Capítulo 18 - Príncipe do fogo

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✧*:.。.Naruto .。.:*✧

O saculejo da carruagem despertou-me do sono. Mamãe estava sentada a minha frente acariciando os pelos de Kurama e admirava a vista que passava vagarosamente pela janela. Papai conversava com nosso condutor do lado de fora, parecia animado. Foquei minhas orbes na paisagem. As cores laranja e marrom predominavam a vegetação do outono. As folhas caiam lentamente e tudo parecia preguiçoso demais.

Talvez, porque eu tenha acabado de despertar do sono.

A carruagem chacoalhou outra vez e os passos dos cavalos cessaram. Papai entrou na carruagem e nos avisou que havíamos acabado de chegar em Konoha. O cocheiro trocou algumas palavras com os guardas e logo abriram o enorme portão de ferro. As dobradiças do portão rangeram e atravessamos o portal. Mamãe se inclinou para a frente segurando minhas mãos e eu cocei os olhos tentando acabar com minha sonolência.

As pessoas já sabiam quem eu era e conseguia ouvir meu nome ressoar pelas ruas por todo o caminho para o palácio.

Como sempre, o rei havia saído de seu conforto para nos receber. Desta vez, a princesa não estava ao seu lado. Me perguntava o porque. Será que cansou de bancar a educada?

Horas mais tarde, estávamos acomodados em nossos quartos. Kushina estava mais ansiosa do que eu para ver Hanabi, dizia estar morrendo de saudades da garota e me pediu para que demonstrasse entusiasmo ao vê-la.

Depois que me desculpei com Shion, prometi tentar voltar a ser o mais sincero possível. Eu seria o rei. Não gostaria de governar sobre mentiras. Eu tentaria manter uma boa relação com Hanabi, mesmo que me tire do sério.

Estava deitado na cama observando a pintura do teto. Era desenhada a mão e o artista era muito talentoso. Pediria para fazer um igual em meus aposentos reais. Depois que cumprimentamos o rei, Hanabi não veio ao meu encontro, o que me deixou completamente entediado até a hora do jantar. Estava prestes a fechar os olhos e tirar um cochilo quando batidas ritimadas soaram na porta.

Era mamãe.

Desde que ela aprendeu a bater em portas, sempre fazia um toque rítmico. Era engraçado.

- Pode entrar! - gritei para que ouvisse.

- Naruto,filho! Preciso da sua ajuda! - juntou as mãos em súplica vindo ao meu encontro.

Me levantei desesperado, ela estava aflita.

- O que houve?

- Kurama desapareceu! Tenho medo que pensem que meu bebê é um animal selvagem e o esculachem! Pode procura-lo por mim? - piscou seus olhos azuis pidões.

- Então era isso! - Suspirei voltando a me jogar na cama - Ninguém quer saber daquela raposa fedorenta. Deixe-a para lá, daqui a pouco aparece com algum animal morto na boca.

- Naruto Uzumaki! - vociferou a rainha - Vá agora procurar seu irmão!

Bufei me levantando da cama. Eu era o futuro rei e ainda precisava me dar ao trabalho de me misturar a raça ruim de Kurama. Revirei os olhos ao passar por minha mãe que me acertou com um leque.

- Revire esses olhos mais uma vez e eu irei os afundar!

Assenti saindo depressa do quarto.

Aonde Kurama teria se metido? Por que tem sempre que dar tanto trabalho? Eu nem ao menos havia decorado a estrutura do castelo.

Caminhei pelos corredores a procura do pequeno monstrinho. Não estava em lugar algum e logo mais serviriam o jantar. Estava prestes a desistir e dizer que Kurama foi raptada por ladrões , quando ouvi uma voz doce ecoar pelo jardim. Quando me aproximei encontrei uma garota que estava de costas para mim. Parecia familiar.

Por Konoha Onde histórias criam vida. Descubra agora