𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐧𝐥𝐲 𝐑𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧 || 𝐌𝐔𝐊𝐄

𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓

"ɪ ʟᴏᴠᴇ ʏᴏᴜ ʟɪᴋᴇ ᴛʜᴇ ɪᴍᴍᴇɴsɪᴛʏ"
🫀
𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧

| October 25
| 11:42PM

Acordo permanecendo de olhos fechados, sentindo meu corpo mais sonolento que o normal.

Me sinto confuso.

Me sinto cansado.

Sinto que não estou em casa, e sim em algum lugar com a iluminação bem forte.

Sinto ar adentrar pelos meus pulmões, mas não sou exatamente eu quem o proporciona.

Resumindo tudo isso, me sinto péssimo. E isso porque acabo de acordar.

Abro lentamente meus olhos e uma luz branca quase me cega. Quando finalmente consigo olhar em volta, percebo que não acabo de acordar de um sono na minha cama ou na de Michael, e sim de um desmaio, e no hospital.

Novamente.

Estava começando a me cansar daquilo.

Com dificuldade, pela moleza em que meu corpo estava, olho para a cabeceira da cama de hospital onde há um relógio, e ele marca onze e quarenta da noite.

Eu não me lembrava exatamente que horas eram quando desmaiei, mas sabia que já faziam algumas horas.

Começo a tentar me lembrar oque eu estava fazendo antes de desmaiar, porque no momento não consigo nem mesmo me lembrar direito aonde estava. Aos poucos, me lembro de estar na casa de Ashton, e de vê-lo dançar com o Calum quando comecei a sentir dores. Me lembro de achar que elas passariam se eu ficasse ali quieto, já que as vezes eu sentia algumas delas no dia a dia. Mas as dores começaram a ficar mais fortes, até que chegaram a um ponto de serem insuportáveis. Desde então não me lembro de mais nada. É um borrão na minha cabeça, até se tornar tudo preto. E agora estou aqui, como se houvessem se passado apenas alguns minutos, e não horas.

Vejo um médico entrar no quarto e apenas após alguns minutos perceber que eu estava acordado e o observando.

Eu o conhecia, era o Jeff.

Jeff me cumprimentou e perguntou se eu me sentia bem enquanto olhava algo em sua prancheta. Eu disse que me sentia mal, e com simpatia, ele pediu que eu fosse um pouco mais específico.

— Sinto dores — resmungo me remexendo da posição desconfortável.

Parecia que nada do que eu fizesse faria com que ficasse mais confortável.

— Onde sente dores?

— No estômago, nos meus braços, coluna, pescoço, tudo dói — digo em resmungos porque tudo realmente doía. Não eram dores como antes, até porque acho que meu corpo estava meio dopado, mas elas eram bem incomodas.

— São as mesmas dores que sentiu antes de desmaiar?

— Acho que sim, mas mais fracas.

— Tudo bem, eu vou chamar a sua mãe. As enfermeiras vão vir te examinar.

Eu apenas assinto e Jeff sai do quarto me deixando sozinho novamente.

Eu nunca havia sentido isso antes. Já tinha desmaiado duas vezes, mas sempre que acordava as dores haviam passado e eu me sentia bem novamente. Mas dessa vez era diferente. Eu me sentia muito mais fraco do que o normal, suava abusivamente mais do que regularmente, e as dores permaneciam.