Capítulo 10 - Desculpas

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✧*:.。.Naruto.。.:*✧

Vesti minhas roupas o mais rápido que pude e nem me preocupei em pentear o cabelo ou escovar os dentes. Eu não ousaria contrariar Kushina.

Tinha medo que ela resolvesse tomar minha coroa.

Meus pais seriam meus concelheiros durante algum tempo, depois faríamos uma despedida para que eles pudessem viajar o mundo todo - assim como nos seus sonhos. Eu poderia escolher quem eu quisesse como conselheiro - já tinha uma vaga ideia, ainda estava em análise - e poderia fazer o que quiser com o reino.

Faria de tudo para honrar o sobrenome Uzumaki.

Corri pelos corredores tentando poupar tempo e desci apressadamente as escadas quase tropeçando nos próprios pés. Diminui a velocidade.

Um crânio rachado também não pode ser rei.

Kushina estava nos jardins como sempre e a maldita raposa corria atrás dos pássaros que eram corajosos o suficiente para pousar no chão comendo migalhas.

Mamãe me olhou de cima a baixo - não estava me julgando, estava vendo se estava tudo certo - e sorriu minimamente. Sua feição era bem mais calma que minutos atrás.

Suspeitava que Kushina sofresse de bipolaridade.

Me aproximei ainda temeroso e lhe deixei um beijo na testa.

— Bom dia mamãe! — tentei sorrir — Como passou a noite?

Kushina bufou.

— Nervosa e preocupada. E você querido? — me puxou até um dos bancos e nos sentamos.

—B-b-bem.... — repreendi-me mentalmente por ter gaguejado, mas Kushina apenas riu.

Aquela risada doce que cativava a todos.

Kushina abriu a boca para falar algo, mas sua fala morreu e fez uma careta olhando para a maldita raposa que nos encarava de perto com um pombo morto na boca.

— Kurama meu amorzinho, você não pode comer isso! — afinou a voz falando com o animal e retirou a pomba de sua boca me entregando.

O que diabos eu faria com aquilo?

— Você é uma raposa má, sabia? — a pegou no colo fazendo cafuné e se esquecendo da minha presença.

Kurama fez um rosnadinho apreciando o carinho e Kushina se levantou virando- se para mim.

— Ela veio nos avisar que o desjejum já está pronto ! — deu de ombros como se aquilo fosse normal.

Me levantei não sabendo o que fazer com o pássaro morto e quando pensei em me desfazer dele no jardim, Kushina voltou me acertando um tapa na cabeça.

— Ele merece um enterro digno!

Bufei contrário enquando a rainha me observava cavar um buraco com as mãos na terra do jardim. A raposa me olhava com tédio e parecia rir da minha cara.

Se ela não estivesse nos braços de nossa mãe, a próxima cova que cavaria seria a dela.

— Vocês demoraram! — papai reclamou quando nos sentamos a mesa.

— Estávamos lavando as mãos. — mamãe respondeu por mim.

Assim como eu, papai não era grande fã da raposa, apesar de qualquer história em que ela esteja metida. Sempre que se aproximava lhe lançava um olhar feio para o animal que se afastava voltando a brincar.

Pelo ou menos meu pai estava ao meu lado.

Fizemos o desjejum e foi calmo.

O que no mínimo era estranho. Quando apareceu no meu quarto jurava que Kushina estava prestes a cometer um assassinato.

Por Konoha Onde histórias criam vida. Descubra agora