Barriga de Aluguel (Namjin - Mpreg)

35 - Rescrevendo a história

Chegay!!!

Quando abriu os olhos, sentiu-se nauseado, um incomodo que conseguiu entender quando ergueu o corpo e parecia carregar um peso em seus ombros. Namjoon sentia-se perdido, ao vagar o olhar pelo quarto, todas as lembranças do dia anterior vieram como uma nevasca.

— Jin — Um murmuro... Semelhante a uma súplica. Queria ter acordado com o ômega em seus braços, mas imaginava que não era isso que merecia.

Depois de tudo que aconteceu, sentia desmerecedor até mesmo de ver um simples sorriso de Seokjin. Afastou-se sem mais nem menos, sem uma explicação ou até mesmo uma mensagem, nada.

Levantou-se com calma, os seus sentidos extremamente perdidos conforme os passos eram dados. O doce aroma de Seokjin estava forte, significando que o ômega ainda estava por perto, o que deixava-o animado, mas levemente amedrontado em relação a tudo que aconteceu.

Seu rosto estava horrível. Aquele cara que sempre mostrava superioridade, uma aparência excelente, havia ido para o lixo juntamente com toda dignidade que no momento acreditava não ter mais.

Respirando profundamente, pegou o remédio que estava no armário do banheiro, pedindo a qualquer divindade que tivesse pena dele. Entendia a situação que estava, o peso que carregava nos ombros ou o incomodo que sentia na garganta quando tomou a pequena pílula, talvez apanhar fosse mais suportável do que passar pelas dores do cio.

Não demorou no banheiro, desejava falar com Seokjin, pedir desculpas e implorar pelo perdão do ômega caso fosse necessário. Honestamente, ele precisava dele, depois de tanta coisa que aconteceu e que ele mesmo foi o executor, ele precisava do ômega.

— Como se sente? — Namjoon ergueu os olhos, suspirando quando viu sua mãe o olhando-o com a expressão de poucos amigos. — Até quando planeja agir como se a qualquer momento você fosse desabar? Namjoon, você não é de ferro, pare com isso!

Sem saber o que sentia, ele não conseguia expressar-se, pois cada palavra que saía dos lábios de sua mãe o lembrava que tudo poderia acabar em um instante. Ele imaginava como seria ver Seokjin se afastando, a possibilidade tomando toda a energia que tinha em seu corpo e, apesar de tentar não pensar, era tomado pelo desespero.

Contudo, precisava ser forte e encarar seus erros. Não foi só ele que saiu lesado em toda essa situação, mas as três pessoas que ele amava.

— Seokjin está na sala esperando você — Sem esperar uma resposta ou qualquer coisa, Hwasa seguiu para a porta. — Converse com ele e descanse, eu ficarei tomando conta da empresa enquanto você se recupera e Namjoon — O barulho do salto parou, seus ombros estavam firmes e seu olhar continha uma pontinha de acusação, mas também, estava ali o mesmo olhar que ela direcionava a ele quando era jovem e realizava algumas besteiras. — Aconteça o que acontecer, saiba que você vai precisar ser forte.

As palavras transmitiam segurança, mas não o suficiente para acabar com toda a ansiedade que sentia. Quando ela saiu do quarto, permitiu que todo seu corpo fosse jogado ao chão, suas costas encostadas na parede e seu semblante carregando a culpa.

Não sabia dizer quanto tempo ficou naquela mesma posição, só levantou quando um incomodo em sua lombar se fez presente, o impedindo de continuar em seu martírio mental.

— Namjoon — Seus pés travaram. O seu nome foi chamado com tanta delicadeza que um desespero tomou conta de si. Em segundos, imagens de Seokjin saindo pela porta ou dizendo que não queria mais nada com ele, invadiram sua mente com tanta intensidade que sua respiração ficou pesada. Ergue seu olhar. Ele estava tão lindo com um moletom rosa bebê, sua barriga avantajada chamava sua atenção. — Você se sente bem? Seu rosto está corado.