— Terminei — grito pulando da cama. — Que livro mais... — Paro olhando para ele.
Passei o domingo inteiro lendo “meu querido meio-irmão” e não foi muito fácil, mas depois a leitura engatou. Não vou dizer que é uma leitura boa, mas também não foi ruim. Foi um livro... Sei lá!
Espreguiço sentindo meu corpo todo dolorido e aliviado, não vi nem o sol do dia de hoje.Aproveitei que Ellen está trabalhando e afundei a cara no livro sem interrupção, parando apenas para comer.
Deito de costas na cama e fecho os olhos. Minha cabeça está latejando de dor, acredito que foi o efeito de quase doze horas de leitura, me sinto meio que aérea, acho que é assim que os nerds se sentem na maior parte do tempo. O resultado de muita leitura e estudo faz a cabeça rodopiar e balançar como se tivesse fora do corpo.
Esquisito!Virei nerd? Levanto sobressaltada, será que nerdisse é contagioso?
— Barbara, que ridícula você! — Repreendo-me.Estou com pensamentos estranhos demais, como assim nerdisse é contagioso? Isso sequer existe! Balanço a cabeça de um lado para o outro, tentando jogar essas ideias sem sentindo fora. Eu viajei literalmente na maionese. Preciso de Coca-Cola e tentar esquecer as cenas do livro que ainda pipocam em minha mente.
Quando vou dar um gole na minha tão sonhada Coca-Cola, a campainha toca. Penso em não atender, primeiro porque estou sozinha e segundo, porque eu não quero ver ninguém. Opto por abrir, talvez é algo importante.
Abro a porta dando um gole no refrigerante, mas paraliso com ele na boca olhando para os olhos azuis de Frankie. O que ela está fazendo na minha porta? Engulo a coca que desse rasgando a garganta.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunto um pouco seca.
— Oi para você também. — Ergo uma sobrancelha e ela me lança um sorriso. — Que tal sair do tédio e darmos uma volta? — Pergunta apontando com o dedão o carro estacionado na porta de casa.
Desculpa, eu precisava de uma boa desculpa convincente.— Ellen me pediu para ficar, não posso sair. — Digo fechando a porta. Uma desculpa mais sem noção do mundo.
Frankie espalma a mão na porta me impedindo de fechá-la.— Vai ser divertido, vamos? — Pede fazendo um bico. — Vai ser bom para você sair e conhecer mais pessoas. — Respiro fundo e bebo de uma só vez minha coca. Não terá outro jeito a não ser aceitar sair com eles.
— Tudo bem. — Confirmo sentindo o gosto do refrigerante na boca. — Me dê vinte minutos, ok?
— Te espero no carro junto com os meninos. — Informa animada já descendo a escada rumo ao carro vermelho e elegante.
Solto a respiração fechando a porta e subo as escadas correndo para trocar de roupa. Calço uma bota sem salto com uma calça jeans preta simples, blusa de mangas compridas branca e jaqueta jeans escura.Faço um coque bem bagunçado nos meus cabelos deixando vários cachos soltos intencionalmente e faço uma maquiagem simples com um gloss rosado nos lábios.
Envio uma mensagem para Ellen avisando que eu sairei por algumas horas, mas que não voltarei tarde. Guardo o celular no bolso de trás da calça e faço o exercício de respiração para me deixar calma diante daqueles três vampiros preconceituosos, maldosos e esquisitos.Entro no carro minutos depois me sentando no banco passageiro de trás e cumprimentando Jimmy que está no volante e Gilles ao seu lado.
— Sua mãe deixou você sair dessa vez? — Pergunta Jimmy um pouco desdenhoso.
— Basicamente. — Respondo. — Para aonde vamos?— Para qualquer lugar, gata. — Brinca Gilles. — Vamos dar uma volta por ai!
— Já conheceu a cidade? — Pergunta Frankie mascando chiclete.
— Um pouco. — Frankie estoura uma bola fazendo vários barulhos.— Ei, — Gilles vira para trás, olhando Frankie com a testa franzida — será que não dá para mascar seu chiclete como uma pessoa normal não?
— Como você classifica normal, gatão? — Frankie pergunta fazendo mais barulhos com seu chiclete. É realmente irritante, parece vaca mascando.
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Apaixonada por um nerd (BABICTOR)💛🥀
Fiksi PenggemarSpinose 📒 Tudo nessa vida têm consequências, sejam elas boas ou ruins e Barbara sabe perfeitamente disso. Enviada para fora do país para morar com sua mãe que a abandonou aos dois anos de idade, sua única missão é fazer de tudo para que eles a mand...