𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐅𝐈𝐕𝐄

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"ɪ ᴄᴀɴ'ᴛ ᴅᴏ ᴛʜɪs ᴀɴʏᴍᴏʀᴇ"

𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲 𝐅𝐢𝐯𝐞

| October 02
| 09:45PM

    Acabo de definir que odeio física com todas as forças. Eu estava a vinte minutos tentando fazer um exercício que fazia parte do trabalho, mas eu simplesmente não conseguia resolver. E para ajudar, Ashton não queria parar de me ligar.

— Oque é agora? — Resmungo irritado ao atender o telefone pela quinta vez.

Luke, tem uma garota dando em cima de mim, fica no telefone comigo. — Ashton estava na festa de casamento de seus tios e estava em desespero porque não conhecia ninguém — por incrível que pareça. — e porque garotas estavam dando em cima dele.

— É gata? — Ele assente. — Ashton você é estranho. Se tem uma garota bonita dando em cima de você, vai ficar com ela oras.

— Eu não... a sei lá, eu não...

— A quanto tempo você não transa com alguém? Não me lembro de ninguém desde a Paige a três meses.

— É... eu... — Ele parecia nervoso, e não parava de gaguejar, minha vontade era de desligar na sua cara. — É faz... tempo.

— Então pronto, bebe uns dez shots de algo bem forte, vai até a garota, e arrume um quarto — digo antes de desligar a chamada e deixar o celular na cama. Eu estava deitado sobre ela e haviam milhões de folhas que eu havia espalhado por ali enquanto tentava entender a droga do exercício de física.

Não contei nem cinco minutos e meu celular tocou de novo.

— Eu vou te bloquear. — Coloco o celular no viva voz e continuo tentando entender a matéria. Se a cada vez que Ashton me ligasse eu parasse apenas para dá-lo atenção, não teria feito nem os primeiros dez exercícios do trabalho.

— Eu não posso beber, o barmen sabe que eu sou menor de idade e não quer me deixar tomar nada com álcool, acho que eu vou enlouquecer.

— Seu primo não está aí para pegar para você? Não é isso que você sempre faz?

— Não, ele não veio, está viajando com a namorada. Lukey! — ele choramingou alto e eu rolei meus olhos. — Preferia estar com você fazendo o trabalho, mesmo que eu odeie física.

— Mas você não pode, agora pare de me ligar e vê se tenta se divertir — digo antes de novamente encerrar a chamada.

Respiro fundo com a minha paciência já quase esgotada, e mais uma vez, volto ao trabalho.

— Maldita onda sonora, eu não quero saber o seu maldito comprimento — resmungo baixo para mim mesmo e para a droga do exercício que até então não consigo responder.

Quando meu celular toca pela sétima vez só na última hora minha paciência voa pelos os ares.

— Ashton, eu juro que se você me ligar mais uma vez eu vou... — grito ao telefone após atender sem nem mesmo olhar quem era. Mas ao ouvir um choro abundante vir do outro lado da linha, eu estranho. — Ash?

— Dois de setembro, há quatro anos atrás. Primeiro dia de aula do sétimo ano. — A pessoa começa a falar após sessar um pouco seu choro, e ao reconhecer a voz afasto rapidamente o telefone da orelha para poder verificar se eu não estava ficando louco.

𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐧𝐥𝐲 𝐑𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧 || 𝐌𝐔𝐊𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora