Abro os olhos sentindo os efeitos do calmante que Xayane me fez tomar. Entrei em pânico, não via nada ao meu redor, apenas a cabeça da Francine no meu armário e caída diante dos meus pés.
Fecho meus olhos com força de novo... que cena horrorosa! É até difícil acreditar que foi real e não um sonho.Sinto alguém apertar minha mão
, viro o rosto e abro os olhos, encontrando com o olhar de Peter fixos em mim. A última coisa que eu me lembro antes de dormir, é da Xayane tentando me acalmar.
— Está tudo bem? — Pergunta se sentando na cadeira ao lado da cama.
— Onde você estava? — Ele entrelaça as nossas mãos.— Detetive Trump queria falar comigo. — Assinto, o colégio agora é a cena de um crime. — Ele vai querer falar com você.
— Eu sei! — Digo umedecendo os lábios. — Ainda não acredito que isso aconteceu, meu Deus Peter... — Fecho meus olhos por alguns segundos. — Quem fez isso é doente!
— Tenta ficar calma.— Assinto, porque não quero entrar em desespero novamente.
— Por que no meu armário? — Pergunto engolindo em seco. — Por que a porra da cabeça da Francine foi parar no meu armário? — Olho para ele em busca de resposta, sabendo que não a teria.
— Às vezes é porque você era amiga dela, então quiseram fazer esse joguinho. Essas pessoas têm problemas, não há um motivo lógico que explique isso. — Balanço a cabeça e aperto as mãos de Peter.
— E você? — Ele levanta nossa mão e beija meus dedos. — Como você está?— Assustado. — Confessa fechando os olhos. — Estou fodidamente assustado!
Com a minha outra mão, passo-a em seus cabelos vermelhos, sentindo a macieis de seus fios e assistindo eles caírem em um movimento sutil de volta ao seu lugar. Uma batida na porta tira-nos do nosso momento, levanto a cabeça e encaro o detetive Trump, encostado no batente esperando permissão para entrar.
— Posso falar com você por um minuto? — Pergunta calmo e com uma voz branda.
— Claro. — Digo me erguendo para sentar-me na cama.Trump entra, oferece um pequeno aceno para Peter que se afasta. O detetive se senta à minha frente, na cadeira onde Peter estava sentado segundos atrás e me encara.
— Sinto muito pela sua amiga.
— Obrigada. — Ele pega um bloco de nota e me encara.
— Estou no caso, então preciso de todas as informações para que eu encontre o responsável por isso. — Balanço a cabeça negativamente.— Adolescentes estão morrendo, todos os bolsistas desse colégio morreram e até agora vocês não foram capazes de pegar o responsável. — Trump assente e abaixa a cabeça, mas não diz nada e muito menos retruca.
— Esse assassino é esperto, Barbara, — diz voltando a me olhar — nunca deixa nada na cena do crime. Absolutamente nada que possa apontar para um suspeito. — Suspiro angustiada.— Peter está na lista dele. — Confesso encarando meu nerd, ele cruza os braços, abaixa a cabeça e fica em silêncio, pois sabe que está em perigo.
— Como? — Trump franze as sobrancelhas, respiro fundo e conto o que eu sei.
— Peter é bolsista. — Falo cruzando minhas mãos. — Detetive, acho que esse assassino é alguém desse colégio, um dos alunos e que tem alguma ligação com o passado de Peter.
Trump me encara com intensidade, Peter dá um passo à frente confuso com o que acabei de contar.
A
— Eu pesquisei sobre eles, cada bolsista foi humilhado pelo trio, que têm como integrante Jimmy, Gilles e Susan, mas antes era Francine, e todos eles conversavam com Peter. — Esfrego minhas mãos, elas estão geladas. — O que me leva a pensar que ele quer Peter e os meninos. Um já morreu, que foi Francine.
— E o que os bolsistas tem a ver com isso? — Pergunta Trump duvidoso.
— Distração, ou queria de um jeito incriminá-los, mas é aí que está o “X” da questão. — Suspiro e encaro Peter. — Quem dos três ele quer?— Mas se está matando todos, quer dizer que está atrás de todos. — Fala Trump, nego com a cabeça e fixo meus olhos nos dele.
— O assassino tem um alvo, e ele vai matar todos antes de chegar no seu destino. — Trump me fita com espanto, vendo que eu tenho muito mais pista do que ele.
— Como chegou a essa conclusão? — Dou de ombros.
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Apaixonada por um nerd (BABICTOR)💛🥀
FanficSpinose 📒 Tudo nessa vida têm consequências, sejam elas boas ou ruins e Barbara sabe perfeitamente disso. Enviada para fora do país para morar com sua mãe que a abandonou aos dois anos de idade, sua única missão é fazer de tudo para que eles a mand...