Emma tem 17 anos e morava com sua tia. Foi abandonada à nascença pela sua mãe e o seu pai tinha morrido com cancer há uns meses atrás. Quando estava arrumando a sua casa antiga para ser vendida, encontrou algo suspeito sobre o lado da família da sua...
Tirei uma das fotos que tinha de minha mãe e mostrei para a senhora.
•Emma: Conhece essa mulher?
Foto:
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A senhora da lanchonete ficou olhando para mim uns segundos que pareceram horas analisando cada detalhe do meu rosto.
•Senhora da lanchonete: Como você disse que era seu nome?
Aí fodeu né? Vai me matar a senhora.
•Emma: Eu não disse, mas me chamo Emma.
A senhora ficou olhando para mim mais alguns segundos.
•Senhora da lanchonete: Desculpa, não conheço.
Ela estava claramente mentindo. Onde eu me vim meter?
•Emma: Obrigada.
Saí da lanchonete e parei em uma loja de relógios e bijuteria mais na frente. Dessa vez era um senhor.
•Emma: Bom dia!!
•Senhor da loja: Bom dia, posso ajudá-la?
•Emma: Conhece essa mulher?
Mostrei a foto e o senhor reconheceu logo minha mãe sem ter olhado muito para ela.
•Senhor da loja: Claro, Lydia Delly, aqui todos conhecemos ela. E você... você se parece com ela. Quem é você?
•Emma: Sou filha de Lydia, Emma. Estou tentando encontrar ela, você sabe onde ela está?
•Senhor da loja: Não sabia que ela tinha você, mas bem... ela trabalha em uma escola aqui. Sua casa fica perto de lá.
O senhor me indicou o caminho e eu estava sentindo que estava perto.
Dirigi até o sítio e fiquei parada em frente à escola. Como era dia de semana, minha mãe estaria trabalhando. Acabei ficando mais tempo do que esperava encarando a escola porque parecia que não tinha forças para sair.
Ouvi a campainha tocar e o exterior da escola se encheu de alunos de todas as idades. Não sei bem que tipo de escola é essa, mas vou tentar entrar.
Saí do carro, entrei na escola e muitas pessoas ficaram olhando para mim de uma forma meio estranha.
Me aproximei de uma garota, bem linda por sinal, e mostrei a foto da minha mãe.
•Emma: Conhece?
•Garota: Conheço, professora Lydia. Quem é você mesmo?
•Emma: Emma, prazer.
•Katherine: Katherine, meus amigos me chamam Kate. Me chame Kate!!
•Emma: Sabe onde a posso encontrar? A professora Lydia?
A garota não precisou nem responder porque eu logo a vi descendo as escadas da entrada da escola rindo e conversando com outros professores, eu acho.
Ela era linda. Éramos muito parecidas. Eu queria ir falar com ela mas nesse momento fiquei sem reação.
Emma afastei da garota dando pequenos e lentos passos ficando de frente para minha mãe. Ela estava distraída mas logo seu olhar ficou posto em mim.
Ela ficou sem reação e lágrimas vindas do nada começaram escorrendo por meu rosto. Agora todos olhavam para a gente mas mais para mim. Foi bem estranho...
Começamos nos aproximando lentamente e estava um enorme silêncio à nossa volta.
•Lydia: Emma?
Ouvi minha mãe chamando meu nome pela primeira vez e foi uma sensação muito estranha. Eu queria muito abraçar ela e lágrimas começaram escorrendo do seu rosto quando eu assenti.
•Emma: Sim mãe, sou eu, Emma.
Ela me abraçou com muita força, deu para notar a falta que fazia eu perto dela e eu a abracei de volta.
•Lydia: Como me achou?
•Emma: Eu li seu diário, tenho muitas perguntas...
•Lydia: Podemos falar melhor dentro da escola, venha comigo.
•Diretor da escola: Nada para ver aqui crianças, hora de voltar para as aulas.
Os alunos foram para as aulas e eu fui para uma sala com minha mãe.
•Emma: Temos tanto para conversar... tenho milhares de perguntas...
•Lydia: Agora que você aqui está, não tem como evitar. Mas primeiro... onde está seu pai? Eu gostaria muito de ver ele...
Ela parecia muito feliz com a ideia de o poder ver, mas logo meus olhos se encheram de água e lágrimas lentas começaram escorrendo.
•Emma: Ele não está mais comigo... se foi tem 5 meses.
E foi nesse momento que eu vi seus olhos ficarem vermelhos e algumas veias pretas aparecerem em seus pulsos.
•Emma: O que está acontecendo?
•Lydia: Emma, Eu preciso que você se afaste dessa sala por favor, para seu bem. Por favor, corre.
Ela estava dizendo isso numa mistura de choro, grito, agonia e tristeza. Saí da sala correndo para um pouco longe. Fiquei encostada em uma parede tentando acalmar meu choro depois de reviver o pior dia da minha vida há 5 meses atrás.
Thomas on...
Eu sou Thomas, meus amigos me chamam Tom. Sou o típico galã da escola, o que todas querem mas só as que têm sorte conseguem, o que passa nos corredores e todo mundo olha.
Estava indo no banheiro quando ouvi um choro vindo de algum lugar mas não percebi de onde era. Andei um pouco e achei a garota que tinha chegado na entrada da escola há pouco que já era assunto na escola inteira.