Capítulo 27 (+18)

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Gwyn sentiu as pernas fracas ao ser tocada por Azriel. Tudo em seu corpo reagiu, e ela desejou jogar-se nos braços do parceiro, sem ressalvas, sem medos. Mas não conseguiu. Por isso, ela correu. Não podia ceder naquele momento.
– Você está bem? – Perguntou Nestha, fazendo -a derrubar os livros que carregava.
– Você me assustou. – Sussurou em resposta. A amiga se colocou a frente dela, ajudando-a a recolher os livros.
– Desculpe... Por ter deixado você sozinha com ele. Cassian nos obrigou, e eu achei que seria bom se você fizesse Az sentir um pouco da sua raiva. Ajudou? – Ela respirou fundo, lembrando da dor que viu nos olhos de Azriel quando pediu para ele não toca-la,
– Sinceramente? Não acho que tenha ajudado. Senti todo meu coração doer ao ve-lo, Nestha. E não sei o que faço. – Admitiu a sacerdotisa.
– Gwyn, você sabe, eu estou do seu lado até o fim. Mas não posso evitar lembra-la que vivemos em um mundo onde todo o senso de segurança pode sumir em um piscar de olhos. Eu estava prestes a dizer a Cassian que o amava quando fomos arrastadas até o Rito. Eu poderia ter morrido, Gwyn. Nós poderíamos ter morrido. E infelizmente, não foi a primeira vez e sinto que não será a última. Como você se sentiria se algo acontecesse com ele? – Gwyn sentiu seu coração inquieto a medida que as palavras saiam da boca de Nestha.
– Eu não suportaria, Ness... Mas, não sei se consigo. Não sei se consigo acreditar nele. – Disse tristemente.
– Vocês merecem essa felicidade, Gwyn. – Ela absorveu as palavras de Nestha, mas se manteve em silêncio. – Estou indo, mas por favor, pense um pouco sobre o que eu disse. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar. – E então, Nestha partiu, deixando-a perdida em pensamentos e dúvidas.

