos juntos novamente— ele sussurrou, sua voz embargada pela emoção.

— Sim— eu disse, apertando Sofia um pouco mais forte. — E daqui para frente, nada vai nos separar.

Os minutos a seguir foram agitados. O médico e sua equipe entraram no quarto para me examinar. Fui submetida a diversos testes: reflexos, sensibilidade, entre outros. Minha cabeça estava um turbilhão de sentimentos e pensamentos. Felizmente, os exames mostraram que eu não tinha sequelas graves, mas precisaria ser tratada por uma equipe de fisioterapeutas, dentistas, fonoaudiólogos e psicólogos.

Eu só queria voltar para casa, ficar com meus amores e amigos. Sentia uma saudade imensa da minha empresa, das novas ideias e desafios. Sabia que a caminhada seria longa, mas eu estava determinada a vencer novamente. Afinal, meu nome não era Victória à toa.

A CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora