- CAPÍTULO NOVE -

334 33 2
                                    

— A luz caiu, queria saber se você tem velas.— Brenna diz sorrindo para mim a porta.

— Entra aí.— Péssima ideia.

Ela vai começar a falar e falar sem parar.

Entro na cozinha com ela me seguindo.

— Muito obrigada, Nossa Liz.— Ela se apoia na bancada me olhando.— Meu marido tem medo de escuro e Collin é tão impaciente para procura-las que tenho vontade de bater em seu rosto.

Solto uma risada, mexendo na gaveta.

Brenna é tão diferente, ela simplesmente sai falando e sai tão naturalmente que as vezes dou risada.

— Bom, minha gatinha também tem então...— Suspiro por não encontra-la ainda, ela deve estar com tanto medo.— Ela sumiu pela casa, e ela tem medo então deve estar escondida.

Acho duas velas e entrego a ela.

— Como sua gata é?— Ela quentiona olhando as velas.

— Acho que você não a viu, ela é cinza...— Digo caminhando até a sala.

Ela pula passando pela minha frente.

Agora que percebo suas calças de dormir rosa choque e sua camiseta larga e longa verde.

É uma figura exótica.

— Meu Deus! Não posso acreditar, ela está lá em casa.— Ela sorri enquanto caminha até a porta.

— Na sua casa?— Pergunto franzindo o celho.

Cat nunca foi de fugir de casa.

— Sim, tenho certeza que é ela.

Nem terminei a descrição, deve ser coincidência.

— Acho que não, Cat é de ficar em casa.— Digo vendo ela sair de sala, ficando na porta me olhando.— Ela tem olhos verdes e grandes, e está...

Brenna pula enquanto fala.

— Grávida!— Grita empolgada.

Arregalo os olhos, sentindo meus pelos da perna se arrepiarem.

— Não acredito que essa cachorra, foi até sua casa.— Exclamo saindo de casa e fechando a porta.

— Ela apareceu no quarto do Collin, miando e arranhando tudo.— Ela caminhava ao meu lado até sua casa.

— Nossa ela é muito calma, não arranha nada.— Digo enquanto paramos na porta dela.

— A coitada devia estar assustada.— Brenna abre a porta.— Não repara na bagunça.

Entro na casa de Brenna que está quentinha, a janela ao lado da escada está fechada com uma cortina azul escura.

A escada é de madeira, diferente da minha que é coberta por um tipo de tapete escuro.

Brenna me olha sinalizando que devo segui-la.

Quando passo pelo pequeno corredor vejo a cozinha, grande e toda branca com pisos.

— Aqui está frio.— Ela corre até a grande janela de vidro da cozinha que está aberta.— Quem deixou a janela aberta?

Ela grita ficando na ponta dos pés para fechar.

— As vezes é horrível morar com dois homens.— Ela sorri enquanto caminha até mim.

— Eu escutei isso.— Seu marido grita do outro cômodo.

Ela caminha até a sala, que é grande.

Tem um sofá em L, uma televisão enorme que está ligada em um jogo.

Sonhos Escuros Onde histórias criam vida. Descubra agora