Eu tive dificuldade em me concentrar na voz de Yegor. Tudo o que conseguia pensar era em Acsa e em todas as maneiras que eu queria fazê-la gozar em nossa lua de mel.
- Yerik, porque você não vai embora e paramos de fingir como se desse a mínima para o que estou dizendo.- Yegor disse com um sorriso enquanto ele descansava na poltrona do meu escritório na Sphere, uma perna jogada sobre o braço da cadeira. Estreitei meus olhos para ele.
- Estou ouvindo. Você não precisa me perguntar sobre cada pequeno detalhe. Pode tomar suas próprias decisões e terá o apoio de Kriger. Não me ligue todos os dias com perguntas irritantes.- Ele balançou sua cabeça.
- Você é Capo.
- E você é Consigliere. Eu vou embora por apenas uma semana. Você pode controlar nossa porra de família por esse tempo. Nossos tios e primos não vão arriscar um ataque por enquanto. Todos querem se tornar Capo. Eles não vão trabalhar juntos.
-Não estou preocupado com eles atacando. Eu posso controlar seus soldados e nossa família, mas não posso prometer que não vou acabar matando um ou dois deles.- Eu revirei meus olhos. Yegor era muito cabeça quente.
- Então pelo menos mate os encrenqueiros.
-Ana deve ter uma boceta milagrosa para mantê-lo sob seu feitiço assim, ou ela faz boquetes como uma deusa?- Eu nem pensei. Me lancei e agarrei-o pela garganta, jogando-o contra o encosto. Seu corpo estava apertado com a tensão, e sua mão direita descansou em sua faca, que ele não puxou. Se fosse qualquer outro além de mim, aquela faca teria sido enterrada no fundo do meu peito.
Desatei meus dedos e dei um passo para trás, respirando fundo, com calma, enquanto olhava para meu irmão que esfregava a garganta, os olhos castanhos atentos e cautelosos.
- Uau - ele murmurou. Marcas vermelhas em forma de dedo estavam florescendo em sua pele. - Sempre quis saber como nosso querido primo se sentiu quando você esmagou sua garganta. Nunca pensei que você me daria um gosto.
Eu não pedi desculpas. Passando a mão pelo cabelo, fui até o armário de bebidas ao lado da mesa e nos servi duas bebidas, depois levei os copos para Elliot e lhe entreguei um antes de afundar na poltrona. Ele pegou de mim e bebeu o uísque com um silvo. Ele se endireitou, mas ainda estava me observando.
- Acho que tenho a minha resposta.- disse ele.
- Para que pergunta?
- O que seria necessário para você tentar me matar.- Eu fiz uma careta para ele.
-Eu nunca vou te matar, yegor. Você é minha carne e sangue. Sabe que confio em você com a minha vida.- Yerik me deu seu sorriso de tubarão.
- Yerik, nós dois sabemos que isso não é verdade. Somos assassinos. Nós dois mataríamos um ao outro se recebêssemos o incentivo certo. E o seu é Acsa.- Não disse nada porque ele estava certo. - Se alguns comentários sujos já fazem você ficar desse jeito, eu sei o que aconteceria se eu a machucasse.- Meus dedos no copo apertaram, mas desta vez eu consegui ficar no meu lugar.
- Você não vai machucá-la, então essa discussão é desnecessária. E você é meu irmão, Yegor. Você e Acsa são as únicas pessoas que me interessam.- Ele assentiu, então a tensão escorregou e ele se inclinou para frente para dar um soco no meu ombro. Eu deixei e sorri.
- Você sabe como apertar meus malditos botões.
- É o que eu faço de melhor.- disse Elliot, em seguida, em um raro momento de seriedade, - Eu provavelmente teria feito o mesmo se você tivesse insultado Ayla.- Suspirei.
Eu tentei esquecer que ele pediu a mão dela e que a festa de noivado deveria acontecer em três semanas. Isso ia ser uma bagunça. Todo mundo sabia disso, exceto Yegor. Ele ainda acreditava que se casar com a ruiva mal-intencionada seria uma maldita aventura. Um passeio através do fogo do inferno, sem dúvida. Meu celular tocou e eu gemi quando vi que era minha madrasta Nina.
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The Cruel. [✔︎ Concluída]
Fanfiction+18] Romance Dark. Yerik Czar pode ser um dos homens mais cobiçados de Nova York pela sua boa aparência, riqueza e carisma predador, mas o que poucos sabem é que a sua aura de bad boy não é apenas um jogo; sangue e morte se escondem sob os seus...