𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐓𝐖𝐎

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"ᴡʜʏ ʏᴏᴜ ʟɪᴇ ᴛᴏ ᴍᴇ?"
🎲
𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲 𝐓𝐰𝐨

| September 25
| 12:54PM

    Acordei desnorteado com a luz do sol batendo contra o meu rosto. Minhas costas doíam como o inferno, mas não eram nada comparadas a dor em minha cabeça. Abri meus olhos lentamente os cobrindo com uma das mãos pela claridade e me ergui minimamente para pelo menos conseguir saber onde eu estava. Tinha ciência de que não era a minha cama porque reconhecia bem o toque dela, e no final conclui que não era nem mesmo uma cama, era macio e afundava demais para ser uma cama, parecia mais como... um sofá.

E é eu estava certo. Eu estava deitado em um sofá de couro branco e consideravelmente grande. Não o reconheci, imaginei que fosse apenas por ter acordado a nem um minuto atrás, mas ao me esforçar para olhar em volta eu não reconhecia absolutamente nada ali. E eu com certeza saberia se já houvesse estado naquele local antes — lúcido sóbrio e consciente —. Era uma enorme sala, o pé direito do teto era exageradamente alto e as paredes para o lado de fora eram de muito vidro e pouca madeira.

Me remexi resmungando pela dor e a enxaqueca, apalpando meu corpo e minhas roupas procurando pelo meu celular. Eu precisava ligar para o Calum.

Tudo do que eu me lembro da noite de ontem posso confirmar que eram antes das dez e meia da noite, porque depois desse horário tudo foi como um enorme borrão na minha cabeça.

Me lembro de eu e Calum nos aprontarmos para a festa mais ou menos quinze para as dez, e me lembro bem pelo fato de Calum tentar por minutos a fio passar o lápis de olho em mim enquanto falhava diversas vezes por eu ser uma criança impaciente como ele gosta de chamar. Me lembro também de que logo que conseguiu terminar o serviço, ouvimos seu celular tocar e ele se apressou em atender, tornando sua expressão de animado para tenso nos poucos segundos que ouviu a pessoa do outro lado da linha. Me lembro de que na mesma hora ele se pôs e procurar a chave do seu carro e correu porta a fora, dando a péssima desculpa de que precisaria ajudar sua irmã em algo mas que se conseguisse nos encontraria na festa mais tarde.

Quem Calum acha que é? O conheço desde que me entendo por gente e além de saber muito bem quando mente para mim, sei quando me dá uma desculpa mal esfarrapada. Desde então não o vi mais. As dez, Alex passou em casa e como combinado fomos juntos para a festa. Não eram nem dez e vinte e eu já havia virado pelo menos quinze shots do que me lembro ser Vodka, e depois disso, bom... eu não tenho ideia do que mais aconteceu.

Só sei que, aquela casa a qual me encontrava no momento não era a casa a qual foi realizada a festa, e eu não entendia o porque estava dormindo naquele sofá desconhecido.

Achei meu celular no bolso de trás da minha calça jeans e o puxei com dificuldade. Me preocupou saber que já eram quase uma da tarde. Significava que eu devia ter ficado acordado até cinco ou seis da manhã. E ter ciência disso sem me lembrar de absolutamente nada é realmente preocupante.

Desbloqueei o telefone e abri nos contatos automaticamente clicando no de Calum que ficava nos favoritos. Vários toques depois a chamada se encerrou, afastei o celular do meu rosto juntando as sobrancelhas. Onde Calum estava para não estar perto do celular? Talvez não tivesse acordado ainda, mas isso faria ainda menos sentido. Suspirando, cliquei para ligar novamente.

— Michael? — Ouço sua voz levemente sonolenta após alguns bons toques. Franzo meu cenho por minha cogitação estar certa, ele havia acabado de acordar e provavelmente por minha causa.

— Calum aonde você está? A e aliás, vem me buscar? — peço choramingando.

— Onde você está? — ele rebate a pergunta e isso me irrita, mas mesmo assim deixo esse assunto para depois.

𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐧𝐥𝐲 𝐑𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧 || 𝐌𝐔𝐊𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora