capítulo 35📒

690 38 17
                                    

Ver Peter com aquela garota me enoja, vê-lo feliz, me enoja. Caminho para fora do colégio encarando os dois saindo em um carro, enquanto estão felizes, minha vida está uma droga. Olho para o lado, vejo Jimmy e Gilles, dois idiotas, queria muito vê-los sangrarem, ou morrendo com seus próprios venenos, porque eles são os culpados, pois foram eles que fizeram isso comigo... com minha vida.

Raiva me consome, é difícil sorrir quando a única coisa que você quer e deseja é se vingar, claro que não podem saber quem eu sou, ou então tudo vai por água abaixo. Chego em casa, o lugar que eu detesto, subo as escadas e escuto uma mulher gritando por mim, ignoro, porque eu não quero conversar.

Entro no meu quarto, vou até o mural onde estão as fotos de todos que estão em meu caminho, aqueles que precisam ser mortos para eu chegar no meu objetivo final, aniquilar Peter.

Os bolsistas foram apenas o começo para tentar incriminá-los, foi até divertido, menos pobres no meu caminho, apesar de estar quase nesse caminho com minha família falindo, a mulher que chamo de mãe só vive dopada e meu ódio por ela só aumenta. Rosno entre os dentes e escolho meu próximo alvo, chegou a hora de atingi-los, sem bolsistas.

Enquanto espero anoitecer, traço planos para os meus próximos passos, Barbara é até legalzinha, não seria morta por mim se não estivesse com Peter, mas por enquanto, deixarei ela se safar, desde que não entre em meu caminho. Escuto uma batida na porta, me levanto da cama, destranco a porta e olho para ela pela fresta, sem abrir muito.

— Eu te chamei, não me ouviu?
— Não!
— Tem comida no fogão, vê se come. — Seus olhos estão opacos e sem vida, suas olheiras estão cada dia mais escuras. Não entendo, se ela dorme o dia todo, por que tem olheiras fundas?

— V ou comer. — Ela me olha com a sobrancelha franzida e inclina a cabeça de lado tentando ver meu quarto.
— O que você tanto esconde?
— Não é da sua conta. — Ela me olha furiosa e cruza os braços.
— Eu sou sua mãe e você me deve satisfação.

— Agora você é mãe? — Pergunto com a voz baixa e calma. — Nunca foi uma mãe. — Ela me olha magoada, mas isso é verdade, seu interesse sempre foi o dinheiro do meu pai, mas agora que tudo está ruindo, eu sou apenas uma pedra no seu caminho, e pior que nem tem a capacidade de contornar a situação.

— Nossas reservas estão acabando, seu pai nos deixou afundados nas dividas dele.
— Não fala mal dele. — Ela ri sem humor.
— Pois bem, daqui alguns dias seremos pobres, tem noção disso?

— V ocê que não teve a capacidade de contornar a situação, apenas quis fazer compras sem necessidade, gastando o dinheiro que não é seu por direito.
— Como falei, sou sua mãe e tenho direito...
— V ocê é madrasta e o dinheiro é meu. — Digo respirando fundo e me acalmando, deixar a irritação me dominar não vai levar a lugar nenhum.

— Maldita hora que deixei você ficar, deveria ter te internado em um internato. — Fala com fúria, ela nunca gostou de mim, sempre fui a parede que separava ela do meu pai.

Não falo nada, apenas bato a porta na sua cara e volto a me sentar na cama. Essa mulher me irrita de uma maneira descontrolável. Levanto, vou até minha escrivaninha e pego o pote de comprimidos, fico encarando-o, já chega dessa mulher no meu caminho.

Quando o relógio marca onze horas da noite, saio do meu quarto e caminho em direção ao quarto dela, abro sua porta com cautela e me aproximo da sua cama, tomando cuidado para não fazer barulho.
Com minha mão enluvada, seguro seu pote de antidepressivos, despejo dentro de um saquinho que eu trouxe e coloco meus comprimidos no lugar, sua morte será lenta, e apreciarei cada segundo.

Fico encarando-a, sem desviar o olhar enquanto dorme, não sinto nada, é como se ela não fizesse nenhuma diferença na minha vida, uma coisa insignificante!
Saio do quarto, fechando a porta atrás de mim com delicadeza, nunca perceberá que os seus remédios na verdade são venenos. Desço as escadas da minha mansão, pego a chave do carro e vou até ele. Minutos depois, estaciono na porta da casa da minha vítima, ela já passou tempo demais viva, será um bom momento, já que está envolvida com drogas e apareceu espancada no colégio.

Saio do carro, abro o porta-malas e pego minhas ferramentas, será uns minutos bem interessantes. Enquanto caminho até sua porta, penso em como vou matá-la, a mansão está escura, acredito que todos estão dormindo, destranco a porta com um aparelho e entro, fechando-a logo em seguida.

Ligo a lanterna para iluminar meu caminho e subo as escadas, com cuidado e cautela. Meu coração se mantém tranquilo, age como se o que eu vou fazer fosse a coisa mais normal, não me afeta em nada. Chego no meu destino, a porta está fechada, rodo a maçaneta e abro-a devagar.

Ela está com um fone de ouvido, balançando a cabeça para frente e para trás conforme a melodia, ela não me vê. Sei onde é seu quarto porque eu a visitei dias atrás com uma desculpa de que eu queria drogas, apenas com a intenção de conhecer o território antes, e ainda me contou tudo sobre como usar. Claro que ninguém ficou sabendo, nunca que falaria que ando com pessoas como ela.
Descobri que seus pais a proibiram de sair de casa, eles são superprotetores, no entanto, essa proteção não adiantou, porque essa garota só anda por caminhos errados.

Fecho a porta e retiro o revólver do cós da minha calça e aponto para sua cabeça, dou três passos à frente antes dela perceber que tem alguém em seu quarto. Sua cabeça levanta e seus olhos se encontram com os meus cheios de surpresa, espanto e medo.
— V oc... — Ela se cala quando levo meu dedo indicado esquerdo nos lábios, fazendo-a calar.

— Chegou sua hora. — Digo me aproximando, ela está congelada e com a boca aberta. Coloco minha mochila no chão e abro-a com cuidado, sem desprender meu olhar do dela.
— Minha ho-or-ra? — Gagueja e pisca várias vezes, abaixo a arma e retiro de dentro da mochila cordas.
— Fica quietinha, ok?
— É você que está matando os bolsistas? — Pergunta horrorizada.

— Pobres não merecem viver...
— Por que está fazendo isso? — Diz com os olhos arregalados e despertando do transe.
— Porque vocês merecem. — Digo com descrença, encarando-a, acho que vou fazer diferente hoje, olho para dentro da cochila e sorrio.
— V ocê é doente. — Fala tentando se afastar, levanto minha cabeça e fito-a, ela estufa seu peito se preparando para gritar. — SOCOR...

Com impulso, tiro o facão da mochila e acerto seu pescoço, calando-a. Sua cabeça sai rolando enquanto seu corpo jorrando sangue despenca na cama. Respiro fundo, poderia ter a matado enforcada como das outras vezes, assim evitaria menos sujeira, mas já que foi feito, está feito.

Guardo minhas coisas, coloco a mochila nas costas e vou até a porta, mas paro encarando sua cabeça decapitada próxima à cômoda, franzo as sobrancelhas e estalo a língua com uma ideia em mente. Tiro a mochila das costas, vou até seu armário e pego um pano, levanto sua cabeça pelos cabelos, enrolo-a na fronha e guardo-a na mochila.
Tenho um destino perfeito para ela, e vai ser muito divertido.

Apaixonada por um nerd (BABICTOR)💛🥀Onde histórias criam vida. Descubra agora