Capítulo 24 (+18)

2.7K 236 27
                                    

Azriel a agarrou com força, e em um rápido movimento, ela estava deitada na cama, coberta apenas pelo peso do parceiro.
– Quero que você seja meu. – De alguma forma, a simples frase que saiu da boca de Gwyn pareceu mudar Azriel. Era a mais pura verdade, tudo dentro dela ansiava por ele e não havia sinal de medo ao se entregar por inteiro. Ele a beijou, como se a existência de ambos dependesse apenas do toque que compartilhavam. O dedo de Azriel fazia movimentos circulares dentro de Gwyn, e ela se contorcia em resposta, tentando aumentar o contato.
– Você é completamente perfeita, meu amor. Sabe disso, não sabe? – Perguntou Azriel, interrompendo o beijo e mantendo o olhar fixo ao de Gwyn. Ela não respondeu, apenas deixou que o toque de seus lábios falasse por si. Uma das mãos da sacerdotisa, em um ato de puro desejo, desceu até a calça de Azriel, encontrando o volume que o parceiro mantinha.
– Deixe-me toca-lo, Az. – Pediu a sacerdotisa. Ele parou, ofegante, e se separou de Gwyn, ficando de pé a sua frente. Ela se direcionou até a borda da cama, sentada diante dele. Azriel assentiu, um sinal para que ela o tocasse da maneira que desejasse. As mãos trêmulas de Gwyn foram até os botões da calça do parceiro, e ela hesitou apenas por um segundo antes de começar a desabotoar. Um botão. Dois. Três. Antes de liberta-lo do último botão, ela lançou um olhar até ele, que mantinha os olhos fixos nela, completamente tomados de desejo. Então, o último botão se foi, deixando que a calça do encantador de sombras caísse de seu quadril. Gwyn suprimiu um suspiro ao vê-lo completamente exposto. Nunca tinha estado voluntariamente com outro macho, mas duvidava que algum deles poderia ser tão perfeito como Azriel. Ela segurou o seu membro, incerta sobre os movimentos que deveria fazer. Uma das mãos de Azriel segurou a sua e a conduziu a fazer movimentos para cima e para baixo, contemplando toda a extensão. Ele gemeu, e Gwyn ficou completamente hipnotizada quando viu o parceiro jogar a cabeça para trás, a boca entreaberta, os olhos fechados. Ela tornou os movimentos mais rápidos e firmes, e Azriel pareceu gostar pois os ruídos que saiam de sua boca ficaram mais pesados. Gwyn lembrou da noite anterior e de como ele a havia feito de sentir ao toca-la com a língua, então a sacerdotisa lambeu toda a extensão do membro dele.
– Porra. – Disse Azriel, impedindo-a de repetir o movimento. Ela parou abruptamente.
– Desculpe. – Respondeu afastando -se. Ele ergueu o queixo de Gwyn.
– Acredite, meu amor, quero muito ter você me lambendo inteiro, mas se eu a deixasse continuar, as coisas acabariam muito antes do desejado. Quero fazer o momento durar muito, muito tempo. Lembre-se disso. – Ela assentiu, completamente fixada pela intensidade das palavras. – Deite-se. – Ordenou Azriel. Gwyn obedeceu, puxando um dos lençóis da cama para cobrir o corpo. – Não. Quero vê-la.  – Ela ficou coberta apenas pelos cabelos soltos. Azriel subiu na cama, muito devagar, e a respiração de Gwyn ficou presa na garganta. – Você está pronta para mim, meu amor? – Ele estava a centímetros do rosto dela.
– Estou. – A resposta veio com um fio de voz.
– Então abra as pernas para mim. – Gwyn mais uma vez fez o que ele pediu. Azriel a avaliou com o olhos, e ela poderia praticamente sentir o toque em cada lugar do corpo que era acompanhado pelo olhar dele. – Quero que me prometa uma coisa. – Ela assentiu, indicando para que ele continuasse. – Se quiser que eu pare, quero que me prometa que irá pedir. Você promete? – Havia tanto cuidado na voz de Azriel que Gwyn levou as mãos até o rosto dele, acariciando-o. Ela apenas assentiu, entendendo a preocupação dele. Azriel deitou por cima dela, beijando-a intensamente. Ela gemeu quando sentiu o dedo dele dentro de si novamente. Gwyn podia sentir a mesma sensação da noite anterior formando-se dentro dela, quando o dedo de Azriel saiu, deixando-a se sentindo vazia. Não durou muito tempo, pois Gwyn sentiu a pressão do membro dele em sua entrada, ela arfou, surpresa. Azriel parou, encarando-a nos olhos.
– Não pare. – Pediu Gwyn. Ele a obedeceu, entrando mais alguns centímetros. Era uma sensação nova, e Gwyn sentia todos os músculos do seu corpo esticarem com a entrada dele. Azriel estava com o maxilar fechado com força, e ela sabia que ele fazia um esforço ao manter o ritmo lento e cuidadoso. Não era confortável, a invasão era completamente nova, mas Gwyn não queria que ele parasse. Ele avançou mais alguns centímetros, aumentado o desconforto dela. Ela fechou os olhos, e não pôde evitar algumas lembranças. O dia em Sangravah... O macho forçando sua entrada dentro de Gwyn. Os gritos para que ele parasse. A risada do macho. As palavras sujas que ouviu. Todo o seu corpo ficou tenso e Azriel parou abruptamente.
– Gwyn, olhe para mim. – Pediu o encantador de sombras, limpando uma lágrima que havia escorrido do rosto dela. Gwyn abriu o olhos e se deparou com toda a tortura do parceiro. – Você quer parar? – Perguntou.
– Não. Por favor, não pare. Eu só... me desculpe. – Azriel inverteu a posição deles, deixando Gwyn por cima.
– Você está no controle aqui, amor. – O tom de voz dele era tão doce que o coração de Gwyn apertou. Ele a segurava com força, evitando que ela montasse completamente em sua extensão. Gwyn se apoiou no ombros de Azriel, e desceu alguns centímetros, mantendo os olhos fixos ao dele. Dessa vez, não houve nenhuma lembrança, apenas os olhos cor de avelã do parceiro. Ele lançou um puxão pelo laço, e Gwyn desceu mais alguns centímetros, envolvendo o membro de Azriel quase completamente. Não era confortável, mais tudo que ela mais queria era te-lo inteiramente dentro de si. Então, Gwyn desceu pela última vez, ficando completamente montada nele. A respiração de Azriel estava ofegante, como se o ato exigisse muito esforço dele. O parceiro a segurava pela cintura, e quando sentiu os músculos do seu interior se acostumarem ao tamanho dele, Gwyn testou um movimento para frente, causando formigamento em seu corpo. Azriel gemeu, segurando-a mais forte. Eles começaram a se movimentar em conjunto. Ele a conduzia para frente e para trás e o que antes era incômodo, passou a ser completamente delicioso. A respiração de Gwyn estava cada vez mais ofegante e ela empurrou o peito de Azriel, fazendo-o ficar deitado em baixo dela. As mãos apoiadas no peito do parceiro davam impulso para que ela começasse a subir e descer pela extensão de Azriel.
Porra! – Exclamou Azriel. Ele segurou os seios dela com força, e Gwyn gemeu mais alto, perdendo-se nas sensações. Azriel levantou o quadril em sincronia com ela, preenchendo-a completamente. Os olhos deles mantinham-se um no outro e naquele momento Gwyn soube que queria ter as lembranças ocupadas não pelo macho que uma vez esteve sobre ela contra a sua vontade, mas pelo parceiro que preocupava-se em garantir que aquilo fosse sobre ela. Sobre eles. Sobre a união que preencheu todos os seus medos.
Az... Quero você por cima de mim. – Ele sorriu, parecendo entender o pedido. Rapidamente, Gwyn estava novamente com as costas coladas ao colchão e o parceiro por cima. Azriel segurou as mãos dela, apoiando-as acima da cabeça de Gwyn. Ele iniciou lentamente, afastando-se poucos centimetros antes de enterrar-se novamente dentro dela. O quadril de Gwyn se ergueu de encontro a Azriel, movendo-se com vigor.
Oh, pela Mãe, Gwyn... – Ofegou Azriel.
– Não pare... – Pediu Gwyn, entregue às sensações que sentia se formar dentro de si. Os lábios de Azriel encontraram os dela, famintos, engolindo cada um de seus gemidos. O quadril dele afundou novamente no dela, e Gwyn pôde ver uma gota de suor escorrer pela testa de Azriel. Ele deslizou a mão entre eles, encontrando o centro de Gwyn. Foi demais. Ela desmanchou, trêmula. Azriel ergueu a perna direita dela, apoiando-a no ombro e investiu mais algumas vezes, fazendo com que algo novo se formasse dentro de Gwyn antes mesmo que ela pudesse se recuperar das sensações anteriores.
– Eu amo você, Az. – Disse a sacerdotisa, com os olhos vidrados aos dele enquanto acariciava o rosto de Azriel. A frase pareceu ser capaz de desmancha-lo e o parceiro gemeu alto antes de desabar em cima de Gwyn.