Era noite, e Gwyn estava em seu quarto, revirando-se repetidamente na cama

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Era noite, e Gwyn estava em seu quarto, revirando-se repetidamente na cama. As palavras de Nestha ainda ecoavam em sua mente e o colar em sua cabeceira pareceu brilhar em resposta.
– Colar idiota. – Ela resmungou, guardando-o bem fundo em sua gaveta. Imediatamente, sentiu um puxão pelo laço, e todo seu corpo estremeceu. Era como se Azriel estivesse certificando-se de que ela ainda estava lá ao mesmo tempo que respeitava o seu pedido por um tempo. Antes que pudesse se conter, ela lembrou dos momentos. Lembrou dos toques, das risadas, dos segredos... Lembrou de quem eles eram antes da parceira. Apenas Gwyn e Azriel. A sacerdotisa e o encantador de sombras. Tudo parecia simples e por um breve momento, ela sentiu falta daquilo. Sentiu falta da certeza e da segurança. O seu quarto... a biblioteca... Tudo isso foi um presente para que se sentisse segura, e de alguma forma, não oferecia mais essa sensação. Foi no toque de Azriel que ela se sentiu em casa. Por isso, sem pensar muito, ela se dirigiu até o quarto do parceiro. Precisava senti-lo. Ela respirou fundo antes da bater na porta, e só quando ele a abriu foi que Gwyn notou que estava de camisola. Pelo Caldeirão! Ela caminhou por toda a casa vestida apenas com a camisola? Aparentemente sim. Ele a olhou de cima a baixo, os olhos adquirindo um brilho familiar.
– Você está bem? – Perguntou Azriel com genuína preocupação.
– Estou. Eu só... Não sei. – Admitiu Gwyn, sentindo a respiração falhar. Ela olhou por cima do ombro do parceiro e percebeu que as portas duplas do quarto estavam abertas, assim como a janela, deixando a brisa da noite passear por todo o quarto. – Posso entrar? – Pediu, antes que pudesse se conter. Azriel pareceu surpreso por apenas um segundo, e ela sorriu ao perceber que havia ganhado essa reação dele mesmo quando era sua especialidade esconder as emoções. Aparentemente, ele não conseguia esconder dela. Ele afastou a porta, dando espaço para que ela entrasse no quarto e fechando a porta a trás de si logo em seguida. O espaço que antes era grande, de repente pareceu insuficiente, e todo o corpo de Gwyn estava ciente de que eles estavam sozinhos.
– Não sei o que estou fazendo aqui, Azriel. – Admitiu ainda de costas para ele. Ela o sentiu se aproximar, e a familiaridade da sensação fez todo o seu corpo reagir antes mesmo que ele a tocasse.
– Não vou toca-la. – Garantiu Azriel, percebendo a reação física que causava em Gwyn.
– Talvez eu tenha vindo aqui esperando que você me tocasse. – Uma das sombras do parceiro se enrolou em volta do tornozelo dela.
– É isso que você quer? Que eu a toque? – A voz dele estava baixa, quase como um sussuro, e Gwyn sentiu algo se ascender em sua barriga.
– Você já me tocou antes. – Ela finalmente virou para encara-lo, e ele estava tão perto que ela teve que conter a si mesma.
– Nunca o suficiente. – Havia uma intensidade tão arrebatadora no olhar dele que o seu fôlego pareceu ter sido sugado. – Mas para ser sincero, acredito que nunca será o suficiente.
– Então me toque. – Pediu com um fio de voz. Azriel sorriu, e a beijou de maneira tão faminta que Gwyn sentiu o seu corpo derreter.
– Segure-se em mim. – Disse o parceiro, segurando-a firmemente enquanto explorava a boca de Gwyn. A língua dele parecia prever todos os movimentos e anseios dela, e iniciaram uma dança completamente sintonizada. Ela sentiu as costas em algo duro, e só então notou que estava encostada na parede. Azriel a virou, deixando-a de costas para ele enquanto sentia todo o calor do corpo do encantador de sombras.
– O que você quer de mim? Me diga. Eu darei, não importa o que seja. – Sussurou no ouvido de Gwyn enquanto depositava beijos por todo o pescoço da sacerdotisa.
– Eu só quero você. – Ele passou o dedo pela fina alça da camisola, fazendo com que Gwyn sentisse a superfície fria da parede em seus seios, enquanto sentia o calor emanando de Azriel em suas costas. A contato das mãos dele com a sua pele nua a fez estremecer, desejando mais dele.
– Você me tem por inteiro, Gwyn. Não há nada em mim que não seja seu. – As palavras chegaram ao ouvido de Gwyn como se implorassem para serem ouvidas, como se houvesse uma urgência em cada uma delas. Uma das mãos de Azriel desceu até o centro de Gwyn, encontrando suas dobras internas.
Azriel... – Ela gemeu com o contato, jogando a cabeça para trás.
– Estou aqui, meu amor. – Como se quisesse confirmar que estava realmente ali, ele inseriu um dedo dentro dela. – Não se contenha, por favor... me dê tudo. – Pediu Azriel, como se tentasse expulsar todas as dúvidas da mente da parceira.
– Não. – Ela disse, segurando a mão dele. – Eu quero você. – Azriel pareceu entender, pois passou a tirar sua roupa muito lentamente. Devagar demais. Gwyn o alcançou, ajudando-o a desabotoar a calça. No minuto seguinte, ele estava completamente nu na frente dela, fazendo -a estremecer de desejo. Antes que pudesse prever o movimento, Gwyn foi suspensa por ele, envolvendo suas pernas em volta da cintura do parceiro a medida que ele os lavava até a cama. Ela sentiu as costas no fino tecido da roupa de cama e foi tomada pela expectativa de tê-lo dentro de si.
– Não me faça esperar. – Pediu A sacerdotisa, abrindo as pernas para que ele tivesse acesso total. Os olhos de Azriel brilharam com a visão, e em um instante, ele estava enterrado dentro dela.
– Porra! – Gemeu o encantador de sombras, sendo retribuído por um gemido de Gwyn. A primeira estocada foi forte, fazendo-a arquear os quadris. Ainda não era suficiente. Ele saiu novamente, e dessa vez estocou de maneira lenta e gentil, como se tentasse prolongar o contato.
– Não se contenha. – Disse Gwyn, repetindo as palavras dele.
– Olhe para mim. – Respondeu Azriel, como se estivesse impondo uma condição. Ela obedeceu, e naquele momento, não poderia evitar expor todo o seu coração. Seus medos, sua mágoa, as cicatrizes... Ele viu tudo, e a cada movimento de Azriel dentro dela, Gwyn expressou em um só olhar o amor e a mágoa que carregava naquele momento. Ele entrava e saia de dentro dela, mantendo os olhos fixos ao seu em cada movimentos.
– Eu amo você, Gwyn. – Disse Azriel, como se implorasse que ela visse a verdade daquelas palavras. – Apenas você. – E com essas palavras, ela se desfez nos braços dele.

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