31 - As besteiras que fazemos nos ensinam

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Já eram perto das nove da noite quando o casal chegou em casa. O silêncio reinava na residência e parecia que as luzes foram apagadas propositalmente, visto não ser hora para a casa estar tão quieta.

— Namjoon, meus pés estão me matando — Seokjin riu quando saiu do carro. — Preciso de uma massagem.

Namjoon sorriu ao se aproximar do ômega, abraçando-o pela cintura e deixando um beijo simples em seu rosto. Estava feliz e satisfeito, parecia mentira. Começou a viver uma situação que deveria ser superficial, mas não foi assim que aconteceu. A superficialidade que deveria existir, estava em outra dimensão, pois nessa, Namjoon não se via sem os abraços do ômega, as caretas que ele fazia ou o bico que se formava em seus lábios quando não ganhava nada.

— Farei o que você desejar — Disse simples após travar o carro. — Amanhã poderemos sair e comprar as coisas para nossa princesinha e o nosso príncipe.

— Sua intuição diz que é um menino? — Seokjin questionou zombeteiramente.

— Sim! — Respondeu convicto. — Meu amor, eu sou Kim Namjoon, é difícil eu errar na minha intuição.

Namjoon sentia-se pleno, a felicidade emanava de seus poros, como nunca. Pensava nos momentos dificeis que passou ao lado do ômega, até mesmo no dia em que se conheceram ou quando ele assinou o contrato que os uniu. Sinceramente, pensava em Hyuna poderia ser louca, mas sua ideia não foi tão em vão assim. Teria dois filhos com um ômega sincero, meigo e além de tudo, gostoso.

— Que tal se tomarmos um belo banho? — Namjoon ajudou Seokjin a retirar o casaco. — Meu ômega merece.

As bochechas do ômega ganharam uma leve coloração, e mesmo com uma pequena vergonha, assentiu satisfeito.

— Boa noite... — A casa estava silenciosa, por isso a voz de Hwasa tomou conta do local ao entrarem na casa. — Vejo que aproveitaram a tarde, não é mesmo?

— Sim — Namjoon sorriu cumplice para Seokjin. — Bom, dona Hwasa, a tarde foi muito proveitosa, tanto para nós dois quanto para os seus netos.

— Como? — Mesmo com toda frustração brincando em seu intimo e manchando sua felicidade, ela sorriu. — São, gêmeos?

Ele notou. Sim, Namjoon notou que aquele sorriso cheio de dentes estava escondendo algo e ele sabia.

— Meus parabéns! — O abraço que ela deu em Seokjin foi tão apertado que parecia uma despedida. As lágrimas que descera por seu rosto tinham um gosto amargo, mesmo que não chegasse a ser provadas. Estava feliz, mas não satisfeita. — Seokjin... — Os olhos pequenos da senhora transmitiam, de certa maneira, palavras não ditas. Frases que nunca seriam direcionadas ao ômega, ofensas que não pertenciam a ele. — Obrigada.

A única coisa que disse.

— Sabemos que teremos uma menina, mas o outro bebê, não conseguimos ver — O ômega passou a mão carinhosamente sobre o ventre. — Namjoon acredita que seja um menino.

— Bom, sabemos que costumo não errar — Disse convencido.

— Mas, não deixa de cometer erros — A voz baixa de Hwasa alcançou seus ouvidos quando ela se virou e olhou para o filho. — Seokjin, você precisa tomar um banho e descansar. Namjoon, nós conversaremos sobre alguma coisa, e precisa ser agora.

— Agora?

— Sim, não pode ser em outro momento.

Ela não deixou espaço para ele contestar, saiu da sala deixando um beijo no rosto de Seokjin e massageando a protuberância. Sentia-se enganada e magoada.

Barriga de Aluguel (Namjin - Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora