A esperança nem sempre é a base

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Vortei!!
Mozões, eu demorei e peço bilhões de perdões rsrsrs

Vamos para mais um capítulo!!



— Acho que por hoje, nós terminamos. — A voz do médico parecia longe, tão distante. Seokjin não conseguia escutá-lo, na verdade, não queria. — Assim que recebermos os resultados, nós podemos iniciar seu acompanhamento médico.

— Certo… 

Não poderia dizer mais. Aparentemente, ele realmente corria o risco de perder seu bebê, embora não soubesse os resultados, Seokjin se sentia preso naquela bolha de sofrimento antecipado. E além disso, se perguntava como Namjoon iria reagir a notícia. 

Um omega, incapaz de segurar uma criança. Vergonha! 

Claro que, existe esperança, afinal sempre dizem que ela é a última que morre. Contanto que você se der o trabalho de acreditar fielmente que o seu desejo irá se realizar, no fim… Seokjin já acredita que ela morreu conforme o médico o olhava com um semblante preocupado e ligeiramente abatido.

Contar ou não contar? Honestamente, ele não sabia se deveria fazer isso, talvez, ele devesse esperar um pouco mais e decidir um dia para que ele falasse. Uma hora ou outra, o pai da criança terá que saber e isso, é inevitável. 

— Como se sente? — A voz de Taehyung parecia estar distante, conforme seus passos, suas pernas iam tremendo no decorrer do caminho. — Jin?

Seokjin ergueu o olhar, ele estava errado? Não, não poderia estar!

— Sim? — Sua voz carrega um peso, assim como suas costas, mas ele preferia engolir todo esse sentimento a ter que compartilhar com seu irmão e preocupá-lo. — Vamos comer alguma coisa?

Taehyung ergueu uma sobrancelha, ficando intrigado já que não recebeu resposta, porém, ele preferia não incomodar o mais velho.

— Claro.

A resposta vaga foi cercada de preocupação, se Seokjin percebeu ou não, o mais novo nunca saberá.

Quando foi que eles perderam a conexão que tinham? Em que momento eles trilharam caminhos diferentes que nem mesmo os olhares tinham as respostas que eles queriam?

Andar pela grande Coréia e ver os sorrisos dos pais ao carregarem seus filhos ou correrem atrás deles quando ocorriam momentos de teimosia, causou uma grande inveja no Kim. Saber que pode perder o filho ou que tenha complicações graves, deixavam-o exposto.

Ele não queria se sentir fraco, mas ter um filho era um sonho que ele sempre deixou vivo em sua mente, em seu ser. Entretanto, não adiantou se imaginar acordando às duas da manhã para dar de mamar, ou talvez para trocar a fralda. Apenas sonhos, esses que foram pisados e massacrados em um instante.

Logo o dia do casamento chegaria, o arrependimento também. Parecia que estava tudo entrelaçado; sua dor, suas frustrações e raivas; apenas uma grande bola de neve que ele não conseguia parar. Crescia cada vez mais, conforme os dias passavam, ela ficaria maior e por fim, colidiria contra o ômega e acabaria com tudo.

— Eu vou para a faculdade, amanhã verei você de novo quando eu for experimentar minha roupa. — Taehyung beijou levemente o rosto do irmão e com um sorriso triste nos lábios, ele falou: — As coisas nem sempre saem como nós queremos, mas não vamos desistir.

“Não vamos desistir.” Essa frase brincou em seu consciente. Quem sabe, lembrando-o que haviam pessoas que acreditavam que tudo ficaria bem e que ele não estava sozinho. 

Então… por que ele se sentia mais sozinho que nunca?

— Está bem. — Um simples sorriso brincou nos lábios do ômega e logo Taehyung foi embora.

Barriga de Aluguel (Namjin - Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora