Capítulo 13 - O plano

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✧*:.。.Hanabi.。.:*✧

Encolhi-me dentro da coberta ainda pensativa sobre minha última conversa com Kurenai. Ela era boa demais para uma garota como eu. Ela não era simplesmente uma dama de companhia, ela era a melhor, era uma amiga a quem eu podia confiar todos os meus segredos e angústias, era a mãe que eu não tive, sempre me dava os melhores conselhos e sempre que eu precisava estava lá para me acolher em um caloroso abraço. Ela era incrível, por isso eu tentava não dar tanto trabalho a ela. Mas, no fundo eu sabia ser uma garotinha petulante e mal educada, quebrando regras e a colocando contra a parede. Como por exemplo quando eu saio para me encontrar com Konohamaru.

Se papai soubesse eu estaria encrencada.

— Sobre o que pensa tanto? — Konohamaru apareceu em minha linha de visão.

— Não é nada.

Voltei a fechar os olhos procurando um pouco de paz e tranquilidade, em breve voltaria para casa.

Fazem alguns dias que não vejo Hinata, desde que Kurenai descobrira sobre sua existência na verdade. Passei a conversar com Kurenai sobre o assunto, ela disse que tentaria descobrir algumas informações para mim, mas nunca ouvimos falar sobre uma segunda criança. Talvez eu devesse visitar a família da mamãe para saber algumas coisas, mas não fazia ideia de onde poderia encontra-los.

Um dos segredos que manti escondido de Kurenai foi meu plano maluco sobre o casamento, no qual até hoje não recebi uma resposta mantendo -me agonizada. Principalmente pelo fato de mais idéias malucas estarem surgindo em minha mente.

Senti os olhos de Konohamaru queimarem em minhas costas, ele não parava de encarar-me.

— Vamos dar uma volta. — ele disse de repente.

Soltei um muchocho reprovando sua ideia. Tudo o que eu queria era poder ficar deitada em sua cama bem quietinha, de preferência com Konohamaru abraçando-me por trás, mas por algum motivo ele preferia manter a distância.

— Não quero sair! Vamos ficar aqui bem quietinhos! — puxei o cobertor cobrindo até rosto ignorando todo o calor que fazia.

— Deixe de ser preguiçosa! — brigou comigo — Vai passar mal sufocada nesse calor!

Konohamaru puxou a coberta e segurou-me pelas mãos me puxando para fora da cama.

— Sem cara feia! — disse como se eu fosse uma criança e quando pensei em responder ele me roubou um beijo.

— Isso não é nem um pouco justo. — me abaixei calçando minhas sandálias.

O dia estava ensolarado. Estávamos no verão, mas até que o calor não era dos piores. De acordo com minhas contas, o casamento aconteceria no outono. A rainha Kushina estava preparando meu vestido, nem me importei muito com os detalhes. A família Uzumaki voltaria ao nosso reino algumas semanas antes do casamento para terminarmos de planejar tudo. Papai queria que meu casamento fosse perfeito.

Ao andar pelo reino, Konohamaru parecia estar me escoltando. Várias pessoas pararam nos cumprimentando e as vezes era até mesmo difícil andar livremente por ai. Até mesmo recebi alguns olhares feios de homens e mulheres, já as crianças gostavam de vir cumprimentar-me como se eu fosse uma espécie de deusa e admito que gostava de toda essa atenção.

Konohamaru me levou até o campo, poucas pessoas estavam por lá, a maioria estavam trabalhando, mas algumas crianças também corriam por ai. Atravessamos o rio molhando nossos pés propositalmente e ficamos boa parte do dia explorando lugares ou apenas observando o céu. Eram em momentos simples como esse que você percebia o que realmente te faz feliz.

Por Konoha Onde histórias criam vida. Descubra agora