Capítulo 22

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Gwyn sentiu como se cada parte do corpo finalmente estivesse se encaixado. Ao olhar nos olhos de Azriel, ficou completamente sem palavras, sentindo lágrimas surgirem nos olhos, até sentir um puxão.
– Sim. – Ela disse, sussurrando. – Sim! Eu senti. Eu senti o puxão. – Ele engoliu em seco, os olhos completamente vidrados, enquanto enxugava a lágrima que escorreu pelo rosto dela.
– Sempre foi você. – Azriel falou, antes de puxa-la para um beijo. Foi lento e convicto. Não havia pressa no toque, apenas duas almas completamente expostas e entrelaçadas. Os toques reivindicando o lar que eles encontraram um no outro, reafirmando cada sentimento. Tudo em Gwyn respondia ao toque da língua dele na sua, e o beijo foi tornando-se faminto. Seu corpo exigia por ele, arrepiando-se em cada lugar que Azriel tocava. As mãos de Gwyn se enterraram nos cabelos do encantador de sombras, puxando-o, quando ele deixou um gemido passar pelos lábios. Semelhantemente a noite anterior, Azriel descolou a boca da de Gwyn e depositou um singelo beijo em sua testa enquanto ela recuperava o fôlego e as estrelas continuavam a cortar o céu de Velaris. Aquela seria para sempre a noite favorita de Gwyn.

Azriel teve todos os seus questionamentos e dúvidas respondidos enquanto se perdia nos braços de Gwyn

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Azriel teve todos os seus questionamentos e dúvidas respondidos enquanto se perdia nos braços de Gwyn. Ela era a resposta pela qual ele esperou durante todos os anos, e ele podia afirmar sem dúvidas que valeu a pena. Cada cicatriz, cada minuto da espera, cada plano frustrado, valeu a pena por ela. Ao olha-la nos olhos, com lágrimas de alegria escorrendo pelo rosto, ele deu o seu sorriso mais verdadeiro. Nenhum momento em toda a sua existência poderia se comparar àquele.
– Você não faz ideia do quanto eu esperei por você. – Admitiu Azriel, deixando seu coração completamente exposto a ela.
– A espera acabou. Eu estou bem aqui. – Respondeu Gwyn, com um sorriso que iluminou tudo dentro de Azriel. Várias de suas sombras viajaram até Gwyn, enrolando-se ao seu cabelo, seus braços, pernas...
– Acho que entendi por que elas gostam de você.  – Disse Azriel, observando-a receber cada uma de suas sombras da mesma forma que recebeu o seu coração cheio de defeitos, traumas e medos.
– Será que elas sempre souberam? – Perguntou Gwyn, enquanto ele a puxou para perto novamente. A distância parecia dolorosa, e ele só queria senti-la cada vez mais perto.
– Eu disse... elas sempre conseguem ver o que ninguém consegue. – Respondeu, depositando beijos por todo o rosto de Gwyn.
– O que faremos? O laço de parceria é facilmente notado. Você quer contar ou deixamos que eles percebam? – Azriel desconfiava que Rhys e Feyre já sabiam de alguma forma, mas seria engraçado contar ao resto da família.
– A decisão é sua, meu amor. Mas confesso que gostaria de tê-la só para mim por um tempo. – Ela sorriu novamente, acariciando o rosto de Azriel. 
– Você me tem só para você para sempre. – E simples assim, ela quase desfez todo o controle de Azriel, que a puxou para um beijo intenso.

– Você tem certeza que eles não vão notar a nossa ausência? – Perguntou Gwyn, quando eles retornaram até a Casa do Vento

