Rasasvada: the taste of the bliss in the absence of all thoughts
———————————————————Jungkook limpou a sujeira residual de poeira das mãos em suas calças.
Quase que imediatamente, houve uma espécie de vibração em sua parte traseira. Ele corou em confusão, antes que estendesse a mão e visse que estava vindo de dentro de seus bolsos. Jungkook havia guardado o papel ali e, quando o pegou em mãos, os traços no papel brilharam e começaram a se deformar, algumas linhas se tangenciando, enquanto outras se afastavam ou se cruzavam, como uma dança.
Jungkook delineou um dedo sobre as linhas, sentindo o alto relevo formado. Estava formando um desenho?
Mas então, quando o vento frio das janelas estilhaçadas passou por si, fazendo uma espécie de uivo, ele decidiu que já era hora de deixar o quarto.
Jungkook deu passos mais cautelosos, mas firmes — agora ele se sentia mais confiante, tendo mais pistas sobre o que estava lidando. Mágica, muita dor física, traumas de seu passado. É, não era o melhor dos cenários, mas Jungkook tinha sobrevivido ao primeiro teste, e isso significava alguma coisa.
Se parasse para ouvir seus próprios pensamentos, o garoto podia ouvir a voz de Seokjin lhe dizendo que todo cuidado era pouco, e que confiança era perigoso, mas, naquele momento, a confiança só lhe dera mais motivação, ele ainda estava de olhos bem abertos e prontos para o que viesse em frente.
— Eu posso fazer isso, só preciso manter a calma. — O garoto murmurava como uma espécie de mantra. Um mantra ruim e nada poético, mas estava ajudando-o a se manter calmo.
Ele andou pelos corredores sem um rumo fixo, explorando a casa e tentando absorver o máximo de informações possíveis. Todos os objetos eram cobertos por uma mesma camada de brilho que os deixava com uma aparência etérea e, bem, artificiais... Meio desfocado, Jungkook tocou a moldura de um quadro e observou a ponta de seus dedos se deformando e ficando ligeiramente translúcidas — A ilusão não era perfeita.
Jungkook chegou a um corredor sem saída e sem janelas. Ao seu lado, uma escada grandiosa de madeira esculpida era iluminada por alguma claraboia do andar de cima. Curioso, ele subiu cada um dos degraus com o máximo de cuidado, sentindo a plataforma abaixo de seus pés um pouco instável, mas conseguindo chegar ao topo sem mais problemas.
Esse segundo andar da casa, muito diferente do anterior, era iluminado por janelas que iam do piso ao teto. O corredor dava a volta sobre o único quarto em seu centro e parecia não haver fim. Contudo, aquilo parecia absurdamente errado. Pelo lado de fora, não era assim que o andar se parecia; as janelas tinham, no máximo, 50 centímetros de altura, e Jungkook definitivamente teria visto a sala enorme fechada por duas portas de madeira escuras bem no centro.
A vista lá fora estava do mesmo jeito que ele havia encontrado: calma, receosa, como se a floresta observasse com olhos curiosos o que se passava na mansão. E temendo que explodissem mais uma vez em sua cara, Jungkook deu um passo cauteloso para trás e encarou a porta fechada.
O garoto não sabia bem o porquê de ter andado até ali. Mas era como se fosse... um chamado, um sentimento de que deveria estar ali, ou talvez fosse apenas o zumbido irritante que atravessava os canos através das paredes. Nesse lugar de pesadelos, nada era por um acaso, e Jungkook sabia que, o que quer que se escondesse por aquela porta, ele não teria medo de enfrentar.
Ele estendeu as mãos sobre a superfície áspera — não haviam maçanetas dessa vez. Houve um deslocamento da porta para trás pela pressão de suas mãos, e Jungkook quase pode ouvir engrenagens girando ali dentro. Com um movimento brusco, as duas metades da porta se deslizaram do meio para dentro das paredes, abrindo o caminho para ele.
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Elysium| jjk + pjm [CONCLUÍDA]
FanfictionOnde Park Jimin, um poderoso íncubo e Grão-Senhor dos demônios de Seul, comanda o clube burlesque mais famoso do país, 'Serendipity'. Quando ataques sangrentos ameaçam derrubar seu império, Jimin é forçado a entrar de cabeça no universo de Jeon Jung...