- CAPÍTULO TRINTA E UM -

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- Anda logo.- Grito a Collin que está no banheiro.

Mexo nas chaves esperando ele vir, começou a chover faz uma meia hora.
Era para mim ter ido embora a uma hora.
Collin deu dica de cantadas para Ryle.
Devo admitir, todas horríveis.

Ele explicou o beijo e disse que viria ver os dois de longe no sábado.

- Não trouxe guarda chuva.- Ele diz pegando sua bolsa.

- Eu nunca trago, precisamos ir até o carro.- Digo a ele.

Quando cheguei estacionei no estacionamento de um restaurante na rua de trás, eu queria andar um pouco e pensar por mais que estivesse atrasada.

E parecia que Josie sabia, por que não me disse o quanto atrasada eu estava.

- É só correr.- Digo trancando a porta.

Algumas gotas já caíram em meu rosto e meu braço que está de fora com uma camisa de manga curta.

- Onde o carro está?

- Na rua de baixo.

Corremos até um ponto de ônibus e paramos.

Sequei meu rosto e vi meus cabelos encharcados caindo pelos meus ombros.

- Vamos entrar no carro ensopados.- Collin disse jogando o cabelo para trás.

Seu cabelo não é muito curto, mas é longo o suficiente para cair algumas mechas na testa.

Tínhamos que virar a esquina e correr até o estacionamento.

Fácil, fácil.

- Só corre, Collin.- Falei antes de sair correndo.

Já ouviu dizer que a chuva cura?

Ou limpa?

Ela é símbolo de pureza, acho que por isso que usam para batizar crianças e adultos.

Então eu parei, parei ao pensar nisso.

Collin estava a minha frente, mas parou e me olhou.

Só tínhamos que correr até o estacionamento.

Levantei o rosto sentindo a chuva molha-lo. Eu queria me limpar, das coisas ruins, dos pesadelos.

- Eu odeio e amo a chuva.- Falei olhando para Collin, que estava com os cabelos escuros molhando me olhando.

Ele caminhou parando na minha frente.

Acho que gosto disso, dele perto de mim, da chuva.

- Eu amo e odeio você, Collin Mendes.

Talvez eu não devia ter falado isso, não sei se seria a hora.

Eu não havia explicado a ele o sentido do amor e ódio, mas parecia que ele sabia porquê se aproximou de mim e deixou sua bolsa cair no chão enquanto tocava minha bochecha com os dedos gelados.

Ele levou um cacho atrás da orelha e seus olhos azuis tinham o mais lindo brilho.

- Eu te amo, pequena Liz.

Ele me beijou, com seus lábios gelados. Com carinho e quando sua língua tocou a minha eu gemi, puxando seu cabelo perto da nuca com a mão. Quando nos afastamos, suas mãos estavam firmes em minha cintura.

- Me dê seu beijo gelado mais uma vez, Liz.

E eu dei, por que eu daria qualquer coisa por esse garoto.

Quando seus olhos encontram o meu, ele sorriu com todos seus dentinhos para mim.

Ele enrola seu braço em minha cintura, e sua mão pesada aperta um lado dela.

- Dança comigo?- Ele pergunta sem deixar de me encarar.

- Eu não sou boa com isso...- Digo a ele.

- Bobagem.- Ele me gira apertando meu peito no seu, com meus pés para o ar.

Ouvi um trovão, e ele continua a me girar, ele me coloca no chão.

- Acho que vou querer outro banho de chuva com você, pequena Liz.- Dou uma risada batendo em seu braço.

Eu também quero.

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