Eu amo você

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu amo você. Aquelas três palavras foram suficientes para faze-lo desmanchar completamente dentro de Gwyn. Dentro da sua parceira. Azriel já havia estado com inúmeras fêmeas ao longo dos seus 500 anos, mas nada jamais poderia se comprar a estar dentro de Gwyn. A ouvi-la ofegar e gemer aos toques dele. A ve-la montada, apoiada em seu peito, controlando o ritmo e os movimentos com a boca entreaberta e os seios pulando. A ouvi-la dizer que o amava. Antes que pudesse perceber, uma lágrima escapou dos olhos de Azriel, molhando o seio de Gwyn, onde ele mantinha a cabeça apoiada enquanto ela alisava os seus cabelos. Ele tentou esconder, mas a parceira pareceu perceber, fazendo com que ele a olhasse nos olhos. Azriel, porém, não sentiu vergonha, apenas uma extraordinária felicidade e gratidão. Ela sorriu e limpou mais uma lágrima que escorreu pelo rosto dele, antes de se aproximar e beija-lo docemente. Por alguns segundos, não havia nenhuma palavra entre eles, apenas a intensidade e o amor que compartilhavam pelo olhar.
– Não sei se amor é suficiente para descrever o que eu sinto, Gwyn. – Confessou Azriel. Antes mesmo de saber que ela era sua parceira, Gwyn já havia se tornado tudo para ele. Os olhos dela enxeram-se de lágrimas e dessa vez foi Azriel que limpou o seu rosto.
– Eu sou sua, Az. E você é meu. – Respondeu sua parceira.
– Para sempre. – Completou Azriel.

Corte de Segredos E BelezaOnde histórias criam vida. Descubra agora