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– Você tem certeza que eles não vão notar a nossa ausência? – Perguntou Gwyn, quando eles retornaram até a Casa do Vento.
– Provavelmente sim, mas acredito que Rhys já esperava não nos ver mais durante o resto da noite. Além disso, a comemoração dura a noite toda. – Respondeu Azriel, abraçado a cintura de Gwyn enquanto eles observavam o céu de uma das varandas da Casa.
– Quero fazer um pedido a você. – Disse Gwyn, quebrando o silêncio entre eles. Ele a virou para que ela olhasse em seus olhos, e assentiu para que continuasse. Gwyn parecia tímida, e ele lançou um puxão pelo laço. Ela rapidamente o retribuiu com outro puxão, e aquela era a nova sensação preferida de Azriel. – Posso dormir com você essa noite? – A voz dela estava tão baixa que parecia um sussurro. Ele sorriu, porque se esse fosse o desejo de Gwyn, ela dormiria com ele todas as noites. Azriel levantou o queixo dela, encontrando o seu olhar vacilante.
– Você tem certeza? – Queria se certificar de que Gwyn estava segura o suficiente, porque tudo em Azriel passou a ser sobre ela, sobre o seu conforto e segurança.
– Tenho. Mas só se você quiser... não quero me despedir essa noite. – Ele a beijou na testa, inalando o perfume de Gwyn.
– Você pode dormir comigo todas as noites se quiser, meu amor. Mas não quero que se sinta pressionada. Seu tempo é o meu tempo. – Ela assentiu, e Azriel viu o rubor em seu rosto.
– Fale comigo. – Pediu Azriel.
– Eu quero você. – Admitiu Gwyn, pousando as mãos no peito de Azriel. Ele suspirou e colocou a mão na nuca de Gwyn, depositando um beijo em seus lábios.
– Você me tem. – Ele pôde sentir o sorriso de Gwyn ainda com os lábios grudados ao dele, e retribuiu. Sempre que estava com ela, não conseguia conter os próprios sorrisos.
– Eu quero mais de você. – Azriel sentiu todo o seu corpo esquentar em resposta, mas manteve o seu controle no lugar. – Eu não tenho dúvidas, Az. Quero você e quero ser sua. – Aquela palavra... sua. Foi o suficiente. Ele segurou as mãos de Gwyn, depositou um rápido beijo em seus lábios e a conduziu pela Casa do Vento.

Gwyn estava diante da porta aberta de Azriel, sentindo as mãos dele em sua cintura, mas ainda não tinha entrado

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Gwyn estava diante da porta aberta de Azriel, sentindo as mãos dele em sua cintura, mas ainda não tinha entrado.
– Se você não estiver... – Azriel tentou falar, provavelmente pela décima vez, mas antes que pudesse terminar a frase, ela já havia se dirigido até o interior do quarto. Era grande e parecia confortável, com duas grandes portas que ocupavam toda a parede, dando acesso a uma varanda, e uma janela igualmente grande. Era menor do que as varandas das áreas comuns da Casa, mas ainda tinha uma bela vista, porém, tudo no quarto estava fechado.
– Você não gosta da abri-las? – Perguntou, enquanto analisava o quarto. Azriel estava bem atrás dela, observando-a atentamente.
– Sou acostumado com espaços fechados. – Respondeu Azriel, evitando o olhar de Gwyn. Ela sabia a história dele, sabia o que aquilo significava e seu coração apertou ao pensar em um Azriel jovem, preso no escuro, sozinho. Nunca mais gostaria que ele se sentisse daquela forma. Ele jamais estaria sozinho.
– Se importa se eu abrir? – Ele assentiu, e ela caminhou em direção à janela, abrindo-a. Gwyn seguiu até as portas duplas que davam acesso a varanda e as abriu, deixando a brisa da noite entrar. A única iluminação do quarto era fornecida pelas estrelas de Velaris, mas ela sentiu quando Azriel se aproximou por trás, pousando as mãos na cintura de Gwyn. Ela respirou fundo, e se acomodou no peito dele, aproveitando a sensação.
– Fale comigo. – Pediu a sacerdotisa.
– Estou com medo. – Admitiu Azriel com a boca a centímetros do seu ouvido. Ela virou para encarar os olhos dele, que estavam cheios de emoção. – Estou com medo de não ser bom o suficiente para você, Gwyn. – Continuou o encantador de sombras com os olhos fixos ao dela. Gwyn colocou as mãos no rosto dele, acariciando levemente.
– Você tem sido bom para mim esse tempo todo, Az. Não precisa ter medo agora. Estou com você, isso não vai mudar, mas preciso que você acredite em mim. Preciso que acredite que eu não vou a lugar nenhum. Nunca. – Ele fechou os olhos com força e respirou fundo, como se a verdade que Gwyn tivesse dito estivesse criando raízes em seu coração. Quando os olhos cor de avelã de Azriel se abriram e encaram os de Gwyn, ela o beijou, transmitindo toda a sua certeza através do toque dos seus lábios. Azriel correspondeu com a mesma fome, e Gwyn soube que ele havia acreditado.

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