- CAPÍTULO TRINTA E SEIS -

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— Oh, essa é a Luna?— Perguntei de trás do balcão.— Muito prazer em conhecê-la, sou Liz.

— Oi, Liz.— Diz a menininha de cabelos loiros escuros curtos.— Você já conhece Ryle?

— Ah, sim. Ele é um dos nossos melhores clientes.— Dei uma risada ao ver Ryle corar.— Qual vai querer?

Ela coloca a mão no queixo pensando um pouco.

— Morango e creme.— Diz.

— Algum doce ou fruta?— Pergunto de costas colocando o sorvete.

— Morango e bis.— Diz e começo a colocar.— Obrigada.

Ela sai sorrindo para Ryle, indo se sentar em uma mesa com suas mochilas.

— Ela é simpática e bonita.— Digo olhando para Ryle.— É por conta da casa. Qual sabor vai querer?

— Napolitano e cobertura de chocolate.— Começo a preparar mas escuto um som descontente.

— O que houve?— Pergunto colocando a cobertura.

— Sabe, aquele negócio do beijo.— Ele diz envergonhado.

— Nada de beijo, Ryle.— Dou seu pote de sorvete.— A menos que ela queria. Enquanto isso converse e faça ela rir.

Ele sai incerto e se senta com ela.

Beijos, nada disso.

Tenho três livros da faculdade para ler e não tiro Collin da cabeça.

No horário de fechar a sorveteria fiquei furiosa com a chave e comecei a chorar.

Acho que o céu quis me acompanhar, pois choveu e me lembrei do nosso primeiro beijo.

Maldito!

Collin não foi a sorveteria hoje, o que não me deixou surpresa depois da nossa despedida.

Ele me beijou mas pude sentir algo estranho.

Talvez raiva? descontentamento? tristeza?

Não sei, não sou boa com sentimentos.

Quando chego em casa minha mãe ainda está no restaurante e David já saiu.

Aproveito para fazer uma sessão de masturbaçao.

Mas por incrível que pareça, quando abro as pernas só penso nele. Em sua língua.

Em seu pau.

Não, santo Deus.

Mas mesmo assim toco meu clitóris pensando nele, estou um pouco brava mas preciso gozar ou vou explodir.

Garoto idiota.

Nem sei por que exatamente estou o xingando.

— Vamos comer lasanha congelada hoje.— Mamãe avisa quando chego a cozinha.

— De queijo?— Pergunto bebendo um pouco de água.

— Sim, hoje somos só nós duas.— Ela diz.— Ah, não esqueça de comprar biquíni.

Reviro os olhos.

Vamos passar o final de semana na casa de praia dos pais de David.

Eles são uns amores mas mamãe fica tão emocionada que me esquece e não é sua culpa. Ela nunca foi tão feliz com um homem antes.

Eu posso lidar com isso.

Tenho quase certeza que Collin não vai pular minha janela hoje, por isso não me importo de pegar cobertores e me juntar a minha mãe no sofá enquanto assistimos um filme de terror.

Depois do jantar, ela fez pipoca e agora estamos cobertas e atentas a cena do primeiro homem que irá morrer.

Não se enfrenta um espírito com faca, meu amigo.

Durmo quando o filme acaba e meu celular vibra.

" Seus livros chegam domingo que vem, vou estar aberto para você vir buscar."

Diz a mensagem de Jonh.

" Obrigada, espero ter descontos."

Desligo e volto a dormir.

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