capítulo 4

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•Emma: Bom dia!!

•Senhora da lanchonete: Bom dia, posso ajudar?

•Emma: Sim, por favor.

Tirei uma das fotos que tinha de minha mãe e mostrei para a senhora.

•Emma: Conhece essa mulher?

Foto:

A senhora da lanchonete ficou olhando para mim uns segundos que pareceram horas analisando cada detalhe do meu rosto

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A senhora da lanchonete ficou olhando para mim uns segundos que pareceram horas analisando cada detalhe do meu rosto.

•Senhora da lanchonete: Como você disse que era seu nome?

Aí fodeu né? Vai me matar a senhora.

•Emma: Eu não disse, mas me chamo Emma.

A senhora ficou olhando para mim mais alguns segundos.

•Senhora da lanchonete: Desculpa, não conheço.

Ela estava claramente mentindo. Onde eu me vim meter?

•Emma: Obrigada.

Saí da lanchonete e parei em uma loja de relógios e bijuteria mais na frente. Dessa vez era um senhor.

•Emma: Bom dia!!

•Senhor da loja: Bom dia, posso ajudá-la?

•Emma: Conhece essa mulher?

Mostrei a foto e o senhor reconheceu logo minha mãe sem ter olhado muito para ela.

•Senhor da loja: Claro, Lydia Delly, aqui todos conhecemos ela. E você... você se parece com ela. Quem é você?

•Emma: Sou filha de Lydia, Emma. Estou tentando encontrar ela, você sabe onde ela está?

•Senhor da loja: Não sabia que ela tinha você, mas bem... ela trabalha em uma escola aqui. Sua casa fica perto de lá.

O senhor me indicou o caminho e eu estava sentindo que estava perto.

Dirigi até o sítio e fiquei parada em frente à escola. Como era dia de semana, minha mãe estaria trabalhando. Acabei ficando mais tempo do que esperava encarando a escola porque parecia que não tinha forças para sair.

Ouvi a campainha tocar e o exterior da escola se encheu de alunos de todas as idades. Não sei bem que tipo de escola é essa, mas vou tentar entrar.

Saí do carro, entrei na escola e muitas pessoas ficaram olhando para mim de uma forma meio estranha.

Me aproximei de uma garota, bem linda por sinal, e mostrei a foto da minha mãe.

•Emma: Conhece?

•Garota: Conheço, professora Lydia. Quem é você mesmo?

•Emma: Emma, prazer.

•Katherine: Katherine, meus amigos me chamam Kate. Me chame Kate!!

•Emma: Sabe onde a posso encontrar? A professora Lydia?

A garota não precisou nem responder porque eu logo a vi descendo as escadas da entrada da escola rindo e conversando com outros professores, eu acho.

Ela era linda. Éramos muito parecidas. Eu queria ir falar com ela mas nesse momento fiquei sem reação.

Emma afastei da garota dando pequenos e lentos passos ficando de frente para minha mãe. Ela estava distraída mas logo seu olhar ficou posto em mim.

Ela ficou sem reação e lágrimas vindas do nada começaram escorrendo por meu rosto. Agora todos olhavam para a gente mas mais para mim. Foi bem estranho...

Começamos nos aproximando lentamente e estava um enorme silêncio à nossa volta.

•Lydia: Emma?

Ouvi minha mãe chamando meu nome pela primeira vez e foi uma sensação muito estranha. Eu queria muito abraçar ela e lágrimas começaram escorrendo do seu rosto quando eu assenti.

•Emma: Sim mãe, sou eu, Emma.

Ela me abraçou com muita força, deu para notar a falta que fazia eu perto dela e eu a abracei de volta.

•Lydia: Como me achou?

•Emma: Eu li seu diário, tenho muitas perguntas...

•Lydia: Podemos falar melhor dentro da escola, venha comigo.

•Diretor da escola: Nada para ver aqui crianças, hora de voltar para as aulas.

Os alunos foram para as aulas e eu fui para uma sala com minha mãe.

•Emma: Temos tanto para conversar... tenho milhares de perguntas...

•Lydia: Agora que você aqui está, não tem como evitar. Mas primeiro... onde está seu pai? Eu gostaria muito de ver ele...

Ela parecia muito feliz com a ideia de o poder ver, mas logo meus olhos se encheram de água e lágrimas lentas começaram escorrendo.

•Emma: Ele não está mais comigo... se foi tem 5 meses.

E foi nesse momento que eu vi seus olhos ficarem vermelhos e algumas veias pretas aparecerem em seus pulsos.

•Emma: O que está acontecendo?

•Lydia: Emma, Eu preciso que você se afaste dessa sala por favor, para seu bem. Por favor, corre.

Ela estava dizendo isso numa mistura de choro, grito, agonia e tristeza. Saí da sala correndo para um pouco longe. Fiquei encostada em uma parede tentando acalmar meu choro depois de reviver o pior dia da minha vida há 5 meses atrás.

Thomas on...

Eu sou Thomas, meus amigos me chamam Tom. Sou o típico galã da escola, o que todas querem mas só as que têm sorte conseguem, o que passa nos corredores e todo mundo olha.

Estava indo no banheiro quando ouvi um choro vindo de algum lugar mas não percebi de onde era. Andei um pouco e achei a garota que tinha chegado na entrada da escola há pouco que já era assunto na escola inteira.

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