𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘

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"ᴡʜᴀᴛ ᴀʙᴏᴜᴛ ᴅᴇᴀᴛʜ?"
︎☾
𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲

| June 20
| 08:30PM

[ four years and five days before ]

Morte é algo interessante, tipo, o conceito no geral.

Porque, bom, a maioria dos seres humanos teme a morte, não só a própria como a de pessoas a sua volta.

Mas, eis a questão, por que motivo?

Sei que o medo é algo justamente criado para uma garantia de sobrevivência, e de que a espécie não extingua. Para que os seres vivos não se matem antes de reproduzirem por pensarem ser mais fácil do que lidar com a vida

Porém de qualquer forma, hoje em dia temos consciência total do que todos morreremos um dia. Então porque algo que é tão natural traz tanto medo?

O corpo é grande conhecido por se acostumar rapidamente com as coisas, certo? Então porque não podemos simplesmente acostumar com a ideia de que as pessoas que amamos se iram em alguma hora? Ficamos sofrendo e sofrendo, mesmo que já tivéssemos consciência de que isso aconteceria dia ou outro.

E minha pergunta constante sempre é e sempre vai ser: Porque?

Claro, sentir falta é algo natural, por essa razão a palavra nostalgia existe. Mas de qualquer forma, não sentimos apenas falta, sentimos dor, tristeza, angústia, e mais mil e uma coisas ruins além de falta, sendo que é algo o qual já deveríamos estar preparados para lidar.

E por mais normal que seja, nunca estamos preparados.

Eu como uma criança de doze anos sou a típica que tem milhares e milhares de perguntas que rondam a cabeça. Não tenho tanta experiência assim com a questão abordada, mas acho que o tanto que tenho já é o suficiente para que eu possa questionar todos esses porquês.

Então vocês me perguntam: Mas, ei, Luke, como foi que você chegou a esses pensamentos sem nexo algum?

Bom, no momento eu estava sentado no chão gelado de madeira da minha casa enquanto olhava fixamente uma caixa que havia tirado do armário. Minha mãe havia pedido para que eu pegasse algo para ela — que no momento, admito sequer me lembrar oque era —, e então achei essa caixa. Sou uma pessoa certamente curiosa e então a retirei do armário e a abri para saber oque tinha ali dentro.

Algumas camisas; gravatas; perfume, livros; uma caixinha de aliança; fotos espalhadas; e mais alguns pertences e objetos que não eram possíveis serem vistos apenas de relance.

Aquela caixa era a qual minha mãe e meus irmãos haviam colocado coisas que eram, ou que os lembravam do meu pai.

Andrew Hemmings era o homem mais gentil que já pisou a terra. Pelo menos era oque eu ouvia falar de todos. Raramente ouvi falarem coisas ruins sobre meu pai. Na verdade, o total de todas elas, eram quase nada.

Era um bom marido, bom amigo, bom irmão e filho. Poderia dizer que era um bom pai também, mas não seria totalmente verdade. Não que não fosse um bom pai, ele era, mas apenas quando estava conosco, oque era bem raro.

Parece estranho dizer que um bom pai raramente estava com seus filhos, mas não era como se fosse uma mentira. Andrew era bom pai nas horas vagas, mesmo que essas fossem poucas. O tempo que podia, ele passava comigo Ben e Jack e nos divertíamos. Mas em algum momento ele sempre teria que ir e nunca tinha data de volta.

𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐧𝐥𝐲 𝐑𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧 || 𝐌𝐔𝐊𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora