Sacramento é uma cidade muito linda, fiquei admirada quando fomos entrando nela. Ellen fala sem parar das suas riquezas, dos museus e de como ela se transformou na capital da Califórnia depois da corrida do Ouro.
Ellen explica que em 1948 o jornal “New York Herald” publicou a descoberta de ouro no rio Sacramento o que fez milhares de pessoas de todo o mundo se mudarem para o oeste dos Estados Unidos na esperança de ficarem ricos. Mas foram poucos os que enriqueceram, o próprio descobridor das primeiras pepitas ficou pobre.
Olho para Ellen que sorri enquanto me conta essa história, parece estar tão entusiasmada e animada. Ela aponta o dedo para frente e eu acompanho. Uma grande ponte se aproxima, Ellen fala que a Tower Bridge é considerada um ícone da cidade.
Ela tem 225 metros de cumprimento e trata-se de uma ponte vertical que é suspensa quando é preciso que um navio de grande porte passe. Olho pela janela quando vamos transitando por ela e admiro os iates e lanchas atracados no rio Sacramento.— O que você está achando? — Pergunta depois de atravessarmos a ponte.
— Uma cidade muito bonita. — Respondo com sinceridade.— V ocê vai gostar daqui eu tenho certeza. — Eu não tinha essa certeza!
Quando estávamos entrando em um bairro onde havia várias casas no estilo americano, uma mais bonita que a outra, o telefone de Ellen toca e ela atende. Tento não prestar atenção, porém, sua voz muda junto com sua expressão me despertando curiosidade.
— Estou a caminho.— Fala para a pessoa do outro lado da linha e finaliza a ligação fazendo o contorno e dirigindo em direção contrária com a testa franzida.
— O que aconteceu? — Pergunto inquieta. Ela me olha de soslaio e suspira.
— Uma jovem foi encontrada morta em sua casa. — Fico encarando Ellen.— Ela foi encontrada enforcada, tudo indica que foi suicídio, mas... — Ergo uma sobrancelha.
— Mas... — Incentivo Ellen a continuar.
— Acredito que foi um assassinato. — Ela joga essa bomba e meu coração dispara. — É a terceira garota que encontramos da mesma forma, preciso averiguar se foi mesmo suicídio.— Outras?! — Pergunto indignada. — Que ótimo! — Recosto minha cabeça no banco. — Vim para uma cidade onde tem um assassino à solta. Que ótimo! — Murmuro cruzando meus braços. Ellen não diz nada, apenas respira fundo e conduz o carro em direção à cena do crime.
Minutos depois ela estaciona próximo a uma casa grande e sofisticada, onde está cheio de policiais, ambulâncias e uma fita amarela selando todo o lugar. Ellen manda eu ficar no carro pois será rápida, claro que não obedeço. Que absurdo pensar que eu ficaria de fora esperando!
Sou curiosa e gosto dessas coisas de detetives, assassinatos, investigação e hoje eu descobri o porquê. Sigo Ellen, passo por debaixo da fita que um policial ergue. Ele me olha receoso quase me impedindo de passar, mas Ellen avisa que eu estou com ela e lanço um sorrisinho de vitória em sua direção.
— Senhorita Collins... — Um homem de meia idade se aproxima. — Estava à sua espera. — Ele me olha com o cenho franzido. — Quem é essa moça? — Pergunta sério.
— Minha filha. — Responde Ellen ríspida. — O que você tem para mim, detetive Trump? — Ele fica me encarando e eu não desvio do seu olhar desconfiado.
— V ocê nunca me disse que tem uma filha. — Ele movimenta o dedo indicador para cima e para baixo. — Não desse tamanho. — Já não gostei desse cara!— Agora você está sabendo, e eu não te devo nenhuma satisfação, detetive. — Contraio meus lábios com a forma ríspida que Ellen retrucou. — Podemos ir logo ao assunto principal ou quer investigar minha vida também, Trump? — Percebo que esses dois não são amiguinhos.
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Apaixonada por um nerd (BABICTOR)💛🥀
FanficSpinose 📒 Tudo nessa vida têm consequências, sejam elas boas ou ruins e Barbara sabe perfeitamente disso. Enviada para fora do país para morar com sua mãe que a abandonou aos dois anos de idade, sua única missão é fazer de tudo para que eles a mand...